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Maio e
junho: meses de luta para o Funcionalismo Federal
Em uma das mais
representativas plenárias da categoria, realizada sábado, 7/4,
em Brasília, os servidores públicos federais decidiram dar
continuidade à Campanha Salarial de 2001 apontando para abril e
maio uma jornada de lutas que combina novas marchas com outros
movimentos sociais, paralisações em maio e o indicativo de greve
para a primeira semana de junho. A avaliação é que vários
elementos concorrem para a efetivação de uma ação do
movimento: as necessidades salariais e funcionais dos servidores;
o fato de não ser ano eleitoral, que possibilita polarização
política na conjuntura; a divisão interna do governo e a manutenção
de seu desgaste social, que permitem o enfrentamento político das
propostas encaminhadas por FHC ao Congresso Nacional.
Esta plenária foi
realizada na seqüência da marcha do funcionalismo público e em
defesa do FGTS, com caravanas que reuniram mais de 20 mil pessoas
no Distrito Federal em 5/4. Este evento foi
organizado pela Coordenação Nacional das Entidades dos
trabalhadores do Serviço Público Federal (CNESF),
entre elas o ANDES-SN. A CUT nacional também envolveu-se
na organização.
Na sexta-feira, dia 6/4,
a plenária setorial do ANDES-SN debateu, entre vários assuntos,
o indicativo de greve para maio. Foi decidido o não acatamento do
mesmo por enquanto, uma vez que para a deflagração de uma greve
em âmbito nacional faz-se necessário uma avaliação precisa das
condições reais da categoria docente, combinado com as motivações
concretas para aplicação dessa tática de luta.
A campanha salarial do
funcionalismo tem entre suas reivindicações dois elementos
centrais: a reposição das perdas salarial que somam 75.48% até
dezembro de 2000 e a luta contra a regulamentação da Lei
9.962/00, que pode instituir o regime de emprego público.
O governo se demonstra inflexível
na questão salarial. Deixou claro que não pretende reajustar salários
neste ano. Como também não mostra intenção de querer negociar
termos de sua proposta de precarização da carreira docente.
Portanto, a luta ainda é o único caminho.
Calendário
17/4
- marcha do interior às capitais, com o Movimento Sem Terra.
Nesta data resgata-se a impagável dívida social do governo FHC
com a sociedade, a partir do massacre de Corumbiara;
9 e 10/5
- paralisação de 48 h dos servidores públicos federais, com
manifestações nos estados;
19 e 20/5
- plenárias do Andes-SN e dos SPF
Junho:
Indicativo de greve dos SPFs
Educação, Política e
Sociedade
No dia 17 de abril, às
17 horas, na sede da Adur, tem “cineclube”. É isso mesmo. E
pra começar, haverá a apresentação do filme “Jango”,
dirigido por Sylvio Tendler.
Educação, Política e
Sociedade é o nome de um núcleo de discussão sobre a sociedade
e seus aspectos políticos e culturais que estará sendo instalado
pela Adur neste dia 17/4 e que terá como elemento a exibição de
vídeos seguidos de debates, semanalmente, aos moldes dos antigos
e saudosos cineclubes.
Por sugestão da
professora Lucília Lino de Paula, acolhida com entusiasmo pela
diretoria da Adur, o núcleo vem atender a uma expectativa e
formulação do movimento nacional no que diz respeito a estreitar
suas relações não apenas com os docentes, mas com os demais
segmentos da universidade – estudantes e técnico-administrativos
– e também com a população de maneira geral.
“Incentivando o debate
político sobre temas atuais pertinentes à Educação e á
Cultura, suas interfaces no movimento de resistência à hegemonia
do Capital, em busca de uma ampliação da consciência
crítica em prol da transformação social”, é o que diz
a professora Lucília, em sua proposição do núcleo à Adur.
Então,
não esqueça, dia 17, às 17 horas na sede da Adur.
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2
Arrocho e emprego público:
desafios
imediatos
Segundo o DIEESE, os
servidores federais experimentam, desde janeiro de 95, alterações
na capacidade de compra dos salários que significam, em média,
75,48%. Visto de perto, porém, a situação é ainda mais
complicada. Os gastos com assistência médica e medicamentos, por
exemplo, ultrapassaram o índice de 170% nos últimos seis anos.
Os gastos com itens relacionados à educação e leitura
ultrapassaram 160%. Da mesma forma, gastos significativos com
habitação e transportes concorrem para as perdas salariais em
mais de 110%. Uma pancada violenta em todo o funcionalismo, mas
que assume contornos específicos para com a nossa categoria pela
natureza do trabalho acadêmico. O controle da informação e do
tempo, como se sabe, é vital para as atividades nas
universidades.
É baseado nesse arrocho
que o governo impõe sua proposta de emprego público, como a
introdução de uma nova realidade que pode permitir a adoção de
novos mecanismos que alterem a realidade salarial do
funcionalismo. O que permanece nebuloso, porém, é de que maneira
tal realidade de arrocho será alterada. Se o futuro a Deus
pertence, o presente amarga o maior arrocho salarial da história.
Pelo sétimo ano consecutivo o governo não anuncia a reposição
das perdas salariais e já deixou claro que não tem a menor intenção
de faze-lo. Só com a luta esta situação pode ser mudada.
Reajustes concedidos ao
salário-mínimo (DIEESE)
Período: maio/95 a abril/2001 |
Mês |
Valor do salário-mínimo (R$) |
Variação (%) |
Variação acumulada (%) |
Maio/95 |
100,00 |
- |
- |
Maio/96 |
112,00 |
12,00 |
12,00 |
Maio/97 |
120,00 |
7,14 |
20,00 |
Maio/98 |
130,00 |
8,33 |
30,00 |
Maio/99 |
136,00 |
4,62 |
36,00 |
Maio/00 |
151,00 |
11,03 |
51,00 |
Abril/01 |
180,00 |
19,12 |
80,00 |
Carta
Confesso
que fiquei frustrado com a qualidade da foto da mesa de abertura
do Congresso dos 20 anos do ANDES-SN realizado recentemente no Rio
de Janeiro e publicada no ADUR INFORMA. Gostaria de ter visto
claramente o rosto dos companheiros que se assentaram àquela mesa
e tenho certeza que saberia reconhecer o prazer no semblante
daqueles com quem tive a oportunidade de compartilhar de perto
alguns momentos da história do sindicato. No mesmo boletim
confesso também, fraternalmente, francamente, tranquilamente e
democraticamente, que a matéria sobre os conselhos da UFRRJ não
me agradou. Desculpem, sou do signo de libra. Registro meu abraço
aos companheiros Luís Mauro e Marcus Peixoto, licenciados da
atual diretoria solidarizando-me com o seu sucesso e dizendo-lhes
que sentirei a sua falta. Mas não tem problema, a luta continua.
Luís
Antônio Rosa Seixas, 1º Vice-presidente da ADUR-RJ Seção
Sindical na gestão Comvida (1993-1995); presidente eleito da
ADUR-RJ Seção Sindical na gestão Navegar é preciso (1995-1997,
licenciado a partir de abril de 1996).
Caro
leitor,
Concordamos que a
impressão da edição nº 22 do Adur Informa ficou ruim,
comprometendo a identificação das imagens. Essa foi de
responsabilidade da gráfica com a qual trabalhávamos que
apresentou problemas naquela oportunidade. Decidimos, a partir da
edição nº 23, trabalhar com outra empresa, conforme pode ser
identificado através do expediente do jornal.
Voltamos a concordar que
a matéria a que o companheiro se refere poderia ter um conteúdo
mais abrangente. Foram buscadas pela equipe do Adur Informa
as opiniões dos dirigentes e de professores que poderiam oferecer
um contraponto às entrevistas publicadas. No entanto, apesar dos
dias, visitas e telefonemas empregados nessa tentativa, não
obtivemos respostas. A começar pelo reitor da UFRRJ que negou-se
a opinar em fevereiro sobre o assunto, alegando considerar-se
impedido até que o MEC confirmasse sua recondução e, por fim,
sua posse em março.
Acreditamos
que iniciativas de opinar sobre o que gostou ou não em nosso
jornal, ajudarão a consolidar nosso projeto de comunicação.
Mostra que o jornal está sendo lido e aceito com uma referência
necessária de informações e opiniões em nossa universidade.
Pela inciativa, receba o companheiro o nosso sincero
agradecimento.
Afastamento
para pós-graduação
Os companheiros Marcus
Peixoto, Joecildo Francisco Rocha e Luís Mauro S. Magalhães
comunicaram recentemente seus pedidos de afastamento da ADUR-RJ
por motivos muito significativos para o movimento e a categoria.
Marcus e Joecildo darão seqüência ao necessário processo de
doutoramento em suas áreas e o companheiro Luís Mauro cumprirá
estágio pós doutoral fora do país.
As contribuições
desses companheiros ao movimento docente não estão circunscritas
a essa gestão. Têm compromisso de longa data com as entidades
sindicais e com a universidade. É parte desse compromisso a
qualificação permanenete, concorrendo para o aprimoramento das
atividades de ensino, pesquisa e extensão.
A carta do companheiro
Marcus Peixoto, eleito presidente para esta gestão, resgata de
forma exemplar esse compromisso: “desde quando fui convidado
para integrar o grupo dos 23 (diretores), já havia alertado para
a necessidade de priorizar minhas atividades acadêmicas, em
particular o doutorado no CPDA, que se iniciará em 5 de março de
2001”. É com a consciência de que não há descontinuidade
entre a representação política da categoria e as necessidades
da instituição que desempenhamos nossa atividade sindical.
Desde
já a diretoria da ADUR-RJ, agora com a presidência da professora
Áurea Echevarria, deseja o mais absoluto sucesso para os
companheiros nas atividades acadêmicas que se somam às outras
tantas, certos de que as desempenharão com o brilhantismo usual.
Curso
pago preocupa seções sindicais
No dia 19 de março aconteceu, na sede da Secretaria Regional do Andes,
no Centro, o Encontro das Seções Sindicais do Rio de Janeiro. A
professora Irlete Braga da Trindade representou a ADUR no evento.
Ela explica que esta é uma reunião regimental onde cada entidade
apresenta como está sendo encaminhado o plano de lutas.
Participaram as associações da UFF, UFRJ, UniRio, além da ADUR.
Além das propostas para o dia nacional de lutas e a participação
nas reuniões na CUT-RJ, os participantes discutiram lutas
internas com especial atenção para um ponto comum: a ocorrência
de cursos pagos e as graves conseqüências que trazem para as
instituições.
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3
Diretoria do ANDES informa
reunião com o MEC
A diretoria do ANDES-SN
retomou uma prática abandonada por um período significativo,
durante a gestão anterior. As entidades de base voltaram a tomar
conhecimento , através de relatórios, do conteúdo das reuniões
com os diferentes escalões governamentais. No ofício circular nº
076/2001 a presidência do ANDES-SN relata o conteúdo de reunião
realizada em 15/3, com a Secretaria de Ensino Superior do MEC.
Recebidos pelo titular
da SESU, Antônio Macdowell de Figueiredo, os integrantes
estabeleceram como pontos de pauta para a audiência Emprego público
e carreira, gratificação dos docentes de 1º e 2º graus (GID);
professores substitutos; Concurso público no RJU; Verbas
para Outros Custeios e Capital; Cefets, escolas técnicas e agrotécnicas
vinculadas; reforma do ensino médico: ações do Ministério da
Saúde e PET- Tutores e o futuro do programa.
Na avaliação da
diretoria, a SESU cumpriu apenas um ritual burocrático, cuja
finalidade era não se expor à crítica da indisposição para o
diálogo. O representante do governo “em linhas gerais, afirmou
não há espaço para qualquer política diferente da encaminhada
pelo governo”, diz o documento.
O fato novo foi o anúncio
de um possível pacote de medidas denominado “Pacote de
abril”, com medidas ainda em discussão no governo, não havendo
garantias em relação as mesmas. Mas, segundo a diretoria, o MEC
está ciente que o movimento está se armando para um
enfrentamento forte. “Assim, não devemos descartar a hipótese
de que o referido pacote pode ser uma medida (real ou
virtual) para frear o crescimento do movimento docente”.
A diretoria conclui o
informe afirmando que não há indicação de que as reivindicações
dos docentes sejam encaminhadas pelo MEC. A responsabilidade do
movimento docente é ainda maior. A educação superior é a área
que sofreu os maiores cortes, podendo chegar a 40%.
O fato de voltarmos a
saber o que é informado aos nossos dirigentes e como eles se
comportam diante das informações é um elemento importante e
coerente com a prática democrática do movimento docente.
Principais
pontos da reunião
Emprego público
– representante do MEC disse não ver problemas no regime CLT.
Proposta do governo insere previsão de previdência complementar
para contemplar perda da aposentadoria integral. O governo
participaria com uma parte.
Envio de projeto de
lei – MEC disse que envio da proposta sobre emprego público
pode se dar até o fim de abril.
Carreira – A
proposta do MEC é apenas para os novos docentes celetistas e está
sub-dividida em 3 carreiras: educação superior, educação básica
e professor associado. Segundo o representante da SESU, esta
concepção é orientada pela LDB. Cada insitutição poderá
definir a alocação da vaga na carreira do ensino básico ou
superior, conforme seu perfil.
O
pacote de medidas, a ser editado em abril, poderia conter, segundo
Figueiredo: contratação de docentes pelo RJU, por período
determinado; abertura
de vagas em montante próximo a 1/3 do número de professores
substitutos, aproximadamente duas 2 mil vagas; remuneração
adicional dos funcionários (RAM); e verbas – o governo estaria
alocando R$ 170 milhões proveniente do “Fundo dos fundos”
para a melhoria da infraestrutura das IFES e para institutos de
pesquisas nos próximos dois anos. Mais R$ 50 milhões seria
repassado pela SESU para o PET.
Governo proibe contratação pelo RJU
Se na reunião do dia
15, Antônio Macdowell Figueiredo, secretário de ensino superior
do Ministério da Educação, sinalizou que o ministério estaria
provendo as instituições federais de ensino com a contratação,
pelo RJU, de quase dois mil docentes, em 27 de março, porém, a máscara do secretário caiu. Foi
publicada a portaria interministerial nº 63, assinada pelos
ministros Paulo Renato, da Educação, e Guilherme Gomes Dias,
interino do Orçamento, Planejamento e Gestão. Esta veda o
provimento de cargos pelo RJU, excetuando os concursos realizados
até 31/1/2001. No entanto, esta mesma portaria impõe limites
aleatórios para a quantidade de vagas e discrimina instituições.
Propõe apenas 245 vagas para um conjunto de 22 IFES. A UFRRJ não
foi contemplada.
Na prática, o governo
desrespeita os concursos já realizados, ferindo o direito dos
concursados e desconsidera as demandas existentes nas instituições,
seja determinando um quantitativo insuficiente de profissionais
docentes, seja negando-os.
Mais uma iniciativa que
atinge em cheio a autonomia das universidades, consagrada no
artigo 207 da Constituição Federal. Esta é a opinião do
advogado Cláudio Santos, assessor jurídico do ANDES que acusou
“deveras, os princípios da impessoalidade e da legalidade
acabarão por não ser respeitados, na medida em que o
administrador público, no caso, os Reitores das universidades,
vai ter de alijar docentes aprovados porquanto o número de vagas
disponível será certamente inferior ao autorizado pela
Portaria”. E continuou, “Pelo exposto até o presente momento,
constata-se que o art. 207 da Constituição Federal foi
desrespeitado, na medida em que a autonomia administrativa das
universidades não foi considerada pela indigitada Portaria.”
Os diretores do ANDES
presentes em Brasília na ocasião, integrantes do Comando
Nacional de Mobilização e a assessoria jurídica realizaram uma
reunião de emergência. A opinião consensual, depois reafirmada
na plenária nacional em 6/4, é de que a iniciativa busca
pavimentar o caminho para a implantação do sistema de emprego público.
O ANDES já havia comunicado o MEC e à ANDIFES, em 30/3, a
reivindicação de uma reunião para os devidos esclarecimentos
quanto à essa iniciativa que não só significa desconsideração
e desrespeito às representações das entidades dos trabalhadores
das IFES, como também, do ponto de vista político, um retrocesso
nas relações de trabalho conquistadas pelos trabalhadores do
serviço público federal.
Emprego público é golpe!
A proposta do emprego público
é muito clara ao resgatar a Consolidação das Leis do Trabalho.
Com ela os próximos servidores federais não terão observados os
direitos como a aposentadoria integral e, de imediato, criará a
situação de quebra da paridade entre ativos e aposentados no
serviço público. Os aposentados teriam como parâmetros para sua
aposentadoria, pela lógica, a realidade salarial dos ativos
estatutários, que o governo pretende manter congelada. Para os
servidores regidos pela CLT, pode mesmo ser possível a apresentação
de uma proposta específica de carreira, com mecanismos de ascensão
e remuneração distintos, o que não significa mecanismos dignos.
Mudanças
enfraquecem os sindicatos
A volta da CLT carrega ,
ainda, as alterações introduzidas pelas reformas constitucionais
que flexibilizaram direitos, como o FGTS. O mais emblemático,
porém, é que não haverá, na prática, direito à negociação
coletiva.
O emprego público
significa uma relação de trabalho precarizada. É inevitável
que venham a se verificar conflitos. O governo poderá alegar que
não há possibilidade legal de negociar com os sindicatos do
funcionalismo federal, pois não há reconhecimento do conflito
dentro do Estado. A tese neoliberal defendida ainda pelo governo
Collor, é que o servidor estatutário é parte integrante do
Estado, não podendo entrar em conflito consigo mesmo. O governo
FHC repete a mesma ladainha. O servidor celetista, embora não
seja estatutário, estará sendo representado pelos mesmos
sindicatos dos demais.
A
conclusão é que “o servidor que for amparado pelo Regime de
Emprego Público será, constitucionalmente, um servidor
prejudicado”, afirmou Luís Alberto dos Santos, assessor técnico
da Liderança do PT, para o jornal da Coordenação Nacional das
Entidades de Servidores Federais.
A hora de enfrentar essa realidade é agora. Mas é necessário
aumentar a participação da categoria, a conscientização
crescente que é urgente uma tomada de posição com a unidade de
todos.
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4
Grupos de Trabalho -
uma experiência
de êxito
Imprimindo um caráter
participativo e uma dinâmica democrática, os Grupos de Trabalho
(GT´s) organizados e estabelecidos no interior do Andes-SN têm,
sem dúvida, fortalecido o Sindicato no âmbito das lutas,
principalmente na defesa da Educação como um bem público, desde
o momento em que foram tornados elementos orgânicos de produção
da entidade.
Sempre temáticos, os GT´s
são determinados e organizados a partir de interesses pautados em
reuniões, conselhos e congressos. São, por natureza, geradores
de discussões, orientadores de demandas e produtores de políticas
e conhecimentos relevantes que vão instrumentalizar todo o
movimento em nível nacional ou local. São essencialmente
compostos por professores e militantes de base, o que lhes dá o
caráter democrático necessário para interagir de forma plural
na abordagem dos variados temas e discussões.
Hoje estão organizados
um número importante de GT´s e que têm sua formação também
nas diversas Seções Sindicais. São eles, o de Política
Educacional; o de Ciência e Tecnologia; o de Ciência e Artes; de
Política Agrária; de História do Movimento Docente; de
Carreira; de Seguridade Social; de Etnia, Gênero e Classe; de
Verbas; de Política e Formação Sindical; e de Saúde,
demarcando, dessa forma, um cotidiano de produção e um patrimônio
político, cultural e científico imensurável ao movimento
docente.
Na Adur essa dinâmica não
é diferente. A entidade tem tido participação efetiva no Grupo
de Trabalho de Política Educacional (GTPE),
principal- mente pela
participação de vários docentes do Departamento de Teoria e
Planejamento de Ensino. Porém, a necessidade nos diz que é
preciso estar cada vez mais presente, tanto na manutenção do
grupo que já existe, assim como na ampliação e criação de
novos. Desta forma estaremos contribuindo de forma decisiva nos
caminhos a serem trilhados e nas políticas a serem desenvolvidas
por nosso movimento.
Mesmo
como experiência de êxito inquestionável, os Grupos de
Trabalho, aqui ou acolá, necessitam de renovação e de novas
participações, como é o caso da Adur. Dessa forma, é de suma
importância a contribuição num desses Grupos de Trabalho, uma
vez que nas mais diversas unidades da Rural existem docentes que
estudam e produzem conhecimentos pertinentes aos mais variados
temas que são objetos dos GT´s.
Notas
·
As Diretrizes Curriculares, Educação a Distância
e Modelos de Avaliação será o tema do Encontro Estadual da
Anfope – Associação Nacional pela Formação dos Profissionais
da Educação – que será realizado nos dias 19 e 20/04, no
Auditório Paulo Freire, prédio do Centro de Ciências Humanas da
Uni-Rio.
·
O Seminário Nacional de Ciências e Tecnologia na
Amazônia será realizado de 18 à 20 de abril, em Rio Branco, no
Acre.
·
O Curso Nacional de Formação Sindical do ANDES-SN,
no Rio de Janeiro, será realizado pelo Grupo de Trabalho de Política
e Formação Sindical (GTPFS), nos dias 19, 20, 21 e 22 de maio.
Onde vai ser? É Aberto?
·
Medicamentos não fabricados no Brasil sem ônus de
serviço de compra e transporte, somente com o preço de custo do
remédio, é um serviço prestado pela Fundação Rubem Berta, da
Varig, de caráter humanitário que busca disponibilizar tais
medicamentos. Quem tiver interesse, entrar em contato com o Setor
de Medicamentos pelo telefone (21) 814-5626 ou no seguinte endereço:
Avenida Sílvio de Noronha, 65- Subsolo – Contato: senhoras
Cristiane / Roberta (Medhelp) ou ainda nos telefones (21) 468-4818
/ 468-4820 com o senhor Leandro.
·
Jornada
Continental em Defesa da Educação, ampliando as relações
internacionais para combater o ataque neoliberal ao ensino público,
é uma articulação política das entidades do campo da Educação,
brasileiras e internacionais, que se fizeram presentes no Fórum
Social Mundial, realizado em Porto Alegre, em janeiro último. No
dia 20 de abril será lançada a Jornada Continental “Salvemos a
Educação dos Acordos de Livre Comércio”.
Continua a luta por
nossos direitos
A tentativa de subtração de direitos adquiridos por
parte do Governo, enfatiza que os docentes não devem deixar de
lutar. A “bola da vez” é a aposentadoria
Em reunião realizada
dia 15 de março, às 13 h, na sede da Adur, vários
sindicalizados debateram com o assessor jurídico da entidade,
advogado Marcello Chalréo, as ações que se encontram ajuizadas
e três delas foram destacadas. A primeira diz respeito à liminar
sobre o Imposto de Renda, cujo andamento do processo estaria na
dependência do comparecimento do reitor a uma audiência. Além
disso, a liminar exige o depósito judicial dos descontos
indevidos na fonte; a segunda, sobre o recálculo da CD´s, os
docentes que tenham diferenças nos valores da gratificação
devem entrar em contato com a secretaria da Adur para agendamento
de entrevistas pessoais.
A terceira dá conta da
averbação e desaverbação, para tempo de serviço, de
monitoria. A orientação feita pelos sindicalizados, pela
diretoria da Adur e pelo assessor jurídico é de que os docentes
que ainda não fizeram o requerimento de averbação do tempo de
monitoria, que o façam junto ao Departamento de Pessoal e,
aqueles que tiveram esse tempo desaverbado, devem recorrer a Adur
para procedimento de implementação de ação judicial.
Além destas, há a
questão da Insalubridade. Todo o docente que receba o adicional
deve requerer, junto à chefia, uma declaração que contenha o
conjunto de substâncias químicas e condições insalubres as
quais esteja submetido. Da mesma forma, aquele que recebia o
adicional em emprego anterior, deve requerer, junto ao INSS, o
registro de tempo de serviço a que esteve submetido em condições
insalubres. Para tanto, os professores devem obter o modelo de
requerimento junto a Secretaria da Adur.
Diante de alguns fatos já
ocorridos, o assessor jurídico da Adur esclarece que se houver
alguma negativa na expedição da declaração por parte de algum
servidor público do INSS, tal atitude pode ser configurada como
crime, podendo a autoridade policial ser acionada.
Contagem em
dobro
Outra questão de grande
importância é a da licença prêmio. Em 19 de março do
corrente, foi publicada, em Diário Oficial da União (DOU),
Portaria Normativa, da Secretaria de recursos Humanos do MPOG que
torna sem efeito o dispositivo que impedia a contagem em dobro da
licença não gozada para efeito de aposentadoria.
A orientação é de que
todos os professores que estavam na Rural até dezembro de 1998,
devem requerem a averbação da licença prêmio não gozada, para
fins legais. Uma vez negada a solicitação de averbação por
parte do Departamento de Pessoal, o docente deverá entrar em
contato com a Adur para que sejam tomadas a medidas cabíveis de
ajuizamento de ação. Circular sobre esta questão foi enviada
para cada professor da Rural.
Continuar
na luta
Ainda assim, a diretoria da Adur enfatiza que é fundamental que os
professores procurem a entidade para que sejam emitidas procurações
em favor da ADUR-RJ, possibilitando à entidade impetrar a ação
judicial referida acima. Devem também buscar esclarecimentos
sobre seus direitos, principalmente da averbação de tempo de
serviço e licença prêmio. É importante que os docentes tenham
claro de que não devem deixar, mais uma vez o governo subtrair
direitos adquiridos e conquistados com muita luta e dedicação.
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