Publicação da
Associação dos Docentes da
UFRRJ - Seção
Sindical do Andes-SN
Filiada à CUT
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Nº 51
28 de maio de 2003
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ADUR
Informa - Publicação da Associação dos Docentes da
UFRuralRJ.
Conselho Editorial: Abner Chiquieri, Áurea
Echevarria, Luciana Nóbrega, Luiz
Mauro, Nídia Majerowicz, Valdomiro Neves, Ricardo Berbara.
Edição e editoração:
Regina Rocha
(Reg. 16269/MTb).
Texto:
Ana Manuela Soares.
Fotos:
Lenin Pires.
As matérias não assinadas são de responsabilidade do Conselho
Editorial. |
DEBATE
E ATO
MARCAM PARALISAÇÃO
DOS
DOCENTES
DA
RURAL |
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Representantes da Rural
na passeata que fechou a Av. Rio Branco dia 15 |
A proposta aprovada na assembléia do
dia 8/5, de apenas um dia de paralisação, dia 15 de maio, na
Rural, para intensificar a mobilização no dia nacional de luta
contra a reforma da Previdência deu certo. Pela manhã, o debate,
no Salão Azul do P1, reuniu mais de 60 professores, servidores
técnico-administrativos e estudantes, que escutaram, atentos, os
representantes do Sindicato dos Auditores Fiscais da Previdência
Social, Robson Guedes, Neyde Magalhães e Regina Fátima Menezes
discorrer sobre a história das leis trabalhistas, o início da
legislação previdenciária, desde a época de Getúlio Vargas. Eles
desmistificaram o déficit da Previdência, abordando as contas da
Seguridade Social e demonstrando que a Seguridade é
superavitária.
O debate, cuja mesa foi presidida pelo presidente da ADUR, Laélio
Nunes de Lima e pela vice-presidente Nídia Majerowicz, foi uma das
iniciativas de mobilização muito elogiadas pela categoria, que, no
fim da tarde, se fez representar por uma comitiva, na passeata que
os servidores organizaram no Centro do Rio de Janeiro, em um
expressivo protesto público contra a reforma da Previdência. A
passeata, organizada pela Coordenação Estadual dos servidores
Públicos, foi da Candelária à Cinelândia e reuniu mais de mil
pessoas, representantes das entidades de servidores federais,
estaduais e municipais, que fecharam a Avenida Rio Branco,
protestando, e marcou a união dos trabalhadores contra a reforma.
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Nesta
quinta-feira, a ADUR realiza assembléia para a escolha dos delegados
às plenárias do Setor das Federais e dos Servidores Públicos
Federais, dias 2 e 3 de junho, em São Paulo. O evento dos
servidores se dá no início do 8o Congresso nacional da CUT, no
Anhembi. Também dentro do Concut, os servidores realizam um ato
contra a reforma, no dia 4/6. Caravanas sairão de todos os estados,
para um ato nacional, no dia 11 de junho, em Brasília, que será
palco de uma grande manifestação de milhares de servidores de todo o
País.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores
em Educação (CNTE), entidade que congrega os sindicatos e
associações de profissionais de educação em todo o País, está na
organização da caravana nacional a Brasília. O objetivo da entidade
é dar um recado aos parlamentares que estão analisando a proposta do
governo; “Nosso futuro depende do seu voto. O seu futuro depende do
nosso”. A CNTE espera reunir na Esplanada dos Ministérios cerca de
10 mil trabalhadores em educação de todos os estados, além de
servidores públicos de diversas categorias.
Todas estas atividades devem sinalizar o
nível de mobilização dos servidores, diante do indicativo de greve
por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de junho. O
comando de mobilização do ANDES-SN, porém, já se instalou dia 27/5,
em Brasília.
Segundo o quadro de indicativo de greve –
atualizado até o dia 23 de maio – 24 seções sindicais dizem sim ao
indicativo e apenas seis desaprovam. Em cinco, o indicativo está
para ser deliberado. No Rio, a seção sindical da Rural aprovou o
indicativo, na assembléia do dia 8 de maio, e a da Uni-Rio, dias 19
de abril e 22 de maio. As seções da UFF, da UFRJ e do CEFET ainda
vão deliberar a respeito.
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ASSEMBLÉIA GERAL
NESTA
QUINTA-FEIRA,
DIA 29, ÀS 13H
,
NO QUIOSQUE DA ADUR-RJ
PAUTA: ELEIÇÃO DE DELEGADOS PARA A
REUNIÃO DO SETOR DAS FEDERAIS E PARA A PLENÁRIA DOS SPF, DIAS 2 E 3,
EM SÃO PAULO
ÀS 15H,
NO QUIOSQUE DA ADUR-RJ
ALOCAÇÃO DE VAGAS É
TEMA DO CONSELHO DE REPRESENTANTES |
SEM 1%
No início
de abril, o Ministério do Planejamento anunciou que concederia
reajuste linear de 1%, retroativo a 1º de janeiro, e um adicional
de R$ 59,87, a partir de maio, que seria incorporado ao salário
apenas dos funcionários do Executivo. Atraso no encaminhamento de
projeto de lei ao Congresso inviabilizou o aumento em abril. Mas
agora o índice, que deve ser aplicado no salário de junho, pago
em julho, será estendido aos servidores de Legislativo, do
Judiciário e do Ministério Público da União.
Para obter a aprovação, o projeto deverá
ser aceito pela Câmara e Senado. Se for apresentado em regime de
urgência, a aprovação vai demorar, no mínimo, um mês, se não for
rejeitado.
De acordo com o Ministério do
Planejamento, os cálculos do reajuste foram enviados à Casa Civil
desde o início do mês. O ministério precisava da oficialização até
o dia 16/5 para incluir os novos valores na folha de pagamento
referente a maio. Mas foi decidido que a folha seria rodada sem o
aumento, para evitar o atraso no pagamento dos salários. Quando
for liberado, o pagamento será retroativo a maio.
Revoltados, representantes dos
servidores se dizem perplexos com a atitude do governo em relação
ao reajuste. “O atraso do encaminhamento ao Congresso Nacional é,
no mínimo, incompetência ou má vontade do governo, e não há nada
que justifique isso”, afirma o vice- presidente do Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES),
José Domingues Filho, que também está insatisfeito com o baixo
percentual de reajuste proposto pelo Ministério do Planejamento.
Fonte: ANDES-SN
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MESAS SUSPENSAS E
EXPECTATIVA DIA 28
No dia 22 de maio, estava prevista uma
reunião dos representantes da Coordenação Nacional das Entidades do
Serviço Público Federal (CNESF), com o ministro do Planejamento
Guido Mantega. Em pauta, a discussão da definição acerca da política
salarial. Mas a reunião não aconteceu, pois o ministro mandou um
assessor. Na avaliação da vice-presidente Regional do ANDES-SN,
Janete Luzia, os representantes do movimento – que se retiraram da
reunião – entenderam que o governo está protelando a discussão. Mas
está mantida a expectativa de realização de encontros com o governo.
No dia 28, haveria uma mesa geral dos servidores, no Ministério do
Planejamento, e, no dia 29/5, o ANDES- SN tem uma audiência com o
ministro da Educação Cristovam Buarque.
PREVIDÊNCIA NO CONCUT
Não só na plenária do dia 3 e no ato do dia 4 os servidores vão
discutir a Previdência. O 8º Congresso Nacional da CUT (Concut), de
3 a 7 de junho, no Anhembi, em São Paulo, vai justamente definir o
papel da CUT frente ao governo Lula e discutir as reformas da
Previdência, Tributária e Fiscal, Agrária, Sindical e Trabalhista.
Estão, ainda, entre os temas: emprego e renda; papel do Estado e
políticas públicas; relações com as centrais sindicais,
confederações e federações não filiadas à CUT; relações com outros
setores da Sociedade. Além, é claro, de um plano de lutas imediato.
RELATOR DEVE EMENDAR
REFORMA
O relator da proposta de Reforma da Previdência, Maurício Rands
(PT-PE), deverá propor emendas ao texto, no parecer que apresentaria
dia 27 à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.
Rands participou de uma reunião com o presidente da CCJR, deputado
Luiz Eduardo Greenhalgh (PTSP); o líder do Governo na Câmara, Aldo
Rebelo; e os vice-líderes petistas Professor Luizinho (SP) e
Sigmaringa Seixas (DF). Durante o encontro, foi discutida uma
estratégia para evitar que manobras regimentais, como a apresentação
de destaques e pedidos de adiamento, venham a atrasar a votação das
reformas constitucionais.
Ao final do encontro, o presidente da Comissão mostrou-se otimista
em relação ao cumprimento do calendário de tramitação das reformas.
Se a previsão se confirmar, a votação da Reforma Tributária será
concluída ainda nesta semana; e a da Reforma da Previdência, até o
próximo dia 5. Depois de passar pela CCJR, as reformas serão
examinadas por comissões especiais, de onde seguem para exame do
Plenário.
A bancada do PT na Câmara definiria posição quanto à
constitucionalidade da proposta de Reforma da Previdência (PEC
40/03) até terça-feira, 27/5, quando o parecer do deputado Maurício
Rands (PT-PE) seria apresentado na Comissão de Constituição e
Justiça e de Redação. Antes, os petistas discutiram pontos polêmicos
da reforma, como a taxação dos aposentados, a redução das pensões a
70% do valor original e o teto de R$ 2,4 mil para as aposentadorias
dos servidores públicos. Maurício Rands não quis adiantar o teor do
parecer, mas sinalizou que é favorável à taxação. O deputado disse
que respeita a posição do presidente nacional da OAB, Rubens
Aprobato, que, na CCJR, considerou inconstitucional a taxação dos
aposentados, mas afirmou que, apesar de também pertencer à OAB, se
sentia vontade para agir com independência. Lindberg Farias
acredita que o afastamento de João Fontes e Luciana Genro pode ser
revertido, mas considerou um “erro político” a divulgação, em 21/5,
pelo deputado João Fontes, da fita em que o presidente Lula fazia
declarações contra a idade mínima para aposentadoria, em 1987.
(Fonte: Agência Câmara)
VOTAÇÃO DA REFORMA COMEÇA DIA 5
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A CUT E A REFORMA
Em 21/5, a Executiva Nacional da CUT, reunida em São Paulo, debateu
a reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional. Foi
aprovado um texto que o ADUR Informa resume a seguir. A íntegra do
documento você pode acessar no site da ADUR-RJ.
(Íntegra
do documento ...)
Por uma reforma que amplie direitos
A CUT considera que a Reforma da Previdência deve resgatar o
conceito de Seguridade Social,onde saúde, assistência e previdência
social são pensadas de forma conjunta e articulada.
A Previdência Social deve ser pública, única, universal, solidária e
com um teto que contemple a grande maioria dos assalariados
brasileiros. Deve ser concedida por tempo de serviço, garantindo-se
aposentadoria especial para aqueles que sofrem desgaste físico e
mental no exercício da sua função. O sistema deve ter caráter
contributivo, com gestão quadripartite (governo, trabalhadores da
ativa, aposentados e empresários).
Em relação ao teto – Fixação de um teto de 20 vezes o piso do
Regime Geral de Previdência Social, o que totalizaria hoje R$
4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais) contemplando cerca de 95%
dos assalariados brasileiros.
- acabar com as aposentadorias privilegiadas.
Previdência complementar
- Acima do teto fixado, para as aposentadorias dos servidores
que ingressarem no serviço público após a aprovação da reforma,
sejam criadas entidades fechadas de previdência complementar, sem
fins lucrativos, geridas de forma paritária entre representantes do
Governo e dos servidores, e financiadas pelas contribuições de
ambos, na relação de 1 por 1.
Idade mínima exigida para a aposentadoria - A CUT propõe a
manutenção das regras em vigor, para os servidores que ingressaram
no serviço público após 16.12.1998 e do critério de transição
vigente (para aqueles que já eram servidores em 16.12.1998), cuja
idade mínima ficou fixada em 53 e 48 anos (homens e mulheres,
respectivamente).
Paridade entre ativos e inativos
- A CUT defende a manutenção do princípio da paridade para os
atuais e futuros servidores.
Admitimos, contudo, que os benefícios ou vantagens salariais novas
(não relacionadas com reajustes salariais destinados a repor o poder
aquisitivo corroído pela inflação) sofram a incidência de
contribuições, assegurando o principio contributivo, cabendo ao
órgão previdenciário aplicar o cálculo atuarial para que o novo
benefício seja devidamente financiado.
Regulamentação das atividades especiais no setor público - A
CUT entende que as atividades exercidas pelos trabalhadores expostos
à ação de agentes ou ambientes insalubres, perigosos, periculosos ou
penosos, devem receber tratamento especial.
Aposentadoria especial – A CUT defende a manutenção da
aposentadoria especial para aqueles que sofrem desgaste físico e
mental no exercício da sua função, inclusive para professores e
professoras do ensino fundamental e médio, sendo 25 e 30 anos de
serviço (para mulheres e homens respectivamente).
Combate à sonegação – A CUT defende a realização de uma
auditoria nas contas da previdência e a introdução de mecanismos
legais que coíbam a sonegação.
Cut chama participação ativa no dia 11 de junho
Diz ainda o texto que “a CUT, da mesma maneira como lutou contra a
flexibilização de direitos da CLT e o ‘Fator Previdenciário’,
medidas que atingiam brutamente o trabalhador da iniciativa privada,
tudo fará para que esses pontos negativos da proposta do governo
sejam alterados. Vamos utilizar todos os instrumentos de luta que
fazem parte da nossa história. A CUT convocará e participará
ativamente do ato público convocado para o dia 11 de junho, em
Brasília”.
CUT CHAMA PARA MARCHA DIA 11/6
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CONSELHO
DE REPRESENTANTES
DA ADUR
DISCUTE CRITÉRIOS
RURAL TEM DEMANDA DE 85 VAGAS PARA SEREM PREENCHIDAS
Diante da possibilidade de o governo
federal preencher as vagas para o corpo docente das universidades
federais, acumuladas nos últimos oito anos, o Grupo de Trabalho
Política Educacional da ADUR, em reunião no último dia 19/5,
discutiu a alocação de vagas na Rural e decidiu encaminhar o tema
para o Conselho de Representantes da Seção Sindical. O Conselho se
reúne nesta quinta-feira, às 15h, no quiosque da entidade.
Segundo o presidente da ADUR e representante da entidade no Conselho
de Ensino, Pesquisa e Extensão, Laélio Nunes de Lima, a Universidade
tem uma demanda de 85 vagas docentes para serem preenchidas. No
momento, a instituição tem apenas três vagas disponibilizadas pelo
MEC, sendo que para duas já foram realizados concursos. As nove
Unidades da Rural disputam, hoje, apenas uma vaga para concurso de
professor efetivo.
De acordo com Laélio, faltam muitos professores para cobrir o número
de alunos atendidos e são muitas as matérias obrigatórias e
optativas que são ministradas por professores substitutos. Ao todo,
são 71 contratos temporários em corpo docente formado por cerca de
500 professores. Isso equivale a aproximadamente 15% de professores
substitutos na universidade.
CRITÉRIOS
Laélio diz que a Rural está se preparando para a futura abertura de
concursos para os 33 departamentos, e que uma comissão do CEPE
também está iniciando o debate sobre critérios para a alocação das
vagas. A comissão está preparando um questionário que será enviado
às Unidades, as quais deverão apresentar informações sobre número de
professores substitutos, número de alunos de graduação e de
pós-graduação, informações sobre a grade curricular e a produção
acadêmica dos cursos e programas.
Na reunião do dia 29/5, os conselheiros da ADUR também deverão estar
discutindo critérios para os futuros concursos. Láelio diz que não
pode posicionar-se no CEPE, sem que antes a Seção Sindical tenha
definido uma posição, mas adianta que, na sua opinião, os critérios
de contratação do corpo docente devem ser acadêmicos e não
políticos.
ENTULHOS BUROCRÁTICOS
O MEC já havia informado ao ANDES-SN a intenção de preencher 1.000
vagas docentes das federais. Outros 500 concursos deverão ser
abertos para os Cefet, para as Escolas Técnicas e Agrotécnicas, além
das 3.056 vagas para o quadro técnico-administrativo das IFES. Mais
7.700 concursos deverão ser abertos também para os Hospitais
Universitários. Em documento enviado ao Sindicato Nacional com o
sugestivo título ‘Propostas de Ações para a Retirada dos Entulhos
Burocráticos’, o MEC afirma que o preenchimento das vagas nas
instituições federais nos últimos oito anos dependia de prévia
autorização do antigo Ministério da Administração e Reforma do
Estado (MARE) e, posteriormente, do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (MPOG). Para o atual ministro, Cristovam
Buarque, o fato de a palavra final sobre os concursos ter ficado a
cargo desses ministérios fez com que as universidades perdessem
autonomia para a gestão de pessoal.
No documento, o MEC reconhece que o volume de autorizações de
concursos foi bem menor do que os processos de aposentadoria e os
pedidos de demissão ocorridos no período. “O resultado foi uma
enorme carência de professores e funcionários nas universidades
federais, fato que vem prejudicando sensivelmente o desenrolar
normal das atividades acadêmicas”, diz o texto.
Segundo o Ministério, no total, as universidades amargam a falta de
preenchimento de 7.594 cargos de professores, o que equivale a 15%
do total de vagas existentes. Nos Cefet, escolas técnicas e
agrotécnicas, o número de cargos vagos de docentes chega a 2.714. O
total de cargos vagos de técnico-administrativos nas IFES é de
27.319 ou 23% do total de vagas. Estão aí incluídos nestes números,
segundo o documento, também os funcionários dos HU.
AUTONOMIA
No documento, o MEC afirma que as universidades terão liberdade para
a realização dos concursos paras as vagas originadas a partir de
janeiro de 2003. As vagas originadas de pedidos de demissão feitos
pelos próprios servidores não têm implicação orçamentária e,
portanto, poderiam ser imediatamente preenchidas. O Ministério
promete um estudo sobre estes casos e a publicação de um documento
chamado Certificado de Disponibilidade Orçamentária, no qual
autorizará a instituição a efetuar a contratação do profissional
previamente selecionado em concurso, logo após a vacância do cargo.
“Caso a instituição não tenha mais disponibilidade orçamentária para
reposição no ano em curso, a autorização para nomeação deverá se dar
no ano subseqüente, ficando o Governo com a responsabilidade de
disponibilizar recursos suficientes para tal”, diz o texto.Para as
vagas abertas até 2002, o governo promete um plano de recomposição a
ser implementado nos próximos quatro anos.
PENDÊNCIAS
O MEC anuncia que a despesa de 2003 para a realização de todos os
concurso nas instituições é de R$ 62,3 milhões, e o orçamento para
este fim é de R$ 27,5 milhões. No documento entregue ao ANDES-SN, o
Ministério afirma esperar encontrar nas dotações do próprio MEC e do
MPOG os R$ 34,8 milhões que faltariam para o preenchimento das
vagas. O documento lembra ainda do limite máximo para autorização de
concursos, pela lei orçamentária atual, que é, no caso do MEC, de
7.700 concursos. A proposta do MEC envolve 13.926 concursos.
QUESTIONÁRIO
VAI LEVANTAR SITUAÇÃO DA
RURAL
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USINA DE LIXO TÓXICO EM SEROPÉDICA
É BARRADA
A Câmara de Vereadores de Seropédica
decidiu, em 19/5, por unanimidade, rejeitar a proposta de instalação
de uma usina de tratamento de lixo tóxico, conforme solicitado pela
Indústria Essencis, empreendimento conjunto dos grupos Camargo
Correa e Suez/Sita, grupo capitalista francês. Este foi o desfecho
de longo processo de mobilização iniciado pelos moradores de São
Miguel e que contou com o apoio de profissionais da Embrapa, da
ADUR-RJ, DCE, de grupos de defesa do Meio Ambiente e da Federação de
Moradores de Seropédica, entre outros que tinham como horizonte a
elaboração de uma emenda à lei orgânica do município, de iniciativa
popular, que impediria a instalação de usinas de lixo de alta
periculosidade. Tamanha mobilização acabou fazendo com que a
vereadora Dalva Zatorre encampasse o projeto contrário à implantação
da indústria que, segundo Rosângela Stralioto, pesquisadora da
Embrapa, poderia afetar o meio ambiente. “Seropédica tem uma
tradição agrícola. Esse centro de tratamento de resíduos tóxicos
poderia contaminar o ar, camadas importantes do solo e o lençol
freático, na região”. A proposta foi levada à votação em primeiro
turno e aprovada. No entanto, quando se ia votar em segundo turno,
dia 7/5, a indústria enviou um lobby, e a votação foi
retirada de pauta, para ser discutida com técnicos, para poderem
avaliar com mais propriedade”, como teria dito o autor do destaque,
Humberto Barbosa, segundo o jornal Atual, de 10/5. Foi quando
a mobilização, que já era intensa, ganhou contornos definitivos. O
vigário da paróquia da igreja católica, por exemplo, negou o pedido
de empréstimo do salão para a indústria apresentar seus argumentos à
comunidade. Preferiu priorizar o uso do mesmo para que pesquisadores
e ambientalistas reforçassem os esclarecimentos à população acerca
dos riscos da instalação da indústria. A pressão foi sentida pelos
vereadores. A mesa diretora viu-se impelida a antecipar a votação
para o dia 19/5. A decisão por unanimidade demonstrou a força da
mobilização.
O resultado final expressa, segundo Nídia Majerowicz,
vice-presidente da ADUR-RJ, uma importante vitória da comunidade de
Seropédica e reflete a possibilidade de ações integradas entre as
instituições científicas localizadas na região e a população, na
defesa de uma melhor qualidade de vida.
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JURÍDICO: NOVAS VITÓRIAS
A Assessoria Jurídica da ADUR comunica
que já há entre 6 e 8 sentenças favoráveis ao cômputo do tempo de
serviço para os professores que exerciam atividades insalubres
anteriormente a dezembro de 1990, conforme relatório que estará será
enviado à ADUR nos próximos dias.
Por outro lado, o acórdão relativo aos 28,86% foi publicado há
poucos dias. Tal decisão, do Tribunal Regional Federal da 2ª.
Região, está conforme o decidido pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), razão pela qual o assessor Marcelo Chalréo acredita que a
Rural não interponha novo recurso.
Entretanto, se isto acontecer o Tribunal poderá indeferir o recurso,
por ser meramente protelatório.
O advogado acredita que “muito proximamente estaremos efetivando os
cálculos para o pagamento aos docentes que fazem jus ao percentual”.
Este processo, porém, é acompanhado pelo judiciário, que pode
indicar às partes interessadas a confecção dos cálculos, ou
instituir perícia contábil para a extração dos valores devidos aos
professores.
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Dois eventos ocorridos na Rural,
durante a semana passada, parecem apontar que a comunidade
universitária está-se mobilizando em torno de um assunto urgente: a
segurança no campus. Em 20/5, por volta das 20 h, no auditório
Gustavão, em um encontro da chamada área de segurança de
Seropédica, que reúne a Divisão de Guarda e Vigilância da UFRRJ, a
48ª Delegacia Policial e o 24º Batalhão de Polícia Militar,
debateram-se possibilidades de ações complementares e, em |
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algumas oportunidades, conjuntas, para propiciar segurança aos
usuários do campus da Rural. A reunião contou com a presença de
dirigentes da universidade, entre eles o reitor José Antonio de
Souza Veiga. Dois dias depois, em 22/5, uma audiência pública
convocada pela Reitoria tratou do mesmo tema. Nessa oportunidade,
os estudantes, que pressionaram para que a audiência pública
acontecesse, colocaram seus pontos de vista sobre o assunto.
Segundo o diretor da Divisão de Guarda e Vigilância, Renato Luiz
Evaristo dos Santos, a área integrada de segurança já existe há
algum tempo. Nela, a DGV, a partir de sua atribuição de vigiar o
interior e o entorno do campus, procura contribuir com as
autoridades policiais, informando possíveis eventos que sejam
passíveis de intervenção. No entanto, frente aos acontecimentos que
se vêm sucedendo, foram feitas novas sugestões para “definir
possibilidades de ações integradas na periferia do campus e a
previsão de algumas incursões das autoridades policias no interior
da universidade, sobretudo nas áreas onde existem serviços
bancários”. Naquele mesmo dia 20, uma tentativa de assalto a um
cliente do Banco Real, morador de Seropédica, voltou a ameaçar a
segurança de estudantes, professores e funcionários, no prédio PQ’.
Segundo testemunhas, novos tiros foram disparados. Por sorte,
ninguém foi ferido.
Na reunião, foi decidido que a Universidade levará à comunidade
empresarial e comercial de Seropédica a proposta de criação de uma
rede integrada de comunicação, com aluguel ou compra de
equipamentos que possibilitem informação em tempo real às
autoridades, acerca de situações de risco e insegurança. Segundo o
diretor do DGV, outros investimentos foram solicitados – pelos
estudantes, por exemplo - e algumas iniciativas já se encontram em
fase de implantação. A instalação de câmeras na periferia do campus
e no pavilhão central, com monitoramento pela própria DGV, já se
encontra em fase de conclusão.
Os horários dos ônibus já teriam sido estendidos. Por outro lado,
será necessário reestruturar a iluminação e limpeza das áreas no
interior do campus. “A gente já mapeou as áreas e, por ora, as motos
estão circulando 24 horas por dia”, afirmou o diretor. Com relação
aos bancos, serão instaladas câmeras que poderão ser acompanhadas
também pela DGV.
Renato informou ainda que a guarda está fazendo uma campanha
educacional sobre segurança no campus, com a distribuição de
folderes e processando um recadastramento dos veículos. Segundo ele,
a comunidade está reagindo favoravelmente às iniciativas.
ESTUDANTES RECLAMAM
Na quinta-feira, 15/5, a audiência pública convocada pela Reitoria
em um dia de paralisação nacional, reuniu poucos membros da
comunidade. Por isso, na opinião de Alexandre Santos, representante
do DCE, ela não se constituiu em fórum que pudesse avançar neste
debate tão importante. Mesmo assim, os estudantes apresentaram suas
reivindicações, questionando a falta de mobilidade da Reitoria sobre
o assunto. Apresentando reivindicações como guaritas, aumento da
iluminação no campus e maior controle dos acessos, o objetivo,
segundo Santos, era questionar se “a prioridade é fazer obra de
fachada ou a segurança e a qualidade de vida no campus
universitário?”. A reitoria, representada pelo reitor José Antonio
de Souza Veiga e pela vice-reitora Maria Cecita Estellita Vianni,
apresentou a idéia de instalação do Fórum Permanente de Segurança na
UFRRJ coordenado pelo professor Antônio Adolfo Garbocci Bruno.
Segundo o professor, em entrevista ao boletim Rural Semanal,
editado pela assessoria de comunicação da UFRRJ, “a segurança deve
integrar as relações interpessoais de toda a comunidade
universitária, o acesso da comunidade externa ao campus, aspectos
paisagísticos e elaboração de propostas de cultura e lazer”. Na
quarta-feira, 28/5, estaria sendo instalado este Fórum.
ESTUDANTES
COBRAM MOBILIDADE
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DEPUTADOS DO PT DEBATEM REFORMA |
Um
debate promovido pelo Diretório Acadêmico do PT de Seropédica,
reuniu, em 26/5, os deputados federais João Batista, o Babá (PT/PA)
e Luiz Sérgio (PT-RJ). Eles debateram as reformas do governo Lula,
em especial a reforma da Previdência.
Foi uma tarde memorável para o Gustavão, que recebeu um público
representativo da universidade e do município de Seropédica,
lotando todos os espaços disponíveis, obrigando dezenas de pessoas a
acompanharem o debate do corredor interno do P1. |
Foto: ANDES-SN |
Em ação, os dois deputados do Partido dos Trabalhadores, o mesmo do
presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, expressaram um
momento muito particular do principal partido de esquerda da América
Latina: as divergências internas em torno das reformas apresentadas
nestes primeiros meses de um mandato histórico por definição.
O deputado federal Luiz Sérgio, ex-prefeito de Angra dos Reis, e
alinhado com a posição do governo, defendeu a cobrança
previdenciária aos aposentados, por se tratar de uma questão de
“justiça social”. Na sua concepção, tendo em vista as desigualdades
presentes no País, os servidores públicos podem ser considerados
privilegiados. Para exemplificar, citou o valor médio das
aposentadorias do Judiciário, Ministério Público e Legislativo.
O deputado federal Babá, que é professor da Universidade Federal do
Pará e ex-militante da FASUBRA Sindical, afirmou que a reforma do
governo Lula é de “caráter meramente fiscal, atendendo as exigências
do FMI”. Ele afirmou que a reforma proposta levará à perda de
direitos e que o mercado financeiro será o principal beneficiado. Em
sua argumentação, o deputado Babá destacou que a política econômica
implementada não é compatível com os investimentos necessários para
a criação de empregos e melhoria de áreas essenciais, como a saúde e
a educação, destacando que só nos três primeiros meses de 2003 o
Brasil pagou R$ 48 bilhões só em juros da dívida.
O debate foi acompanhado durante quase cinco horas por um público
bem amplo. Servidores, professores e estudantes da Rural dividiram a
audiência com a comunidade de Seropédica, alunos de 2º grau,
vereadores da cidade, entre outros. Fizeram-se presentes entidades
representativas como ADURRJ, SINTUR, DCE, Embrapa, etc.
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ESCLARECIMENTO
SOBRE UNIMED
A ADUR-RJ mantém, há anos, um contrato
de prestação de serviços médicos com a UNIMED. Tal instrumento
contratual, repactuado em 1997, em seus diversos itens, estabelece
os direitos e obrigações de ambas as partes. Em 1999, foram
propostas opções de modernização do plano, que não foram aceitas
pela categoria, em vista da oneração de custos que isto implicaria.
Assim, nossos usuários dispõem, hoje, de um plano limitado, que não
possui amplitude de cobrir todos os riscos desejáveis.
Dentro do bom relacionamento profissional existente com a UNIMED, a
ADUR mantém-se atenta ao cumprimento das obrigações bilaterais
vigentes, apoiando sempre o associado, quando amparado pelo
contrato, não funcionando como instância recursal, nem podendo
exigir obrigações extracontratuais.
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