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Vitórias da esquerda nas eleições

A expectativa de uma derrota do bolsonarismo no dia 2 de outubro foi frustrada com o adiamento do resultado final das eleições para o segundo turno, que acontecerá no dia 30 de outubro. Além do percentual surpreendente de eleitores do Bolsonaro, algumas derrotas do campo progressista em governo de estados e Senado pode provocar o pessimismo e a desesperança.

No entanto, as urnas também enviaram um recado importante de resistência, elegendo uma bancada federal e nas câmaras legislativas dos estados mais diversa, representativa, elegendo candidatos de movimentos sociais, além de também ter deixado derrotas importantes para a extrema direita. Nesta reportagem, a ADUR traz uma dose de otimismo para enfrentar as próximas semanas, em um levantamento de vitórias importantes para o campo progressista.

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

 

Candidatas transexuais eleitas deputadas federais

Pela primeira vez nas eleições brasileiras, duas parlamentares transexuais foram eleitas para a Câmara dos Deputados. Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) receberam uma quantidade expressiva de votos em seus estados. Erika Hilton foi a 9º deputada eleita, com mais votos que políticos tradicionais, como Marina Silva e Luiza Erundina.

Duda Salabert já estreou na política com números significativos. Em 2020 foi eleita como a vereadora mais bem votada de Belo Horizonte, com 37 mil votos. Em 2022 se tornou a primeira deputada transexual eleita em Minas Gerais, terceira mais votada no estado e primeira mulher, com 208 mil votos.

 

Indígenas

Nas eleições de 2022 duas candidatas indígenas foram eleitas. Sonia Guajajara (PSOL-SP) e Célia Xakriabá (PSOL-MG), são as parlamentares que vão defender os direitos dos indígenas na Câmara dos Deputados. Sonia Guajajara é uma das lideranças indígenas brasileiras mais reconhecidas internacionalmente e foi a primeira indígena a conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados. Guajajara também compõe o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e representa os povos tradicionais nas Conferências Mundiais do Clima (COP) desde 2009.

Célia Xakriabá recebeu 101 mil votos da população mineira e conquistou uma das cinquenta e três cadeiras na Câmara dos Deputados. Xakriabá é professora e defende a reestruturação do sistema educacional para povos indígenas.

 

MST e MTST elegem deputadas e deputados

Pela primeira vez na história, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participou das eleições por meio de candidaturas coordenadas em todo o país. Foram 15 candidaturas lançadas em doze estados diferentes com o objetivo de fazer frente à grave conjuntura atual. Como resultado, seis candidatos foram eleitos: Rosa Amorim (PT-PE), Marina do MST (PT-RJ), Adão Pretto (PT-RS); e Missias do MST (PT-CE) como deputados estaduais. Além de Valmir Assunção (PT-BA) e Marcon (PT-RS) como deputados federais.

Foto: Reprodução/MST Divulgação

Outros representantes de movimentos sociais importantes que foram eleitos foram Guilherme Boulos (PSOL-SP) eleito deputado federal e mais votado no estado, e Ediane Maria (PSOL-SP), eleita deputada estadual, ambos militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) em São Paulo.

 

Representação feminina cresce

O número de mulheres eleitas aumentou consideravelmente nesta eleição. Em 2018, foram 77 mulheres eleitas, nesta eleição 91 parlamentares mulheres passarão a ocupar um cargo na Câmara dos Deputados. Uma das explicações para este fato é a decisão de 2021 do TSE que, pela primeira vez na história das eleições, permitiu que os votos para deputado federal dados a candidatos negros e candidatas mulheres tivessem peso dois no cálculo de divisão do fundo eleitoral.

Apesar da quantidade de mulheres eleitas não ser um indicativo de que as pautas em defesa das mulheres sejam representadas, a eleição de algumas mulheres foi histórica e indicam uma mudança significativa na política. Luiza Erundina (PSOL-SP) foi eleita deputada federal pela sétima vez, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também foi reeleita para o seu oitavo mandato como deputada federal, ambas com muitas décadas de atuação na política.

No Rio de Janeiro, Talíria Petrone (PSOL) foi a mulher negra mais votada para deputada federal, terceira colocada no estado com mais de 198 mil votos. Além dela e de Jandira Feghali, o estado também reelegeu Benedita da Silva (PT-RJ), que lutou a vida inteira contra o racismo estrutural.

Para a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o estado reelegeu Renata Souza (PSOL) como a deputada mulher mais votada. Elika Takimoto (PT) também foi uma das deputadas mais votadas. Além delas, a eleição de Dani Balbi (PCdoB), primeira professora trans da UFRJ e Verônica Lima (PT), primeira vereadora negra de Niterói, também foram históricas.

Outras conquistas femininas importantes foram a eleição em primeiro turno de Fátima Bezerra (PT) governadora do Rio Grande do Norte RN, com 58,31% dos votos, e de Carol Dartora (PT), primeira deputada negra eleita na história do Paraná.

 

Carol Dartora, em campanha no Paraná. Foto: Joka Madruga

 

Exterior

No exterior, a maioria dos eleitores brasileiros escolheram Luiz Inácio Lula da Silva na votação do primeiro turno. O ex-presidente venceu em 29 países, entre eles China, Austrália, Nova Zelândia, Polônia, Palestina e Hungria. Jair Bolsonaro recebeu mais votos que o adversário em Israel, Emirados Árabes Unidos, Japão, Timor Leste, Moçambique e Grécia.

 

Oligarquias perdem força

As famílias tradicionais que dominaram a política do Rio de Janeiro também perderam espaço. A candidata ao Senado, Clarissa Garotinho, filha do ex-governador do RJ, Anthony Garotinho, não foi eleita. Na campanha, ela não utilizou o nome do pai. Outro clã que não conseguiu manter a tradição política foi a família Picciani: Rafael foi candidato a deputado estadual e Leonardo, candidato a deputado federal, os dois suprimiram o sobrenome Picciani nas campanhas políticas e não se elegeram.

Já o herdeiro político de Sérgio Cabral não escondeu o nome do pai. Marco Antônio Cabral tentou uma vaga de deputado federal e alcançou apenas 23 mil votos. Cabral pai está preso desde 2016 e a soma de todas as suas condenações chega a 400 anos de prisão por envolvimento em oito crimes diferentes: lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, evasão de divisas, fraude em licitações, formação de cartel e crimes contra o sistema financeiro.


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