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Semana de Ciência e Tecnologia debate riscos socioambientais e mudanças climáticas na ADUR

17 de outubro de 2024

Comunicação da ADUR

A 21ª Semana de Ciência e Tecnologia apresentou, nesta quinta-feira (17), uma mesa para discutir os desastres socioambientais e os efeitos das mudanças climáticas. O evento, realizado no centro de convivência da ADUR, contou com a participação de especialistas, abordou o impacto dos desastres naturais no Brasil e no mundo, com foco nas inundações, escassez hídrica e vulnerabilidade das populações urbanas e rurais.

A Professora Viviane Japiassu Viana, mestrado profissional em Ciencias do Meio Ambiente-UVa destacou os desafios enfrentados no Brasil, particularmente os desastres hidrológicos, como enchentes e deslizamentos de terra, que trazem grandes prejuízos à sociedade. “Os desastres, principalmente os hidrológicos, no nosso caso brasileiro, aqueles relacionados às chuvas intensas, acabam resultando em muitos danos e prejuízos. Danos humanos, financeiros e ambientais”, explicou Viviane Viana, apontando que esses eventos impactam drasticamente a infraestrutura urbana e o abastecimento hídrico.

Professora Viviane Japiassu Viana, mestrado profissional em Ciencias do Meio Ambiente-UVa

Ela também destacou a importância de uma abordagem integrada para enfrentar esses desafios. “A escassez hídrica é preocupante, sobretudo diante das mudanças climáticas. Sem água, todas as atividades ficam sensíveis, da agricultura à indústria”, afirmou, lembrando que as mudanças climáticas exigem readequação de projetos e infraestrutura.

A docente Viviane Japiassu enfatizou, ainda, que os desastres não são apenas fenômenos naturais, mas sim o resultado de interações entre a natureza e as características socioeconômicas das regiões afetadas: “Esses desastres se constituem como tal por conta das características sociais, estruturais, políticas e econômicas, além da presença de padrões construtivos muito vulneráveis.”

Já o Professor Henderson Wanderley, do Departamento de Ciências Ambientais do Instituto de Florestas, reforçou que, além dos desastres mais comuns no Brasil, como deslizamentos e enchentes, outros fenômenos, como ondas de calor, têm se tornado preocupantes em escala global. “Quando olhamos para o cenário mundial, vemos desastres diferentes. Por exemplo, na Europa, as ondas de calor são o segundo desastre que mais mata”, observou.

Ele também criticou o uso do termo “desastre natural”, destacando que a vulnerabilidade da população e a falta de ações preventivas aumentam os danos causados por esses eventos. “É comum ouvir que foi um desastre natural e que nada poderia ser feito. Mas, na verdade, a vulnerabilidade da população é o fator principal”, apontou.

Professor Henderson Wanderley, do Departamento de Ciências Ambientais do Instituto de Florestas,

“É muito fácil você culpar a chuva por um alagamento, pela enxurrada ou pelo movimento de massa que aconteceu. Não posso impedir que chova, mas posso fazer ações para minimizar o impacto da chuva. Nas entrevistas dos gestores, é comum dizer: ‘Infelizmente, não pude fazer nada porque o desastre é natural’. Mas o dano social e a culpa não são só da natureza. A responsabilidade também é das gestões que não promoveram ações de mitigação para esses eventos extremos, cuja tendência é aumentar”, disse ele.

O evento também trouxe à tona a necessidade de atualização dos critérios de monitoramento e prevenção. “No ano passado, atualizamos os critérios para identificar os municípios mais suscetíveis a desastres. A região sudeste e parte do nordeste frequentemente enfrentam problemas relacionados à precipitação, movimentação de massa e enxurradas”, lembrou o docente Henderson

Wanderley. Além disso, ele destacou o aumento das temperaturas globais nos últimos anos, indicando que 2024 pode ser ainda mais quente que 2026, com sérias implicações para o clima global.

O debate na ADUR reforçou a urgência de políticas públicas eficazes e de conscientização da sociedade sobre a necessidade de mitigar os impactos das mudanças climáticas e desastres socioambientais. Como concluiu a professora Viviane: “É essencial que novas infraestruturas já considerem esses cenários, ou corremos o risco de repetir os mesmos erros e gastar recursos sem prevenir os problemas.”


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