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Cultura e unidade política marcam ato #ReitorEleitoReitorEmpossado na UFRRJ

Aconteceu no dia 15 de abril, o ato político-cultural #ReitorEleitoReitorEmpossado. O evento foi realizado pela ADUR-RJ, pelo SINTUR e pelo DCE-UFRRJ com objetivo de defender a autonomia universitária e apontar soluções para o enfrentamento à política de desmonte das universidades públicas praticada pelo governo federal.

Diversas entidades participaram do evento, que também contou com a fala de reitores eleitos e não empossados pelo país e dos reitores da UFRRJ: Ricardo Berbara, eleito e não empossado, e Roberto de Souza Rodrigues, terceiro colocado na lista tríplice enviada ao MEC e nomeado reitor pelo governo. Roberto participou da Consulta Pública à comunidade acadêmica concorrendo ao cargo de Pró-reitor de Planejamento, Avaliação e Desenvolvimento Institucional pela Chapa 2 – UFRRJÉAGENTE, grupo vitorioso que tinha Berbara como candidato a reitor.

A dinâmica do ato alternava rodadas de falas políticas com apresentações culturais de música e poesia, demonstrando a integração da arte às questões políticas do momento. Na primeira rodada, após apresentações culturais, representantes da ADUR-RJ do SINTUR-RJ e o reitor eleito e não empossado, Ricardo Berbara, iniciaram as falas políticas

Em nome da ADUR-RJ, a presidente da Associação, Lúcia Valadares, destacou o papel preponderante das universidades públicas na formação da sociedade brasileira. “É através da ciência, pesquisa, extensão e do conhecimento produzidos dentro das universidades públicas que conseguimos alcançar o desenvolvimento nas áreas da saúde, educação, transporte, que são essenciais para atender as demandas do povo. Por isso precisamos agregar todas as forças políticas do campo democrático e os movimentos sociais para lutar e resistir contra as interferências proferidas pelo governo fascista do Bolsonaro que tem como objetivo enfraquecer as instituições públicas de ensino para depois privatizá-las”.

Ivanilda Reis, que integra a Coordenação Geral do SINTUR, enalteceu a relevância de se compor uma frente de resistência pela democracia contra os desmandos do governo federal. “Temos uma reforma administrativa que criminaliza o servidor federal e tem a intenção de trocar o funcionário de carreira que presta o concurso público para trabalhar em uma instituição pública por um indicado de político que não tem nenhum compromisso com a questão pública. Diante disso precisamos nos unir para derrotar este projeto liberal”.

O professor e reitor eleito pela comunidade acadêmica da UFRRJ, Ricardo Berbara, frisou a importância do ato como um movimento de resistência em defesa da liberdade de expressão, da ciência, dos direitos humanos, do meio ambiente e contra o desmonte das universidades públicas patrocinadas pelo Palácio do Planalto.

“A autonomia das universidades públicas – que potencializam a ciência, a cultura, o conhecimento para as camadas de baixa e média renda – se tornaram o alvo principal da elite que se incomodou com a ascensão social destes segmentos. Certamente estes foram um dos motivos que levaram ao golpe de 2016 que não contou com tanques e sim com suporte ideológico da mídia em conluio com setores do judiciário que criminalizaram e impossibilitaram o ex-presidente Lula de disputar o pleito de 2018. Portanto, se torna urgente a articulação dos movimentos sociais, sindicais e políticos do campo democrático para a criação de um modelo de desenvolvimento voltado para inclusão social e econômica do nosso povo”.

Na sequência, representantes de entidades nacionais se pronunciaram.

Para diretora da UNE, Maria Carol, o desmonte das universidades públicas faz parte de um projeto que visa a negação da ciência, pesquisa e a extensão. “A nossa tarefa consiste em agregarmos a sociedade na luta pela defesa de uma universidade pública que seja para todos. Não vamos permitir que o ódio e a intolerância, marcas registradas deste governo genocida, contaminem as pessoas de bem”.

Terezinha Domiciano, do Fórum de Reitores, e a Vânia Gonçalves, da Fasubra, destacaram a necessidade de derrubar a legislação que trata da lista tríplice pois somente nos dezesseis anos de governo petista foi respeitada a autonomia universitária. “Esta lei quando está sob uma gestão de um governo fascista e genocida é usada para desmobilizar as consultas universitárias – onde a comunidade acadêmica decide pelo voto quem está mais preparado para comandar a universidade – e nomear para o cargo de reitor pessoas alinhadas às suas ações. Ou seja, é assim que se começa o processo de privatização do ensino superior”.

Também participaram do ato representantes da Regional Rio do ANDES-SN, da União Estadual dos Estudantes, da CTB, do Sinasefe, da CSP-Conlutas, Feteerj, do Sinpro-Rio, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), da Internacional da Educação para América Latina (IEAL), e do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE). Na rodada de participação de entidades sindicais do Rio de Janeiro, estiveram presentes representantes da Associação dos Docentes da UFRJ (AdUFTJ), Associação de Docentes do CEFET/RJ (Adcefet-rj SSind), da Associação de Docentes da UniRio (Adunirio) e da Associação dos Docentes do Instituto Nacional de Educação dos Surdos (Assines – Ssind).

No momento reservado à participação de reitores eleitos e não empossados, participaram da atividade os professores Adilson Oliveira, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR); Etiene Biasotto, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); e Paulo Ferreira, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Neste momento, também participaram do ato Fernando Cunha, presidente da Associação dos docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB) e Vânia Gonçalves, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos da UFSCar (Sintufscar), que comentaram sobre os processos de intervenção do governo nas devidas universidades.

Já no momento de encerramento, o professor Roberto Rodrigues se pronunciou, relatando que a decisão de assumir o cargo foi tomada em coletivo com outros integrantes da chapa, inclusive o professor Berbara, com o objetivo de preservar a universidade de um ato intervencionista ainda mais grave, com a colocação de alguém que sequer participou do processo eleitoral. O professor também se comprometeu a dar continuidade ao projeto de universidade representado pela chapa que concorreu e que tinha Berbara como candidato à reitor, entre outras medidas, empossando todos os pró-reitores e criando uma assessoria especial à reitoria que será comandada por Ricardo Berbara.

Nas falas finais, Ivanilda Reis, do SINTUR e Lúcia Valladares, da ADUR, reforçaram a importância do ato, que representa a unidade e amadurecimento da comunidade universitária da UFRRJ no enfrentamento às políticas de destruição da universidade pública levadas a cabo pelo governo federal. Elas também saudaram e agradeceram a participação dos artistas que participaram do ato e de todos os que acompanharam pela internet nos diversos canais em que o ato foi transmitido.


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