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ADURJ e a luta contra os cortes do governo para Ciência e Educação

20 de junho de 2022

Imprensa da ADUR-RJ

As entidades científicas e acadêmicas que compõem a Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br) convidam a comunidade científica, acadêmica e tecnológica para realizar atividades – presenciais e/ou virtuais – no Dia Nacional de “Não aos cortes em Educação e Ciência”. Programado para acontecer em 21 de junho, o foco central da manifestação serão os cortes anunciados pelo governo para ciência, educação, cultura, saúde, meio ambiente e inclusão social, áreas decisivas para o futuro do Brasil. Na ocasião, ao lado de outras entidades, a ADURJ representará os direitos da população na luta contra o desmonte do ensino público.

Ao longo dia, seminários serão realizados para falar do desmonte do Estado brasileiro e da situação de colapso na área do conhecimento. Para traduzir o tamanho do problema em números, o Observatório do Conhecimento estima que, desde 2014, houve cortes na ordem de R$ 83 bilhões no orçamento do conhecimento, sendo que as perdas podem alcançar R$ 100 bilhões em 2022. A mobilização acadêmica que está sendo formada sobre o tema deveria estar estampada nas principais capas dos jornais do país, mas não é assim que está acontecendo, e é por isso que o papel da ADURJ junto à sociedade revela-se cada vez mais importante.

Uma das premissas básicas do jornalismo é: “se o cachorro morde o homem não é notícia, mas se o homem morde o cachorro, aí sim, aí tem”. Na semana passada, o colunista do O Globo, Joaquim Ferreira dos Santos, relatou o seu espanto ao constatar que, diante da dependência dos algoritmos de audiência, o maior site de notícias do país deixou, durante 24 horas, em sua capa (on-line), a notícia que seria a mais lida do dia: “Quem o Jacaré morde no Pantanal agonizante”. Isso no dia em que foi noticiado que “33 milhões de brasileiros não têm o que comer”. A história do jacaré ganhou mais clicadas.

Esse é o caminho que o Brasil trilha em pleno ano eleitoral: com um jornalismo que agoniza e não morre e entregue à corrida dos cliques, consequência da covarde política de algoritmos das redes sociais e da infame distribuição de publicidade do Google. É neste cenário que o presidente Jair Bolsonaro, destacando a “importância” do Teto de Gastos, política macroeconômica que só interessa ao mercado financeiro, promoveu um corte nas verbas do MEC inicialmente estipulado em R$ 3,2 bilhões, que após um recuo do governo foi reduzido para R$ 1,6 bilhão. Essa notícia, como a da fome, passou como um sopro pelas capas dos principais sites de jornalismo do país, como se não fosse um escândalo.

É como se a natureza de um teto de gastos estipulasse naturalmente o desmonte da Educação por um capricho orçamentário que constará apenas nas planilhas que circulam pela Faria Lima. No governo Bolsonaro, o orçamento da educação superior foi reduzido em 12% na comparação dos últimos quatro anos. A cruzada neoliberal tocada por Paulo Guedes contra professores e servidores públicos não gera cliques porque está institucionalizada no jornalismo: cortes no MEC não são como a história do jacaré que morde no Pantanal agonizante porque, na lógica do capitalismo digital, a miséria do brasileiro não gera engajamento, e soa às vezes como natural, porque quando o cachorro morde o homem, afinal, não é notícia.

Consequentemente, poucos jornais deram voz às entidades estudantis, de professores e de dirigentes de universidades e institutos federais, como a ADUR, que denunciaram que a redução dos recursos compromete o funcionamento do setor. O contingenciamento é feito sobre despesas discricionárias, que incluem gastos com manutenção predial, energia, limpeza e segurança, mas também pode afetar o pagamento de bolsas e auxílios a estudantes em situação de vulnerabilidade. É neste hiato de informações, essa crise no jornalismo, diante de um desinteresse comercial em discutir o futuro do país, que o sindicalismo brasileiro cresce, embora ainda existam aqueles que o entendem como morto após a reforma trabalhista de Michel Temer.

Ora, morto que nada! O sindicalismo moderno é como uma fênix que renasceu das cinzas. Enquanto a grande imprensa parece mais interessada nas baboseiras ditas pelo presidente da República em um cercadinho no Palácio da Alvorada, ou na bunda de uma atriz global e suas estripulias pelo Pantanal, em detrimento do desmonte do Estado brasileiro, o sindicalismo cresce, e reconquista, ao lado do trabalhador, a sua relevância para o futuro do país. Neste 21 de junho, Dia Nacional de “Não” aos cortes em Educação e Ciência, haverá aqueles que insistem em escrever sobre a nova marca de tênis do Neymar, atrás dos cliques. A ADURJ estará mais uma vez ao lado dos trabalhadores brasileiros e em defesa da Educação.

É na luta que a gente se encontra!


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