Ontem, dia 25 de agosto, ADUR, SINTUR, DCE, Pró-Reitores, Diretores e Reitoria da UFRRJ se reuniram para discutir a ação civil pública do MPF-RJ que dá o prazo de retorno das atividades presenciais em 18 de outubro.

Em resposta à ação do MPF, as IFES publicaram uma nota conjunta na qual apontam preocupação com a ação, a violação da autonomia universitária, e o fato da medida desconsiderar a questão financeira das instituições.

Na reunião de ontem, a Reitoria apresentou a proposta conciliatória do MPF, na qual a data de 18 de outubro é mantida, mas o contingente de pessoas seria diminuído de acordo com a bandeira de risco definida pela Secretaria de Saúde do Estado. A proposta prevê: até 40% da capacidade de atendimento da unidade no caso de bandeira vermelha; até 70% no caso de bandeira laranja; e até 100 % da capacidade de atendimento da unidade de ensino, no caso de bandeira amarela e verde.

Ao participar da reunião, a ADUR se posicionou apontando que mesmo esta proposta prevê o retorno de 100% dos docentes já em outubro, o que já é um risco. Além disso, a medida também implicaria em uma dupla jornada para os professores, que precisarão dar as aulas presenciais e também dar conta do conteúdo para os 60% de estudantes que não estiveram presentes. A medida precariza e vulnerabiliza ainda mais a situação dos docentes em meio à pandemia.

A medida ainda está em discussão e, no momento, as IFES preparam uma contraproposta que propõe, entre outras medidas, o retorno das atividades presenciais apenas em 2022.