ADUR-RJ marca presença no 40º Congresso Nacional do ANDES-SN
Semana de 27 de março à 1 de abril de 2022
Imprensa ADUR-RJ

Delegação da ADUR-RJ chegando no primeiro dia do 40º Congresso Nacional do ANDES-SN na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
O 40º Congresso do ANDES Sindicato Nacional começou no domingo, 27 de março, tendo como sede a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que já foi sede da 17º edição do evento, em 1998. O tema do Congresso é “A vida acima dos lucros: ANDES-SN 40 anos de luta!”, em referência aos 40 anos de existência e resistência do Sindicato Nacional, completos em 2021.
Depois de 2 anos de atividades virtuais, esta é a primeira vez que o ANDES realiza um evento presencial reunindo toda a categoria desde o início da pandemia de COVID-19, em março de 2020. São 89 seções sindicais, somando mais de 600 docentes de universidades federais e estaduais, institutos federais e CEFETs de todo o país. Para isso, os protocolos sanitários são essenciais para manter a segurança dos congressistas e demais participantes.
Antes do início do evento, todos precisaram enviar os comprovantes de vacinação e realizar testes de diagnóstico da COVID-19 com o resultado negativo para ter a participação permitida. Nas dependências do Congresso na UFRGS, é exigido o uso de máscaras PFF2 ou N95 e também o uso de álcool em gel.
A delegação da ADUR-RJ que foi eleita pela Assembleia Geral da Associação do dia 18 de fevereiro de 2022 para participar do Congresso é composta por 9 delegados, sendo 8 representantes da base e 1 indicação da Diretoria, e observadores.
São delegados pela base os docentes Patrícia Bastos; Marcelo Fernandes; Rubia Wegner; Andreia Carmo Sampaio; Regina Cohen; Ana Maria Marques (observadora, suplente da delegada pela base Marina Cordeiro, que não pode comparecer por razões médicas), Flávia Motta e Alexandre Freitas. A delegada enviada pela Diretoria é a presidenta da ADUR-RJ, Elisa Guaraná.
São observadores, em ordem de suplência, os docentes: Liz Paiva; Beatriz Wey; Lilian Couto e Ricardo Dias.
Como é o funcionamento do Congresso?
Com início na manhã de domingo (27), a programação do Congresso é bem ampla e diversificada. O evento é composto por Grupos Mistos de discussão que debatem as Teses de Resolução do Caderno de Textos elaborado com a contribuição dos docentes de todo o país; pelas plenárias dos 4 temas do citado Caderno de Textos, que acontecem uma em cada dia diferente; pelas atividades culturais como apresentações musicais e poéticas e por um ato público que acontecerá no dia seguinte após a Plenária de Encerramento, na sexta-feira (01).
Os temas centrais das Plenárias são: 1) Conjuntura e Movimento Docente; 2) Plano de lutas dos setores; 3) Plano Geral de Lutas e 4) Questões Organizativas e Financeiras. Cada uma das plenárias acontece em um dia diferente do Congresso e, neste primeiro dia, a discussão é reservada para os TRs do Tema I (Conjuntura e Movimento Docente).
De acordo com decisão deliberada na última Assembleia Geral da ADUR em 25 de fevereiro, a delegação da Associação vota na TR 18 (Intensificar a luta para pôr fim às intervenções do governo Bolsonaro nas IFES) e na TR 24 (Barrar a transferência das aposentadorias e pensões das IFES ao INSS) do Tema II Planos de Lutas dos Setores.
No Tema III (Plano Geral de Lutas), foram discutidas e aprovadas a TR 43 (A defesa do ensino público e a participação no Fórum Nacional Popular de Educação); TR 44 (Até quando faremos balanço da filiação do ANDES-SN à Conlutas? Pela imediata desfiliação!) e TR 64 (Sobre a Saúde do e da Trabalhadora do Ensino Superior: Impasses e Perspectivas de Superação do Sofrimento Docente), esta última aprovada com alterações. A Assembleia votou contrária à ao TR 76 (Novo Ensino Médio: A Pedagogia do Opressor).
Já no Tema IV (Questões Organizativas e Financeiras), a ADUR em maioria votou favorável ao TR 56 (Pela refiliação do ANDES-SN ao DIEESE) e contrária ao TR 78 (O Estatuto do ANDES-SN é a Consolidação das Normas Aprovadas Democraticamente, e não uma Peça Burocrática ao Sabor das Conveniências – As Eleições para a Diretoria e sua Posse Devem Ocorrer em 2022).
No caso de Textos de Resolução ou alterações que não foram debatidos na Assembleia Geral da Associação, os delegados possuem a liberdade de votar de acordo com suas próprias convicções.
Atividades do 1º dia de evento
A cerimônia de abertura contou com a participação das lideranças sindicais, representantes de movimentos sociais, políticos e universitários, que se posicionaram diretamente contra os retrocessos impostos pelo governo Bolsonaro e reafirmaram a importância do evento como espaço para discutir o comprometimento do calendário de lutas em defesa da educação pública, dos direitos sociais e da democracia ao longo de 2022. Durante a abertura, também foi realizado um minuto de silêncio em homenagem a todas as vítimas da política genocida do governo Bolsonaro que faleceram em decorrência da COVID-19.
No início da tarde de domingo, ocorreu a Plenária de Instalação do Congresso, que é o momento de discutir como deve ser feita a metodologia do evento. Após o almoço, teve início a Plenária do Tema I (Conjuntura e Movimento Docente), na qual integrantes da delegação da ADUR tiveram contribuições na elaboração da TR 14 (Na crise sem precedentes, que lugar o ANDES-SN deve ocupar?).
Durante a abertura para falas dos congressistas, o docente da UFRRJ e delegado da ADUR, Marcelo Fernandes, mencionou a questão do conflito entre Ucrânia e Rússia e também o fato de que a última Assembleia Geral da ADUR votou majoritariamente favorável à desfiliação do ANDES-SN da CSP-Conlutas.

O docente da UFRRJ e delegado da ADUR-RJ no 40º Congresso do ANDES-SN, Marcelo Fernandes, durante sua fala no 1º dia de evento.
Atividades do 2º dia de Congresso
- Elisa Guaraná, delegada da ADUR no 40º Congresso do ANDES-SN.
- Ricardo Dias, observador da delegação da ADUR no 40º Congresso do ANDES-SN.
- Marcelo Fernandes, delegado da ADUR no 40° Congresso do ANDES-SN.
- À frente, Beatriz Wey, observadora da ADUR no 40° Congresso do ANDES-SN e atrás, Alexandre Freitas, delegado.
- Rubia Wegner, delegada da ADUR no 40° Congresso do ANDES-SN.
🗣💬 Na segunda-feira, 28 de março, os delegados e observadores da ADUR estiveram ativos e mobilizados discutindo os Textos de Resolução nos Grupos Mistos do 40º Congresso do ANDES-SN.
📝 A programação do segundo dia de evento foi toda preenchida pelas discussões dos citados grupos e a parte da manhã do terceiro dia também.
📑 Após as deliberações que acontecem nos grupos, as TRs são levadas para discussão nas plenárias de cada tema, que voltam a acontecer a partir de quarta-feira.
📸 Nas imagens, em sequência os docentes da delegação da ADUR: Rubia Wegner; Beatriz Wey; Alexandre Freitas; Marcelo Fernandes; Ricardo Dias e Elisa Guaraná.
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Atividades do 3º dia de evento
- Regina Cohen, delegada da ADUR-RJ.
- Lilian Cordeiro, observadora da ADUR-RJ.
- À esquerda, Patrícia Bastos e à direita, Ana Marques, ambas delegadas da ADUR-RJ.
- Flávia Motta, delegada da ADUR-RJ.
- Liz Paiva, observadora da ADUR-RJ.
🗓 Na manhã de quarta-feira (29), aconteceu o último momento de debate em Grupos Mistos do 40º Congresso Nacional do ANDES-SN, focado em TRs que fazem parte do Tema IV (Questões Organizativas e Financeiras) do Caderno de Textos.
👩🏻🏫 A professora da UFRRJ e delegada da ADUR-RJ no Congresso, Elisa Guaraná, explica que dentro desta temática estão discussões que envolvem a organização estrutural do ANDES e que a delegação da ADUR levou para os Grupos Mistos as decisões deliberadas em Assembleia Geral da Associação, como é o caso da aprovação da refiliação do Sindicato Nacional ao DIEESE.
💬 “Os Grupos Mistos do Tema IV também debateram o processo eleitoral para a próxima diretoria e a metodologia do Congresso. Esse último dia de discussão em grupo contribuiu para um debate que propõe possíveis mudanças para tornar o Congresso mais acessível e com foco em temas que possamos aprofundar”, disse Elisa.
🎤 Durante o horário de almoço, a artista Marietti Fialho e Cia Luxuosa fizeram um show no Auditório Araújo Viana para os docentes. Na parte da parte da tarde, teve início a Plenária do Tema II (Plano de Lutas dos Setores) para dar prosseguimento com a votação dos TRs e seus respectivos encaminhamentos.
📝 Para a delegação da ADUR-RJ, o Tema II é crucial para o Sindicato porque trata exatamente do plano de lutas da carreira docente.
👩🏻🏫 A professora Regina Cohen, delegada da ADUR-RJ nesta edição do Congresso, considera que uma das funções primordiais desta plenária é reivindicar a carreira. “Um sindicato forte é essencial para uma carreira segura e estável. Uma das coisas mais importantes que a gente luta há tantos anos é pela unificação das carreiras e a mobilização do ANDES-SN para que a gente consiga isso é fundamental”, declara ela.
Já a professora Patrícia Bastos, também delegada, destaca que o espaço de discussão precisa ser melhor desenvolvido para permitir que todos, todas e todes tenham acesso às falas e manifestações sem restrições.
💬 “A plenária do 40º Congresso é um espaço que nos faz pensar e refletir sobre o quanto o ANDES deve repensar seu formato e conceito de participação e democracia. O amplo debate e o contraditório não é garantido, neste sentido a participação não é efetivada em sua plenitude”, argumenta.
Atividades do 4º dia de evento
Na manhã de quarta-feira, dia 30 de março, a Delegação da ADUR-RJ esteve atenta e mobilizada durante a continuação das votações da Plenária do Tema II (Plano de Lutas dos Setores) no 40° Congresso do ANDES-SN.
Veja abaixo trechos das falas das professoras da Delegação da ADUR-RJ, Regina Cohen e Elisa Guaraná, durante as plenárias.
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Exposições durante o 40º Congresso do ANDES-SN
Uma das exposições realizadas pelo ANDES-SN que está sendo divulgada durante o 40º Congresso do Sindicato Nacional é uma seleção sobre momentos históricos relevantes durante os quarenta anos de atuação da entidade, destacando as principais lutas travadas ao longo deste tempo em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, da categoria docente, dos direitos trabalhistas e garantias sociais. Veja mais abaixo!
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🏢 Em um dos prédios do campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) durante o 40º Congresso do ANDES-SN, está a exposição “MEMÓRIA: 50 ANOS DOS EXPURGOS DA UFRGS”. No local, estão em destaque os quadros pintados em aquarela pelo coletivo “Memória e Luta” do qual faz parte o professor do Departamento de Arquitetura da UFRGS, José Carlos Freitas Lemos.
🖼 A exposição foi realizada pela primeira vez em 2019 no centro cultural da UFRGS, em função dos 50 anos dos professores que foram expurgados da UFRGS durante o período da ditadura e perseguidos pelos militares, com o objetivo de fazer uma crítica repudiando este período violento da história do Brasil e homenagear a luta e o legado destes docentes.
💬“(…) Era crucial que nós resgatássemos e fizéssemos alguma coisa para falar dos episódios da Ditadura e dos expurgos, algo que a UFRGS nunca tinha feito de maneira efetiva, e que nós, enquanto colegas e participantes da sociedade porto-alegrense também não tínhamos efetivamente organizado. Surgiu um desafio de fazer o conjunto de desenhos para fazer a exposição, eu aceitei o desafio e em 40 dias e 40 noites, me submeti a um transe hipnótico, foi uma viagem no tempo e na história. Eu estava olhando tantas fotos históricas que quase já estava ouvindo os gritos das pessoas arrastadas pelos militares, os ruídos das lagartas, dos tanques, os tiros de policiais e militares, o zum-zum dentro do Conselho Universitário de um reitor dedo-duro mandando embora professores. Me senti completamente envolvido. Nós discutimos no Coletivo várias questões que deveriam constar nas imagens da exposição”, relatou.
👨🏼🏫 O professor José também contou que a professora Maria Luiza Armando, uma das docentes da UFRGS que sofreu com as violências cometidas pelos militares, se emocionou profundamente ao ver a exposição pela primeira vez e declarou que era um movimento que “devolveu à dignidade” às vítimas. De acordo com o professor, ela não seria expurgada da universidade, mas em solidariedade aos companheiros docentes que haviam sido, Maria Luiza Armando solicitou a própria expurgação da UFRGS.
📍A UFRGS também tem um memorial de homenagem aos docentes expurgados dentro do prédio da Faculdade de Educação para preservar a história de resistência dos que lutaram contra as opressões do regime militar.
✏️ Além disso, existe uma petição online coletando assinaturas que pedem a revogação dos títulos de professores Honoris Causa que foram concedidos aos militares e ex-presidentes do Brasil durante a ditadura, Médici e Costa e Silva.
📲 Clique AQUI para assinar e colaborar com essa mobilização.
📚 O lançamento do livro produzido pelo Coletivo Memória e Luta intitulado “Os expurgos da UFRGS, Memória e História”, aconteceu ao final da plenária do Tema II, no 3º dia de Congresso, na terça-feira (29).
Atividades do 5º dia de evento

Da esquerda para a direita: Rubia Wegner, Lilian Cordeiro, Ricardo Dias, Liz Paiva, Regina Cohen, Flávia Motta e Patrícia Bastos.

À esquerda, a presidente da ADUR Elisa Guaraná; ao centro, a observadora Lilian Couto e à direita, a também observadora Liz Paiva.
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