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Atos em defesa da educação levam milhões às ruas por todo o país

Em todo o Brasil, estudantes, professores e trabalhadores em geral saíram às ruas na Greve Nacional da Educação. Ao menos 200 cidades em todos os estados do país e no Distrito Federal pararam para lutar contra os ataques do governo Bolsonaro à educação.

No Rio de Janeiro, a concentração teve início logo pela manhã. Na Praça XV, centro da capital fluminense, a atividade “Educação na Praça”, teve como objetivo levar para as ruas o conhecimento produzido nas universidades e escolas. Aconteceram aulas públicas, oficinas e exposições de trabalhos científicos. Estiveram presentes alunos e professores dos Institutos Federais do Rio de Janeiro, do Cefet-RJ, Uerj, UFRJ, Unirio, UFF, UFRRJ, entre outros.

A UFRRJ esteve presente com alguns projetos. Um deles foi o da professora do departamento de Química, Aparecida Cayoco Ponzoni. Ela levou a exposição sobre o processo de funcionamento físico do pulmão na respiração, que integra o projeto de Residência Pedagógica que ela coordena. Ela afirmou que acredita na Universidade enquanto formadora de profissionais e destaca o perigo que os cortes representam.

“Nós estamos conscientizando as pessoas da importância da ciência e principalmente do ensino nas Universidades. A gente teve o mínimo de verba para realização desses projetos e se cortar mais, vai ser trágico. Não vamos ter como manter os materiais para o curso de graduação e nem para os projetos. Seria impossível manter os bolsistas.”

Em Seropédica, a chuva não espantou estudantes e professores e outros profissionais da educação que promoveram a atividade Universidade na Praça na Praça do KM 49. Durante a manhã, estudantes do CTUR e da UFRRJ apresentaram suas pesquisas e dialogaram com a população, em seguida, um ato simbólico marchou do local até a UFRRJ. No caminho, palavras de ordem, como “tira a mão da minha Rural”, “Não é balbúrdia é reação, educadores defendendo a educação” foram entoadas.

200 mil pessoas na Candelária

Na parte da tarde, a mobilização continuou. Muitos ônibus saíram da UFRRJ levando centenas de estudantes para o ato no centro do Rio de Janeiro. Quem estava na Praça XV se juntou às pessoas que já estavam na Candelária, para a concentração do ato até a Central do Brasil. A estimativa dos organizadores é de que cerca de 200 mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Todas as faixas da Avenida Presidente Vargas foram tomadas pelo ato que serviu de aquecimento para a greve geral, marcada para o dia 14 de junho.

A manifestação transcorreu pacífica até o final. Mas após o fim do ato anunciado pelos organizadores, uma confusão envolveu manifestantes e a Polícia Militar. Um grupo disparou rojões e fogos de artifícios e PMs responderam com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. O resultado foi um ônibus incendiado.

Foto: Marcos Serra Lima/G1

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