Adur

Continuando a retrospectiva ADUR em Movimento, destacamos hoje a unidade entre docentes, técnicas/os, estudantes e o apoio às/aos trabalhadoras/res terceirizadas/dos que vem sendo uma política importante para organizar a luta na Rural.

Desde o último ano, vemos o fortalecimento dos movimentos sociais dentro da Universidade. Em abril de 2016, o ‘Movimento Me Avisa Quando Chegar’ trouxe repercussão nacional à luta das estudantes por segurança nos campi. Depois de marcar presença em diversas manifestações, em outubro a comunidade ruralina lotou sete ônibus para o ato contra a PEC 241 no centro do Rio de Janeiro. Uma semana depois, a UFRRJ foi a primeira universidade do Rio de Janeiro a ser ocupada contra as medidas autoritárias de Michel Temer. Desde o início da ocupação, ADUR, SINTUR e estudantes estiveram em unidade e em greve unificada. Antes mesmo da deflagração de cada categoria, a parceria se dava através da manutenção política e estrutural do movimento.

Para Camila Mantovani, integrante da Coordenação Geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o processo de ocupação foi um episódio marcante para os movimentos de resistência porque conseguiu unir as pautas nacionais e internas. “A universidade é feita por várias pessoas e elas se dividem em categorias de trabalho. Se a gente acredita num projeto de universidade que seja de fato popular, não cabe a luta sectarizada. E por isso a ocupação foi tão importante. Além da ADUR e do SINTUR, também contamos com o apoio importantíssimo dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas que nos deram condições reais de mantermos a Rural ocupada por 54 dias.”

Ivanilda Reis, diretora do Sindicato dos Técnicos da Universidade Rural (SINTUR) também destaca a organização das assembleias comunitárias que também garantiram espaço de voz para as/os terceirizadas/os falarem sobre suas condições de trabalho. “Além das assembleias que nós conseguimos organizar, tiveram as idas à Brasília para os atos nacionais e também construímos atividades em Seropédica, Nova Iguaçu e no Centro do Rio. Isso mostra que nossa unidade é contínua e trava lutas dentro cenário nacional e local”.

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