Adur

Nota da Diretoria da ADUR

Temos passado por um longo e difícil processo desde novembro do ano passado. 53 Universidades estão em greve em todo o país. Um movimento que teve início em 15 de abril. Há uma disputa por orçamento em curso.

Essa greve não é contra o governo, que a grande maioria de nós contribuiu para eleger, e, sim, para garantir o papel importante da educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Além disso, fortalecer rumos que possam garantir um governo com a prioridade para a população brasileira que mais precisa.

Professores e Professoras aprovaram Estado de Greve na Assembleia Geral do dia 26 de março. Seguimos mobilizados e participando dos atos e ações unificados no Rio de Janeiro e nacionalmente; debatendo formas de contribuir para dar visibilidade às nossas questões da Rural, dentre elas recursos para a segurança no campus. A terrível perda que tivemos no dia 8 de abril nos mobilizou, e a Adur, juntamente com estudantes e o Sintur, conseguiu realizar um potente ato na Alerj que chamou atenção sobre a violência que enfrentamos. Mas precisamos fazer mais!

A Assembleia Geral do dia 21 de maio foi a quarta vez em que debatemos de forma democrática e com ampla participação de sindicalizados/as nas negociações em curso para atendermos demandas fundamentais.

Aprovamos a adesão à greve em curso deflagrada pelo Andes – Sindicato Nacional, como sua seção sindical a partir desta quinta, dia 23 de maio, para somarmos ainda mais na mobilização junto ao Congresso e com uma contraproposta para a negociação formulada pelo prof. Antônio José – discutida e aprovada na mesma Assembleia.

Estamos na reta final das negociações. O governo chamou reunião para segunda-feira, 27 de maio, e esperamos poder, nos próximos dias, concluir esse movimento nacional tão importante.

Aprovamos a suspensão temporária do calendário docente e encaminhamos para ser apreciado pelo CEPE de modo a garantir a reposição tão logo retornemos.

A pauta que demandamos, dentre outros pontos, defende:

Orçamento para universidade;
Assistência Estudantil;
Valorização do trabalho docente;
Recomposição salarial, incluindo 2024 e atendendo aos aposentados e às aposentadas, que sempre foi uma luta histórica na Rural;
Reestruturação de carreiras.

Pleiteamos, ainda, a revogação da IN66; da IN 15/2022; bem como a regularização do reposicionamento e a revogação definitiva do ponto dos EBTTs. Estas medidas irão representar um avanço importante para corrigir distorções, garantir a isonomia entre as carreiras do Magistério Superior e EBTT.

Somar às demandas em âmbito nacional dos e das TAEs por plano de carreira e por recomposição salarial também faz parte de nosso movimento, como compreensão da unificação da luta.

Hoje, trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil realizam uma Marcha em Brasília para pressionar o Congresso Nacional. Estaremos somando com representação da Adur.

Formamos nosso Comando Local de Greve que se reunirá também ainda hoje, 22 de maio, de forma presencial na sede da Adur e de forma híbrida, às 15h. Por meio dele, debateremos as atividades essenciais a serem mantidas na Rural, assim como formas de mobilização e organização do nosso movimento.

O Comando será coordenado pela Direção da ADUR, como definido em Assembleia e contará com direito a voz e voto, inicialmente, com inscritos presencialmente na Assembleia Geral. O Comando é aberto a todos e todas docentes que queiram participar com voz e novas adesões com direito a voto devem ser referendadas em próxima Assembleia. Foram definidas as representações no Comando Nacional de Greve da delegada Elisa Guaraná de Castro, Presidenta da Adur; e das diretoras Beatriz Wey e Liz Paiva, como observadoras para essa semana. E da delegada Patrícia Bastos, diretora da Adur, e observadores professores Antônio José Alves Jr. e Marco Antônio Peruso para a próxima semana.

Retornaremos com informações e data de nova Assembleia Geral tão logo tenhamos retorno da Mesa de Negociação Nacional Permanente.

Esse é um grande esforço coletivo da Rural e de todas as IFS em luta por todo país em defesa da educação pública, gratuita e qualificada socialmente, sob forte ataque à sua existência. Por isso, resistência!

Vamos ocupar, debater e mobilizar. A presença de todos e de todas é fundamental.

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