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Opinião da Semana #4: O futuro do Brasil e a independência de Bolsonaro 

8 de setembro de 2021

Opinião da Semana 

Imprensa ADUR-RJ

 

Há quem diga que a montanha pariu um rato, decretando de véspera o fim do governo de Jair Bolsonaro após as manifestações neste 7 de setembro. Há razões para crer nisso. Apesar da imensa organização do governo federal para os atos do Dia da Independência, e da escalada de intimidações das últimas semanas, o que foi visto mais do mesmo: o radicalismo inócuo de um presidente reconhecidamente incapaz. Foram várias ameaças; menos gente do que se esperava nas ruas; e nenhum golpe, como alguns anteciparam.  

Ainda assim, a direita bolsonarista celebra dentro de sua bolha “a força” e o “resultado” das manifestações no Dia da Independência do Brasil. A maioria sente que um “importante passo” foi dado, apesar de sua direção ser incerta. Esse assunto o presidente não comenta abertamente, salvo por metáforas e analogias incompreensíveis. Talvez ele sequer saiba como dar o golpe que tanto deseja e que tanto agradaria o seu eleitorado. Feliz, a bolha bolsonarista segue cega em sua trilha rumo ao precipício que seu líder escolheu. 

Por esta razão, talvez seja preciso um pouco de cautela a respeito da pergunta que todo brasileiro deve estar se fazendo neste momento: “quem saiu vitorioso após as manifestações neste 7 de setembro de 2021, Dia da Independência do Brasil?”. Essa é uma questão que só o tempo responderá. Se quiser provocar uma ruptura institucional, o presidente, conforme tem sido exposto nos principais jornais do país, dispõe da boa vontade de parte considerável dos policiais militares e das forças armadas, além dos empresários que financiaram a viagem de milhares de pessoas até Brasília neste feriado e ainda apoiam as políticas de Paulo Guedes.

Em entrevista para o jornal Folha de São Paulo, o filósofo Marcos Nobre defendeu que as manifestações de Bolsonaro neste 7 de setembro foram uma preparação para uma ruptura. Segundo ele, Bolsonaro planeja uma invasão como a do Capitólio, mas organizada, “que não seja aquela bagunça dos EUA”. A ideia de que o presidente faz um ensaio para o golpe é consenso entre acadêmicos e parte do campo progressista. Ao analisarmos sua base de apoio, entre militares, empresários, agronegócio e policiais, o Brasil tem inúmeras razões para temer o futuro.

Por outro lado, é muito provável que o bolsonarismo tenha feito a sua última cartada nesta terça-feira. Ao fim das manifestações, o UOL noticiou que os ministros do Supremo Tribunal Federal apresentarão “alguma resposta ao presidente da República”. Na CNN, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, reconhecida figura conservadora no país, falou abertamente na possibilidade de um impeachment. O PSDB, que passou os últimos três anos apoiando a agenda de Paulo Guedes, escreveu em suas redes sociais que chegou ao “limite da dignidade política”. Em uma reportagem, o Estadão ainda incluiu o Solidariedade e o MDB à lista de partidos favoráveis ao impeachment. Até mesmo o Jornal Nacional, em sua escalada de abertura, falou do risco de golpe. 

Após os atos deste 7 de setembro, tanto o Judiciário quanto o Legislativo parecem ter entendido que o país chegou ao limite com Bolsonaro. Mas ainda é preciso um recado claro das ruas, que ecoe pelos corredores do Congresso e do Palácio de Inverno, até as redações dos principais jornais. Após o que vimos no feriado da independência, o dia 12 de setembro, quando são esperadas manifestações em defesa da democracia, ganhou uma nova e mais importante bandeira: o impeachment imediato do presidente Jair Bolsonaro. Espera-se que desta vez não seja apenas um ato da oposição, mas um grande um brado de independência de todos os brasileiros que ainda pretendem viver em uma democracia.

Nos vemos dia 12! É, mais uma vez, na luta que a gente se encontra!


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