Assembleia da ADUR adere à Greve de 48 horas da Educação – veja as deliberações de 10/09
Assembleia da ADUR adere à greve de 48h
e encaminha a luta política
No dia 10 de setembro aconteceu uma assembleia da ADUR que teve como pauta, 1) Relato da comissão do SIGAA; 2) Avaliação da conjuntura; 3) Encaminhamentos de luta. Greve Nacional da Educação por 48h. Proposta de ocupação e resistência da Educação. Proposta de atividade no CEFET-RJ; e 4) Outros assuntos.
Após a abertura, foram dados alguns informes gerais. Foi relatado o encontro pós-CONAD ocorrido na UNIRIO no dia 09/09. Foi dado aviso sobre a reunião do Coletivo Jurídico Nacional do ANDES que será nos dias 04 e 05 de outubro, bem como sobre e a reunião do GTPE da ADUR, agendada para o dia 11/09. Também foi dado o informe sobre a situação da Universidade Federal de Santa Catarina, na qual foi deflagrada greve estudantil e onde está sendo debatida a proposta de não realizar vestibular para o próximo ano.
No ponto de análise de conjuntura, os professores debateram sobre os inúmeros ataques do atual governo à educação, aos servidores públicos e as formas de enfrentamento à situação. No debate se considerou que o movimento está numa mobilização decrescente, mas novos fatos e mesmo ações que apontem para a luta poderão ter efeito de reversão desta paralisia. O Sindicato precisa apontar alternativas de luta, viáveis, que tenham chance de mobilizar, que possam ter fôlego e que apontem para a luta.
Foi mencionado que a conjuntura aponta para a continuidade e o aprofundamento dos ataques por parte do Governo, que visa a destruição do ensino superior público e gratuito e o desmonte do aparato de ciência e tecnologia, construído nas últimas décadas, no país. Só uma organização mais ampla, com unidade e, ao mesmo tempo, permitindo que os encaminhamentos locais se expressem e realizem também os embates, poderia fazer frente e ter fôlego para esta conjuntura. A ocupação no CEFET contra a intervenção e a greve de estudantes na UFSC devem fazer parte do mesmo movimento nacional.
Após o debate, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:
1 – Adesão à Greve de 48 horas da Educação. A partir disto o encaminhamento na ADUR deve ser de buscar articulação com técnicos e estudantes, no sentido de construir um dia com seminário interno e no outro uma atividade externa;
2 – Levar para a reunião do Setor das Federais que este envie para as Seções Sindicais discussão sobre a proposta de criação do Movimento Nacional de Ocupação e Resistência da Educação, com uma coordenação nacional a ser instalada em Brasília, composta por um representante de cada Seção Sindical. Esta Coordenação terá o papel de dar unidade às lutas nas IFES, que já estão em andamento e as que virão. Considerando as especificidades e os diferentes ataques locais, esta Coordenação terá o papel de, ao mesmo tempo, respeitar os encaminhamentos locais, incorporando-os ao movimento nacional, e, sempre que necessário e possível, propor encaminhamentos nacionais.
Com o funcionamento desta Coordenação Nacional, o ANDES apontará para um caminho que poderá ser decisivo nos próximos meses. Com o funcionamento inicial no âmbito do nosso Sindicato se poderia pensar em uma Coordenação de Ocupação e Resistência ampliada, com SINASEFE, FASUBRA, SEPE e outros. Esta Coordenação poderá encaminhar, reforçar e dar unidade às lutas de resistência e buscar o recuo por parte do Governo.
3 – Organizar, em conjunto com os técnicos administrativos, estudantes, outras Seções Sindicais e entidades educacionais do Rio de Janeiro, um ato no CEFET, contra a intervenção. Ver a possibilidade de realizar este ato durante a Greve de 48h.
4 – Reativar o Comando Unificado da UFRRJ para discutir a proposta de uma Assembleia Comunitária das três categorias, para planejar atos conjuntos nas ruas; e
5 – Propor paralisações de 15 em 15 dias que contemplem Seminários internos e atos externos.
Um assunto importante e que vinha sendo adiado devido às lutas mais agudas, foi também debatido nesta assembleia – a questão do SIGAA. A comissão de estudo, grupo que foi formado pela Assembleia da ADUR em maio, se encontrou com os pró-reitores de Planejamento, Avaliação e Desenvolvimento Institucional. Na reunião, foram levadas as principais dúvidas e preocupações levantadas na assembleia, que incluíam a falta de informações sobre o sistema, a falta de divulgação a respeito do seu uso, o uso de dados para fins de avaliação acadêmica e trabalhista. Segundo os pró-reitores, a atual administração assegura que “as informações coletadas não serão repassadas para órgãos de controle”.
De um modo geral, a comissão avaliou que houve avanço nas informações acerca do sistema, mas que a política da atual Administração Superior da universidade pode sofrer reveses, inclusive pela própria mudança futura nos cargos. Até mesmo a adaptação técnica do sistema pode alterar as questões com o decorrer do tempo, e seria difícil assegurar as vias e destinos de uso dos dados. Ou seja, é preciso continuar acompanhando o debate, pois o cenário é dinâmico e tende a piorar.
Foi deliberado então remeter o debate sobre o SIGAA para o Grupo de Trabalho de Política Educacional e para o Grupo de Trabalho de Política e Formação Sindical da ADUR. Nos grupos, serão debatidos, junto com a comissão, tanto os aspectos acadêmicos do sistema, relacionados à avaliação acadêmica e ao desempenho, quanto em relação ao controle sobre o trabalho docente. A Diretoria propôs que fosse feito um pedido à Reitoria, no sentido de informar a matriz completa do sistema, de modo que os GT possam trabalhar com este material. Esta proposta foi aprovada.
No último ponto de pauta, Outros Assuntos, foi aprovado apoio financeiro para realização do congresso da União Estadual dos Estudantes e foi aprovada também a substituição, a pedido, da professora Nídia Majerowicz pela professora Lilian Couto na Comissão Eleitoral.
Ao final da assembleia, à pedido da mesa, a equipe de comunicação apresentou o projeto do podcast da ADUR. A proposta é produzir arquivos de áudio entre 5 e 10 minutos e disponibilizá-los on-line. O conteúdo será de notícias relacionadas à educação, à ciência e tecnologia, ao serviço público, e aos movimentos sociais de modo geral.
Diretoria da ADUR-RJ
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