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Entrevista com a Chapa 2 – Renova ANDES

Quem respondeu às questões pela Chapa 2 – Renova ANDES foi a professora do Departamento de Ciências Sociais UFRRJ, Elisa Guaraná. A docente é candidata à 2ª Vice-presidente Regional Rio na eleição.

 

1) Quais as principais propostas da sua chapa?

Em meio a pandemia da COVID-19 que está ceifando milhares de vida, o ANDES-SN é, hoje, uma realidade distante para muitos e muitas colegas docentes que vivem tantas ameaças. Propomos construir uma pauta de reivindicações e ações de luta conjuntas nas Universidades, Institutos Federais, CEFETs, e os movimentos sociais e frentes que defendam a democracia e a educação pública, contemplando: 1) política salarial; 2) direitos como o adicional noturno e de insalubridade; 3) financiamento à Ciência, Tecnologia e Inovação]; 4) autorização e abertura de concursos para docentes; 5) autonomia das instituições públicas de ensino e o respeito à democracia interna; 6) política de progressão e promoção da carreira com isonomia; 7) atuar contra a precarização do trabalho remoto garantindo meios e condições de trabalho e ensino; 8) política de aposentadoria; 9) barrar a Reforma Administrativa. As ameaças à educação pública são imensas e o ANDES-SN precisa assumir a responsabilidade de liderar a sua defesa.

 

2) Como é a leitura da sua chapa em relação ao quadro político atual? Nesse contexto, quais são os principais desafios do movimento docente hoje?

Vivemos o maior ataque, desde a ditadura militar, à educação e serviços pública e aos trabalhadores(as) pela capacidade de desmonte das políticas e instituições públicas, aniquilamento de conquistas de direitos e da democracia pelo governo federal. Esse desmonte é o projeto de estado mínimo neoliberal que prevê a desobrigação do governo dos serviços públicos para serem apropriados pelo capital privado e privatizações, em especial saúde e educação. O desmonte teve início com o Golpe de 2016 e a ruptura democrática e se aprofunda no governo Bolsonaro. Não temos como enfrentá-los sem ampla unidade e diálogo com todos que se colocam contra esses ataques. O atual isolacionismo de nosso Sindicato Nacional impede isso. O ANDES-SN precisa aprofundar sua relação com as principais entidades e frentes em defesa da Educação, da Ciência e Tecnologia, dos serviços públicos e da Democracia. Defendemos o respeito à pluralidade de ideias no nosso movimento docente na unidade em defesa da democracia.

 

3) Quais os principais instrumentos de luta e estratégias para o enfrentamento do momento político atual?

O Andes-SN e nossas sessões sindicais (ADs) são nosso grande instrumento de luta. 1) Precisamos ampliar a participação dos docentes e fortalecer nosso movimento sindical para, juntos, com entidades que congregam servidores e as que defendem os serviços públicos possamos promover amplo debate na sociedade brasileira, lutar nas redes e nas ruas para derrotar a Reforma Administrativa; 2) Organizar a resistência contra os ataques à democracia e autonomia, pela posse dos candidatos eleitos nas consultas para Reitor, em defesa dos membros da comunidade universitária, hoje vítimas de perseguição aberta por parte de interventores. Uma unidade mais ampla deve ser forjada com toda a comunidade acadêmica para derrotar as intervenções em curso e impedir as próximas. 3) No momento em que parcela significativa da categoria está sujeita ao ensino remoto, levantar uma pauta de reivindicações para dotar a categoria de um instrumento de luta, de forma a enfrentar a precarização de nosso trabalho na prática.

 

4) Destaque para os eleitores, os motivos pelos quais sua chapa seria a mais indicada para compor a Direção do ANDES SN.

O Fórum Renova Andes se organiza desde 2013, período que vimos apresentando textos e manifestos próprios e contribuições em todos os CONGRESSOS e CONADs. Entendemos que um Sindicato Nacional da magnitude do ANDES-SN, que conta com mais de 77 mil filiados e representa uma base de cerca de 330 mil docentes, é um patrimônio de cada professor e professora, não apenas daqueles e daquelas que concordam com a posição de sua diretoria. Nós iremos lutar para que cada docente tenha sua opinião ouvida e respeitada nos marcos da democracia. Portanto, são pilares e instrumentos de nossa proposta Sindical: 1) devolver o ANDES-SN para o Movimento Docente; 2) ampliação da mobilização, filiações e da participação da categoria, para aumentar a representatividade e a força do ANDES-SN; 3) participação efetiva nas lutas em defesa da Democracia, da Educação, da Ciência e Tecnologia, para que o ANDES-SN possa cumprir seu papel; 4) Construção da unidade, para que o ANDES-SN possa estar à altura do momento histórico.