Índice
Outubro/2009

Organizadores fazem avaliação positiva do V Encontro dos GTs do ANDES-SN
Conjuntura reforça importância do 29º Congresso do ANDES-SN
Reunião realizada no Ministério de Estado da Educação 20/10/2009
Fim da DRU vai garantir R$ 9 bilhões a mais para a educação em 2011
Docentes do ANDES-SN protestam na porta do MEC e são recebidos por ministro
CCJ do Senado aprova projeto que dá mais R$ 10 bi para a educação até 2011
Senado aprova reserva de vagas em faculdades para professores
Universidades que aderiram ao Enem vão receber mais recursos
STJ indefere liminar do Proifes que buscava suspender o registro do ANDES-SN
Proposta quer retirar direitos sociais da Constituição
Grupo de estudantes usa protestos para questionar UNE
Deputados aprovam fim da DRU para a Educação em segundo turno
 


30/10/2009
Organizadores fazem avaliação positiva do V Encontro dos GTs do ANDES-SN

O balanço do V Encontro de Grupos de Trabalho (GTs) do ANDES-SN, realizado em Santa Maria, de 23 a 25 de outubro, foi considerado “positivo” pelos organizadores. Além de representantes das universidades federais do estado (UFRGS, UFPel, FURG, UFSM e Unipampa), participaram docentes de vários estados como Pará, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. Em torno de 40 pessoas estiveram nos painéis mais gerais bem como nas reuniões em grupo. Na avaliação do 1º vice-presidente da Regional RS do ANDES-SN, Fernando Molinos Pires, a presença de estudantes e de servidores em algumas das reuniões em grupo foi o ponto alto da atividade.

No domingo, dia 25, na parte da tarde, os relatores dos GTs expuseram de forma resumida o que havia sido discutido. O professor do CEFET-MG, Elcio Queiroz, que integra o GT Carreira, destacou que o aspecto mais relevante das discussões foi de que não se deseja uma carreira que tome como base aspectos “quantitativos e produtivistas”. Deve se levar em conta o tempo de serviço e a formação/titulação. O detalhamento desses aspectos deve ser feito em um seminário nacional sobre Carreira, marcado para os dias 20, 21 e 22 de novembro, em Brasília.

Outro grupo que se reuniu em Santa Maria, no prédio da Antiga Reitoria (CCSH), foi o das Fundações. No relatório apresentado pelo professor Rondon de Castro (SEDUFSM), e corroborado pela coordenadora do GT, professora Solange Bretas, destacou-se que uma das propostas é buscar saber que tipos de projetos são desenvolvidos e financiados através das fundações ditas de apoio. Tornar público os projetos que passam por lá é uma forma de transparência e ao mesmo tempo de contraposição ao discurso de que essas entidades são “imprescindíveis”.

Repúdio
O Grupo de Trabalho de Política Agrária e Meio Ambiente (PAMA) também esteve reunido em Santa Maria. Dentre os encaminhamentos, a necessidade de se discutir em um seminário uma forma de questionamento às políticas públicas do governo para a área de política agrária e meio ambiente. Também propuseram e tiveram o apoio unânime em relação a uma Moção de Repúdio a diversos órgãos federais tratando da redução da faixa de fronteira, que vai do Mato G. do Sul ao RS, iniciativa que objetiva beneficiar as empresas multinacionais de celulose.

Finalizando os relatos, o professor Fernando Molinos citou que o GT de Seguridade Social promoverá em Florianópolis, de 20 a 22 de novembro, o Encontro de Assuntos de Aposentadoria, que terá entre os pontos de discussão, a análise da PEC 270-A, que trata dos critérios para aposentadoria por invalidez. O encerramento do V Encontro de GTs foi feito pela presidente da SEDUFSM, professora Fabiane Costas, que agradeceu a todos e enalteceu a “qualidade dos debates”. 

Fonte: SEDUFSM, Por Fritz Nunes


Conjuntura reforça importância do 29º Congresso do ANDES-SN

Ataque à carreira docente e à universidade pública, ofensiva do Proifes e proximidade das eleições do ANDES-SN reforçam importância do 29º Congresso

Pelo menos três motivos ressaltam a importância do 29º Congresso do ANDES-SN, já convocado pela atual diretoria para ocorrer de 26 a 31 de janeiro de 2010, em Belém (PA), com o tema “Contrarreforma Universitária, ataques à carreira e ao trabalho docente: desafios do ANDES-SN na luta em defesa da Universidade pública”.

Em primeiro lugar, está a urgência de se discutir estratégias de mobilização da base da categoria para lutar contra as investidas cada vez mais perniciosas dos governos (federal, estaduais e municipais) contra a carreira docente e a universidade, pública, gratuita e de qualidade.

Em segundo, a necessidade de se enfrentar a nova ofensiva do Proifes contra o restabelecimento do registro sindical do ANDES-SN. Por fim, o fato de que se trata de um congresso no qual deverão ser formadas as chapas que irão disputar a direção do Sindicato Nacional a partir de julho de 2010.

Caderno de Textos

As contribuições das seções sindicais e dos sindicalizados para integrarem o Caderno de Textos devem ser encaminhadas à sede do ANDES-SN até o dia 18/11, por e-mail. Os textos que chegarem posteriormente, entre 19/ 11 e 6/1/2010, também serão remetidos para análise da base da categoria, por meio do anexo ao Caderno de Texto.

Encerrado estes prazos, os demais textos só poderão ser submetidos à discussão no congresso se forem aprovados pela Plenária de Instalação. Para isso, os proponentes devem apresentar uma justificativa demonstrando a necessidade da sua apreciação no evento e os fatos excepcionais que levaram à apresentação fora dos prazos fixados.

Credenciamento prévio

Com o intuito de agilizar as inscrições, o ANDES-SN reafirma a importância do credenciamento prévio, programado para ocorrer de 1/12 a 20/1/2010. Durante o evento, o  credenciamento será realizado em 26/1, das 9h às 12h e das 14h às 18h.

Fonte: Andes-SN.


Reunião realizada no Ministério de Estado da Educação 20/10/2009

RELATÓRIO DE REUNIÃO NO MEC

DIA - 20/10
HORA – 16h 

PRESENTES: 

Pela Diretoria do ANDES–SN - Além do presidente do ANDES-SN, Ciro Teixeira, a secretária geral, Solange Bretas e o 1º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul, Fernando Molinos Pires.
Pelo Setor das Federais do ANDES-SN - Josevaldo Cunha (ADUFCG), Sandra Moreira (ADUFPA) e José Luiz Alves (ADUFEPE) 
Pelo MEC – Além do Ministro Fernando Haddad, o Chefe de Gabinete João Paulo Bachur, a Secretária Executiva da SESU Maria Paula Dallari Bucci e Profa. Adriana Rigon Wesk Diretora de Desenvolvimento da Rede das Instituições Federais de Ensino Superior (diretoria no âmbito da SESU) 

DESENVOLVIMENTO: 

Ao entrar, após os cumprimentos de praxe o Ministro declarou estar a par de que havia sido regularizado, junto ao MTE, o nosso registro sindical. Nos parabenizou pelo ocorrido e se declarou satisfeito por termos superado o problema da suspensão, dado nossa reconhecida legitimidade de representação da categoria dos docentes das IES. 

Em seguida, o professor Ciro manifestou que ali nos encontrávamos para retomar a pauta das audiências anteriores em 12/8/08, 14/10/08 e 23/1/09 que, infelizmente, apesar dos insistentes pedidos de audiências não haviam sido agendadas. Disse que em nosso entendimento havia urgência em discutir com o MEC a profusão de documentos, com diferentes graus de oficialidade, que tem circulado por iniciativa do MPOG, Andifes, MEC, sobre minutas de projetos de lei para regulamentar o Regime de Dedicação Exclusiva e de minutas de decretos para “regulamentar” a autonomia das IFES e de possibilidades de interação entre as IFES e as fundações privadas ditas de apoio. Isto em função das questões centrais sobre estruturação da universidade e concepção do trabalho docente que se encontram nesses documentos e, que na nossa concepção contrariam as propostas que defendemos para a universidade e para a carreira docente, em particular no papel da dedicação exclusiva enquanto regime de trabalho prioritário para que, efetivamente, a universidade opere na lógica da indissociabilidade entre ensino pesquisa e extensão. 

O ANDES-SN fez um histórico das reuniões do setor das IFES, dos documentos produzidos e fez referência à presença dos representantes indicados pelo setor para participar desta audiência.  

O ministro desculpando-se (“Culpa minha”) disse que de fato não nos havia  recebido por dificuldades de agenda, que esteve muito ocupado com a proposta de emenda constitucional (PEC), que exclui a educação das verbas retidas pela DRU, que recentemente havia sido aprovada no Senado. Referiu que ao menos nessa iniciativa queria o nosso apoio e reconhecimento, ao que dissemos que já havíamos publicado essas posições dele a esse respeito e declarado em vários eventos públicos que tínhamos acordo com essas ações e considerávamos importante esse encaminhamento pelo MEC. 

Sobre os documentos que tem circulado, o ministro e em segundo plano a Maria Paula, procuraram se contrapor de dois modos: primeiro dizendo que esses documentos eram internos, todos minutas que não havia ainda nada fechado e que apenas após concluídos e ouvidas os diferentes agentes ou setores  interessados (ANDIFES, fundações, TCU, SBPC, etc...) é que seríamos chamado no MPOG para tratar deles; em segundo, procurando inviabilizar qualquer discussão desviando o assunto para particularidades sobre todo ou qualquer tema, que não fosse a pauta expressa em nossa fala inicial. Frente a isso, várias vezes apontamos na necessidade de voltarmos à pauta, sem dispersar, dada a importância do momento e à necessidade de sairmos dali com uma agenda para tratar dos problemas.  Pedimos que ouvissem os representantes de IFES ali presentes, que em novas tentativas, exemplificando com situações locais vivenciadas em suas Instituições, procuraram ressaltar as dificuldades que agravar-se-iam com as medidas que vinham sendo cogitadas nesses documentos, em circulação.

Reiteramos que na reunião ocorrida em janeiro havia ficado sinalizado que iríamos discutir essas questões com a SESU, e sequer isso foi agendado.

Depois de vários momentos de tensão o ministro retomou que seria oportuno então de fato fazer as reuniões com a Sesu, quando Maria Paula colocou que, conforme acertado no âmbito do governo só poderíamos discutir, no âmbito do MEC, a proposta do decreto sobre as relações das IFES com as fundações privadas, uma vez que a lei sobre carreira teria que ser discutida na SRH/MPOG. Em contraposição a esse anúncio enfatizamos que era necessário ter o MEC como protagonista nessas discussões, mas a conversa não avançou.  

ENCAMINHAMENTOS FINAIS: 

Ao final, ficou apenas o compromisso de que seremos convidados para uma conversa na SESU sobre o "decreto que regulamenta o credenciamento de fundações pelas IFES" que estaria sendo fechado ainda nesta última semana de outubro com o MCT, e que poderíamos apresentar nessa ocasião nossas ponderações sobre o projeto, assim como conhecer a versão acabada quanto à regulamentação da DE, mas que isso seria informal para que se pudesse reciprocamente dar conhecimento das justificativas para as posições a propósito do tema, uma vez que qualquer encaminhamento oficial só seria mesmo possível no âmbito da SRH/MPOG....!!!!

Após quase duas horas de conversa o ministro, ao retornar do atendimento a uma chamada telefônica, deu por encerrada a reunião dizendo que teria que preparar intervenção no noticioso da noite sobre denuncia de nova interpretação de fraude quanto a exame, desta vez envolvendo o ENADE.

Fonte: Andes-SN.


29/10/2009
Fim da DRU vai garantir R$ 9 bilhões a mais para a educação em 2011

Brasília - Com a aprovação pelo Senado ontem da proposta de emenda à Constituição (PEC) que determina o fim da Desvinculação de Receitas da União (DRU) para a educação, a área terá 9 bilhões a mais em seu orçamento de 2011. O montante representa 21% do orçamento da área em 2009, que foi de R$ 41 bi.

Para o presidente-executivo do Movimento Todos Pela Educação, Mozart Ramos, a aprovação da PEC foi uma “vitória da educação brasileira”, já que o país “ainda investe pouco” na área. “Hoje o que é investido por ano em cada aluno é cerca de R$ 2 mil, o que representa metade do que os países vizinhos como o México, o Chile e a própria Argentina aplicam”, comparou ele, que é membro do Conselho Nacional de Educação (CNE).

A União Nacional dos Estudantes divulgou nota “em comemoração” à aprovação do fim da DRU sobre a educação. A diretoria da entidade defende que os recursos sejam aplicados principalmente na democratização da universidade pública.

O mecanismo da DRU foi criado no Plano Real, em 1994, para desbloquear 20% das receitas da União que têm gasto obrigatório por lei. Assim, o governo garantiu uma margem para redirecionar dinheiro das contribuições sociais (como o PIS/Cofins e a antiga CPMF) para outras áreas.

Com a aprovação do texto, em 2009 e 2010 serão descontados 12,5% e 5%, respectivamente. Em 2011, não haverá incidência da DRU na educação.

Além de garantir mais recursos para a educação, a PEC aprovada ontem também amplia a obrigatoriedade do ensino, passando a incluir a pré-escola e o ensino médio. Hoje apenas o ensino fundamental (dos 7 aos 14 anos) é obrigatório. O texto prevê que essa ampliação ocorra de forma gradual até 2016.

“O dia de ontem foi histórico porque tratou de duas coisas muito importantes para a qualidade: o financiamento e a universalização da educação básica em todas as suas etapas”, aponta Mozart.

Ele defende que os recursos extras que virão com o fim da DRU sejam aplicados justamente na ampliação das matrículas na pré-escola e no ensino médio. “Não adianta ampliar a oferta sem qualidade, e um dos pré-requisitos é ter um financiamento adequado”, afirmou.

Fonte: Ag. Brasil.


23/10/2009
Docentes do ANDES-SN protestam na porta do MEC e são recebidos por ministro

Após uma manifestação na porta do Ministério da Educação – MEC e o empenho de parlamentares que se dispuseram a intermediar o contato entre sindicato e governo, representantes do ANDES-SN finalmente foram recebidos pelo ministro Fernando Haddad, na terça-feira (20/10), às 16 horas.

A manifestação reuniu representantes do movimento docente e ainda contou com o apoio de membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que, a partir do meio-dia, se concentraram em frente a sede do ministério para cobrar a audiência previamente solicitada.   

O presidente do ANDES-SN, Ciro Teixeira, a secretária-geral, Solange Bretas e o 1º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul, Fernando Molinos Pires, e os diretores de Seções Sindicais Josevaldo Cunha (ADUFCG), Sandra Moreira (ADUFPA) e José Luiz Alves (ADUPE), entregaram ao ministro os últimos documentos produzidos pelo sindicato contendo análises e estudos sobre temas específicos da educação superior. 

Os representantes do ANDES-SN cobraram o não atendimento às várias solicitações de audiência encaminhadas ao Ministério e apresentaram a posição do Sindicato Nacional sobre a Reforma Universitária, a proposta de flexibilização da Dedicação Exclusiva, o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, as fundações ditas de apoio, entre outros. 

Os dirigentes sindicais também reafirmaram a disponibilidade e o interesse do ANDES-SN de continuar dialogando com o governo, por meio das reuniões periódicas com representantes do MEC, que chegaram a ser efetivadas em 2008, mas não tiveram continuidade.

Fonte: Andes-SN.


14/10/2009
CCJ do Senado aprova projeto que dá mais R$ 10 bi para a educação até 2011

Proposta também amplia direito à educação básica gratuita e obrigatória.
Projeto precisa ser aprovado pelo plenário para poder ser promulgado.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (14) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba progressivamente com uma retenção de 20% sob as verbas da educação, a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU). Com a medida, até 2011, a área pode receber mais R$ 10 bilhões, segundo o Ministério da Educação. Para poder ser promulgada e entrar em vigor, o projeto precisa ser aprovado em plenário do Senado com o apoio de pelo menos 49 dos 81 senadores.

A DRU permite ao governo aplicar livremente 20% da arrecadação de todos os tributos federais, não precisando respeitar vinculações constitucionais. A educação é uma das áreas afetadas, uma vez que a Constituição determina que 18% da arrecadação com tributos federais deve ser destinada à área.

De acordo com a PEC aprovada pela CCJ, em 2009 seria permitido ao governo retirar somente 12,5% dos recursos vinculados à educação. Em 2010, a DRU poderia afetar no máximo 5% dos recursos. A partir de 2011, a educação ficaria totalmente livre da DRU.

Neste ano, segundo o MEC, o orçamento do ministério é de aproximadamente R$ 41,5 bilhões. Segundo a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), autora da PEC, já no próximo ano o orçamento da área poderá crescer em R$ 7 bilhões.

“Este é o desejo de toda a casa, independente de partido. É um projeto que demonstra a responsabilidade desta Casa com a educação”, afirmou a relatora, senador Lúcia Vânia (PSDB-GO).

A proposta aprovada nesta quarta também amplia para pessoas entre 4 e 17 anos o direito à educação básica gratuita e obrigatória - isso só acontece, atualmente, para quem tem entre 7 e 14 anos e, a partir do ano que vem, para as pessoas entre 6 e 14.

Fonte: G1.


13/10/2009
Senado aprova reserva de vagas em faculdades para professores

Brasília – A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, em decisão terminativa, nesta terça-feira projeto de lei que facilita o acesso de professores de educação básica a cursos superiores de pedagogia e licenciatura sem necessidade de vestibular. De autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o projeto prevê que as universidades reservem 20% das vagas para os professores interessados.

Segundo o projeto, terão direito a pleitear o acesso por processo diferenciado os professores das redes municipais, estaduais e federal que tenham ingressado por meio de concurso público, tenham pelo menos três anos de exercício da profissão e não contem ainda com diploma de graduação. Terão prioridade, ainda de acordo com a proposta, os professores que optarem por cursos de licenciatura em matemática, física, química, biologia e língua portuguesa.

Segundo o texto, "as universidades e faculdades de pedagogia e licenciatura definirão os critérios para escolher quais dos professores interessados terão direito a este acesso, caso o número de candidatos ultrapasse 20% das vagas disponíveis para o respectivo curso".

Mais vagas

Também em decisão terminativa, a comissão aprovou projeto que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), para permitir que a União possa participar do financiamento de instituições de ensino superior mantidas pelos Estados, assim como das instituições mantidas por municípios e cujos cursos sejam gratuitos. Por meio da medida, pretende-se expandir a oferta de vagas em cursos superiores.

Fonte: Ag. Senado.


Universidades que aderiram ao Enem vão receber mais recursos

Universidades que seguiram sugestão do MEC e optaram por usar notas do exame em sua seleção receberão em 2010 maior fatia dos R$ 200 milhões a mais previstos no orçamento.

Depois do vazamento das provas, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano ficou marcado por transtornos para instituições e estudantes e, em alguns casos, até prejuízo financeiro. Mas também vai deixar um seleto grupo de universidades federais com mais dinheiro em caixa. As 14 instituições de ensino superior que seguiram à risca as determinações do Ministério da Educação (MEC), transformando o exame na principal forma de avaliação, vão embolsar a maior parte dos R$ 200 milhões a mais previstos para o Orçamento 2010.

Os recursos são para a assistência estudantil e estão previstos na proposta orçamentária da União encaminhada em agosto pelo governo ao Congresso Nacional. A verba prevista para 2010 e que será repassada para a área praticamente dobrou em relação a 2009, atingindo R$ 400 milhões, se considerados também os recursos para os institutos tecnológicos (Ifets). Os reajustes foram concedidos a todas as universidades e Ifets. Porém, aquelas que cederam aos apelos do ministro da Educação, Fernando Haddad, conseguiram índices mais altos.

Encravada no Sul de Minas, a Universidade Federal de Alfenas (Unifal), que vai usar a nota do exame como fase única para preencher vagas remanescentes, teve um salto de 630% no Orçamento. Passou de R$ 324,2 mil, previstos inicialmente para este ano, para R$ 2,3 milhões - ainda que o valor de 2009 tenha sido incrementado mais tarde com crédito adicional e chegado a R$ 765 mil. A instituição tem cerca de 3.550 alunos, 32 cursos de graduação e três campus - e não há previsão de crescimento da Unifal para o próximo ano. Outra escola mineira que aderiu ao Enem nos moldes sugeridos pelo governo é a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O aumento na sua receita foi de 497%. A Federal de Lavras (Ufla) também se beneficiou: teve 259% de acréscimo na verba para 2010.

Reajuste superior a 400% parece ser comum nesses casos. No Nordeste, três das quatro universidades que aderiram ao Enem tiveram aumento acima desse percentual. O maior índice foi nas contas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que tem unidades em Juazeiro (BA), Petrolina (PE) e São Raimundo Nonato (PI). O aumento nos cofres foi de 594%. Seguida pela Universidade do Maranhão (UFMA), com 488%, e pela Rural do Semi-Árido, com 405%. No Sul, a Universidade de Pelotas teve reajuste de 394%. A Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, de 403%.

Na outra ponta, instituições que não aderiram ao Enem tiveram reajustes bem menos generosos. O da Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, empacou nos 130%. A Universidade Federal de Goiás (UFG) foi pior: apenas 40%. E a do Ceará, 188%. Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), José Ivonildo do Rêgo não concorda com a política adotada pelo MEC de privilegiar aquelas que adotaram o exame. "Temos uma matriz que leva em consideração o número de alunos carentes de cada universidade e o índice de desenvolvimento humano. Podemos até melhorar o critério, mas não acho razoável que essas escolas recebam a mais", defende, comentando que ainda tem expectativa de que o ministro reveja a medida.

"Ainda não há como garantir que o número de alunos carentes vai aumentar. Se isso ocorrer, aí sim essas instituições podem fazer jus a esse valor", reclama, cobrando critérios mais objetivos para o repasse da verba da assistência social. De acordo com José Ivonildo, a UFRN ainda estuda como adotar o exame sem prejudicar o modelo já implantado. O reajuste nos valores da assistência estudantil para a instituição foi de 211%.

A proposta da assistência estudantil é garantir igualdade de oportunidades aos estudantes das escolas públicas e proporcionar condições para sua permanência na escola. A verba é destinada a itens como moradia, alimentação e transporte de universitários. 

Por Renata Mariz, Correio Braziliense, e Alana Rizzo, Estado de Minas.

Fonte: Andes-SN, u@i.


09/10/2009
STJ indefere liminar do Proifes que buscava suspender o registro do ANDES-SN

O ANDES-SN informa que, em 8/9/09, foi citado para contestar mandado de segurança (MS 14.690), impetrado pelo Proifes contra o ato do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que restabeleceu o registro sindical do ANDES-SN, em 5/6/2009.

A ação foi proposta no Superior Tribunal de Justiça – STJ e teve o pedido de liminar indeferido pelo ministro Humberto Martins, relator designado para o processo.  

A Assessoria Jurí­dica Nacional já está trabalhando no caso e oferecerá a defesa no prazo legal.  

Veja as matérias já publicadas sobre o ato do ministro:  

Fonte: ANDES-SN.


08/10/2009
Proposta quer retirar direitos sociais da Constituição

Deputado Regis de Oliveira (PSC-SP) propõe Emenda Constitucional que pretende “enxugar” a Constituição brasileira, retirando dela vários capítulos, inclusive todos que dizem respeito a direitos sociais

Vinte e um anos após a promulgação da Constituição Federal brasileira, uma proposta tem como objetivo enxugar o texto e retirar mais de 80% dos seus artigos: a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 341/2009, do deputado Regis de Oliveira (PSC-SP), reduz os 250 artigos do texto atual a apenas 62, e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que hoje conta com 96 artigos, passa a ter somente um. O projeto teve parecer favorável do relator da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), o deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA). Entre as principais mudanças previstas na PEC e mantidas pelo relator está a retirada de toda a matéria que dispõe sobre direitos sociais: foram excluídos os capítulos sobre a seguridade social e sobre a educação, por exemplo. A constituição proposta por Regis de Oliveira não traria mais saúde e educação como direitos de todos e deveres do Estado, não estabeleceria o Sistema Único de Saúde nem trataria da assistência social e da previdência. Direitos dos trabalhadores, como seguro-desemprego, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 13º salário, férias, garantia de salário mínimo e a livre associação profissional ou sindical também não estariam presentes no documento. “O objetivo disso é retirar tudo aquilo que não é matéria constitucional”, argumenta o autor da PEC. Na justificativa da proposta, ele ainda escreve que é preciso evitar “a existência das constituições formais, onde cabe toda e qualquer matéria, por mais irrelevante que seja”.

Apesar de ter dado parecer favorável, Sérgio Carneiro dividiu a PEC em dois substitutivos: o primeiro, que será analisado pela CCJC e dará continuação à tramitação, diz respeito ao enxugamento propriamente. Nele, o relator preferiu restabelecer alguns artigos e deixar o texto final com 76, ao todo — a proposta inicial retirava, por exemplo, as atribuições do presidente da república, os princípios da administração pública, a seções que descrevem a organização de estados e municípios, a fiscalização contábil, financeira e orçamentária, a forma de constituição do poder judiciário e a especificação dos bens da União. Esses e outros dispositivos foram mantidos por Sérgio Carneiro.

Já o segundo substitutivo diz respeito não à supressão de artigos, mas a alterações do texto constitucional que haviam sido propostas no texto original de Regis de Oliveira, como a fusão de Câmara e Senado em uma única casa legislativa. De acordo com Sérgio Carneiro, esse segundo substitutivo não deve ser analisado agora: ele deve constituir uma nova PEC. “Isso porque as propostas são todas muito polêmicas e a aprovação do projeto, tal como estava, seria muito difícil”, explica.

Para Marcus Vinícius Coelho, presidente da Comissão de Legislação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o que está em jogo são duas visões distintas de modelos de Constituição. “Alguns entendem que o texto constitucional deveria ser sintético, como o dos Estados Unidos, trabalhando apenas com questões que dizem respeito à organização dos poderes e os direitos e garantias fundamentais, como propõe Regis de Oliveira. Mas há uma segunda posição que entende que a Constituição deve ser analítica, como ocorre em geral na Europa – e no Brasil. Segundo essa concepção, o texto deve ir além da constituição sintética e tratar também da vida da sociedade como um todo: da comunicação social, da cultura, do meio ambiente, da proteção à família, do respeito aos direitos sociais”, diz, afirmando que a tradição da nossa realidade jurídica tem sido baseada nessa segunda visão desde 1934.

O deputado estadual Carlos Mosconi, que participou da subcomissão de saúde, seguridade e meio ambiente da Constituinte de 1988, também critica a proposta de enxugamento. “Hoje, questões como a saúde são encaradas de uma maneira, mas amanhã não sabemos como vai ser. Estando na Constituição, a garantia é muito maior”, diz. Para Marcus Vinícius, existe ainda uma outra questão: de acordo com ele, o fato de os direitos sociais estarem na Constituição faz com que esses temas permaneçam na agenda política do país: “Se forem retirados, corre-se o risco de que saiam dessa agenda”, alerta.

(Revista Poli – saúde,educação e trabalho, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – Fiocruz - www.epsjv.fiocruz.br).

Fonte: Revista Poli e Andes-SN.


Grupo de estudantes usa protestos para questionar UNE

A indignação pelo vazamento do Enem fez surgir a Nova Organização Voluntária Estudantil (Nove). O grupo, que se diz "apartidário, pacifista e ativo", organizou três passeatas com um número crescente de estudantes, no centro do Rio, e começa a se expandir para Minas e São Paulo. O Nove foi fundado em 1º de outubro, com representantes de 11 colégios particulares da zona sul do Rio e cursinhos pré-vestibulares. Em menos de uma semana de existência, o comitê central passou de 11 para 30 escolas, algumas delas públicas.

"Não queremos passar a ideia de ser um movimento elitista", disse o estudante Miguel Darcy, de 17 anos, um dos organizadores do grupo, que já tem uma página no Twitter (@_NOVE). Para Darcy, o Ministério da Educação tomou a decisão correta ao adiar o Enem. "Mas a prova foi feita às pressas, sem consulta aos alunos e professores, e o vazamento da prova só reflete isso que estávamos vendo", afirmou. Os membros do  Nove querem a adesão de outros Estados. "Nosso objetivo é nacional", diz Carolina Delamare, de 17. Ainda sem representantes em São Paulo, o grupo colocou a questão na pauta da próxima reunião. Para o estudante Jonas Murad, de 21, também do Nove, a União Nacional dos Estudantes (UNE) vem perdendo representatividade. "Essas entidades já representaram os estudantes, mas foram engolidas pelo governo".

O diretor de comunicação da UNE, André Luiz Vitral, disse que não comenta o surgimento de novas entidades. "Soube que um vereador está incitando essa Nove", afirmou, sem revelar o nome do político. Ele não concorda que a UNE esteja perdendo representatividade. "Nossos congressos reúnem mais estudantes a cada ano", argumenta. "Nosso governo é a educação", continuou Vitral, em resposta à afirmação de que a entidade teria aderido ao governo do PT. "Mas reconhecemos a diferença do governo Lula para   os outros governos. O ProUni (Programa Universidade para Todos) e a criação de mais de 4,5 mil vagas em universidades federais mostram que está havendo uma democratização do ensino." O presidente da UNE, Augusto Chagas, acha positivo o surgimento de grupos como o Nove, mas refuta a crítica de que a UNE perdeu sua representatividade. "É uma crítica inadequada", disse.

PROPOSTA DE FUSÃO - Membros da Aliança Nacional dos Estudantes - Livre (Anel), outra entidade do movimento estudantil que faz oposição à UNE/Ubes, querem conversar com representantes do Nove. "Queremos avançar na discussão sobre o Enem, que não representou o livre acesso à universidade", disse Jorge Eduardo de Castro Alves, de 24 anos, militante da Anel. Para ele, o ideal seria que houvesse uma fusão das duas entidades. "Se o movimento estudantil ficar se dividindo, vamos perder força", conclui.

Fonte: O Globo


01/10/2009
Deputados aprovam fim da DRU para a Educação em segundo turno

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (30/9), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 277/08, do Senado, que acaba gradualmente com a incidência da Desvinculação de Receitas da União - DRU sobre os recursos destinados pelo governo federal à Educação. A DRU é descontada da arrecadação dos tributos e contribuições federais no índice de 20%.

A PEC foi aprovada com votos favoráveis de 390 deputados, na forma de substitutivo de comissão especial, de autoria do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). A proposta original é da senadora Ideli Salvati (PT/SC). Como a matéria foi modificada na Câmara, terá que retornar à análise do Senado.

De acordo com o substitutivo, a DRU será gradualmente reduzida ao longo de três anos para o setor educacional. Em 2009 e 2010, serão descontados, respectivamente, 12,5% e 5%. Já em 2011, não haverá mais a desvinculação.

Valores corrigidos

A DRU foi criada em 1994. O deputado Rogério Marinho estima que, entre 1998 e 2008, cerca de R$ 80 bilhões, em valores corrigidos, tenham sido retirados do financiamento da Educação por meio desse mecanismo. "Os recursos vão voltar gradativamente ao setor", afirmou o deputado.

Segundo cálculos de Marinho, apresentados quando a matéria foi votada em comissão especial, a mudança deverá significar pouco mais de R$ 7 bilhões para a Educação em 2010 e cerca de R$ 10,5 bilhões a partir de 2011.

Universalização

O texto aprovado assegura também a universalização do acesso ao ensino básico gratuito para as pessoas de 4 a 17 anos. A Constituição Federal garante, atualmente, a universalização apenas do ensino básico.

O substitutivo determina que o direito ao ensino básico obrigatório e gratuito dos 4 aos 17 anos seja implantado progressivamente até 2016, com a observância do Plano Nacional de Educação (PNE) e com o apoio técnico e financeiro da União, viabilizado pelos recursos adicionais.

A educação básica inclui a infantil e os ensinos fundamental e médio. A mudança permitirá o acesso de quase 3,5 milhões de crianças e jovens à escola pública.

Objetivos

A PEC também especifica, no texto constitucional, o objetivo do PNE, que será o de articular o sistema nacional de Educação em regime de colaboração entre os governos federal, estaduais e municipais. O PNE deverá definir objetivos e estratégias de implementação das ações.

A duração de dez anos do plano também passa a constar do texto constitucional, que hoje define a sua abrangência como plurianual. Isso tem permitido que os governos façam mudanças no plano para coincidirem com os mandatos. "Queremos que o PNE seja da sociedade, do Estado, e não de um governo de ocasião. A política educacional vai sobreviver aos governos", afirmou o relator.

Caberá ainda ao PNE vincular a aplicação de recursos públicos no setor a uma proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Já a distribuição dos recursos públicos, nos termos do PNE, deverá assegurar prioridade ao atendimento das necessidades de universalização.

Fonte: Andes-SN. Com informações da Agência Câmara.


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