30/04/2008
Decisões inéditas garantem universidade para não-cotistas
 

Juíza federal entendeu que candidatos mereciam vaga.
Sentenças julgam o mérito do processos; ainda cabe recurso ao TRF4.
 

Duas sentenças inéditas contra as cotas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS buscar) garantem o direito de estudar a dois não-cotistas. As decisões da juíza Paula Beck Bohn foram publicadas no site da Justiça Federal nesta segunda-feira (28) e, pela primeira vez, avaliam o mérito das cotas na instituição, ou seja, não se atêm apenas a pedidos de liminar.

Fonte: G1.


25/04/2008
Lula e Marinho querem manter fator previdenciário

NÃO À HERANÇA MALDITA!

Conforme publicado no site da CONLUTAS no último dia 9 de abril, o Senado aprovou, por unanimidade, um projeto de autoria do Senador Paulo Paim que garante que o reajuste dos salários de aposentados e pensionistas sejam igual ao do salário mínimo e que ainda acabou com o fator previdenciário, outra “herança maldita” deixada por FHC. Agora, o projeto seguiu para a votação na Câmara dos Deputados e, se aprovado, caberá ao presidente LULA sancionar ou vetar este projeto.

O fator previdenciário é uma das grandes armadilhas contra a aposentadoria dos trabalhadores de nosso país. Através deste mecanismo nossa classe é obrigada a trabalhar cada vez mais para garantir a menor perda possível no valor de sua aposentaria. Por esta razão, a derrubada do fator previdenciário pelo Senado representa uma vitória das mobilizações que desenvolvemos durante esses anos.

MARINHO contra-ataca!

“... do jeito que foram aprovados inviabilizam totalmente a Previdência Social, e isso nós não vamos permitir.”

Esta declaração deixa claro que o governo irá trabalhar para que o projeto não seja aprovado pela Câmara dos Deputados ou, em última instância, que LULA vetará essa medida na defesa das “heranças malditas deixadas por FHC”. Nestes casos permite reajustes aos aposentados e pensionistas inferior ao reajuste do salário mínimo e aplica um tal “fator” que na prática dificulta o acesso ao direito à aposentadoria.

PREPARAR A RESISTÊNCIA E A LUTA

Todos à Brasília dia 14 de maio!

No último dia 15 de abril estivemos em Brasília (Conlutas e vários outros sindicatos) numa reunião com o Senadores Paulo Paim, José Néri e a Dep. Luciana Genro onde debatemos formas de organização e mobilização que exijam dos deputados a aprovação destes projetos. Na ocasião indicamos o dia 7 de maio como a data para a realização de uma nova atividade. Após esta reunião ocorreram outras articulações envolvendo deputados, senadores e várias centrais sindicais que acabaram por reordenar a realização desta atividade para o DIA 14 DE MAIO.

A CONLUTAS entende que o momento é de unir a todos e todas na defesa dos direitos dos trabalhadores de nosso país, organizar e mobilizar a classe para exigir do Congresso a aprovação destes projetos. Para nós, a igualdade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas e o fim do fator previdenciário são inegociáveis e que a partir desta conquista devemos intensificar a nossa luta para derrotar as reformas neoliberais e exigir melhores salários e uma aposentadoria digna.

- PELO FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO!
- EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA!
- REAJUSTE IGUAL PARA ATIVOS E APOSENTADOS!
- PELO SALÁRIO MÍNIMO DO DIEESE!
- PELO NÃO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS INTENA E EXTERNA!        

FORTALECER A LUTA PELO FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO, PELA IGUALDADE SALARIAL ENTRE ATIVOS, APOSENTADOS E PENSIONISTAS

É HORA DE PRESSIONAR O CONGRESSO E O GOVERNO LULA!

No último dia 9 de abril o plenário do Senado aprovou, por unanimidade, o PLC 42/07, que garante o reajuste dos salários de aposentados e pensionistas igual ao reajuste do salário mínimo. Aprovou ainda o fim do fator previdenciário, medida que dificulta o acesso e reduz brutalmente o valor da aposentadoria em nosso país.

O projeto agora segue para aprovação da Câmara dos Deputados e em seguida precisa ser sancionado pelo governo Lula.

De acordo com o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, tanto um quanto o outro não têm a mínima condição de serem implantados.

“Eu espero que a Câmara dos Deputados tenha mais juízo que o Senado, porque para viabilizar o fim do fator previdenciário é preciso introduzir a idade mínima para aposentadoria. Do jeito que foram aprovados, inviabilizaria totalmente a Previdência Social, e isso nós não vamos permitir”, protestou Marinho (fonte: Diário Online).

Frente a este cenário a CONLUTAS, o ANDES, o SINTPREVS-RJ e vários sindicalistas estiveram presentes, no último dia 15 de abril, numa reunião em Brasília que contou com a presença dos senadores Paulo Paim (PT-RS), José Néri (PSOL-PA) e a deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS). Na ocasião foram feitas várias discussões sobre o tema e a análise de que a base do governo irá trabalhar para que o projeto seja reprovado na Câmara.

Em caso de aprovação, o presidente Lula deverá vetar a medida.

Mobilizar pelo fim do fator previdenciário – É preciso fortalecer a mobilização dos trabalhadores para pressionar o Congresso e o governo pela aprovação desses projetos.

É fato que mesmo a garantia dessa vitória é insuficiente para conquistarmos uma aposentadoria digna. Isso porque o próprio projeto legitima a regra de reajuste do salário mínimo aplicada por Lula, via as medidas do PAC. Na prática congela a dinâmica de recuperação do poder de compra dos salários vinculando-a a lógica da garantia do superávit primário para seguir remetendo bilhões para pagamento de juros e serviços da dívida. Apesar disso é fundamental mobilizar a população trabalhadora para exigir o fim do fator previdenciário.

Diante disso, cabe a nós chamarmos a unidade de todos para o desenvolvimento de uma ação que nos permita impor uma derrota a este governo.

Por isso convidamos todas as entidades e movimentos de nossa classe para intensificarmos uma campanha na base, esclarecendo o conteúdo dessa discussão, desenvolvendo a defesa de uma aposentaria digna, denunciando as intenções de Lula e do Congresso de impor mais um ataque aos trabalhadores de nosso país. Vamos exigir a aprovação imediata desses projetos!

Convidamos a todos para voltarmos a Brasília no próximo dia 7 de maio, quando faremos um ato político em defesa da PREVIDÊNCIA e da APOSENTADORIA e aprovaremos os próximos passos dessa ação.

- PELO FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO!
- EM DEFESA DA PREVIDENCIA PÚBLICA!
- REAJUSTE IGUAL PARA ATIVOS E APOSENTADOS!
- PELO SALÁRIO MIÍNIMO DO DIEESE!
- PELO NÃO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS EXTERNA E INTERNA!  
 
                

Coordenação Nacional da Conlutas

Fonte: CONLUTAS E ANDES-SN.


22/04/2008
Haddad e Garibaldi apóiam criação da CPI da Educação

O ministro Fernando Haddad (Educação) disse nesta terça-feira que apóia a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Educação, proposta pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) – ex-titular da pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Haddad, a comissão servirá para indicar as falhas e os acertos da política educacional do governo.

"[É importante que a CPI] investigue as razões do fracasso. Tenho certeza que os educadores aplaudiriam muito uma iniciativa como essa", afirmou o ministro, que participou hoje de um seminário sobre educação no Senado.

Para ele seria mais eficientes se a comissão fosse permanente e não temporária, como uma CPI – cujo prazo médio de duração é de 180 dias.

Cristovam propõe a criação de uma CPI para investigar as razões que levaram a atual situação da educação no país. De acordo com a assessoria do senador, ele quer que sejam levantadas as alternativas para buscar soluções para o ensino no Brasil.

Os assessores do parlamentar afirmam que ele não pretende concentrar as atenções em um determinado governo apenas. O senador recolhe assinaturas para encaminhar o pedido de criação da comissão.

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), defendeu a proposta de Cristovam. Para ele, é importante o Congresso entrar em um debate que não se limite apenas às investigações de irregularidades e crimes de uma forma geral, como ocorrem nas demais CPIs.

"Eu diria que essa CPI poderia traçar um roteiro inovador, apontando o dedo na ferida para descobrir o que há de errado e o que há de certo", disse Garibaldi, que participou do seminário sobre educação. "[Mas] tenho medo do número de CPI que se cria e não se apura o que tem de apurar", disse.

Garibaldi não indicou se pretende criar a nova CPI ainda neste semestre. Mas afirmou que apesar de o momento político ser "de uma certa turbulência" é necessário por a educação na pauta de discussão do Congresso.

Fonte: Folha Online, Renata Giraldi.


Reitores defendem no Senado projetos sobre novos cargos

Um grupo de reitores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) participou ontem, em Brasília, de reuniões com o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, com o líder do Governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana, e com os senadores José Agripino Maia e Arthur Virgílio Neto, líderes do DEM e do PSDB no Senado. Nos encontros, os reitores defenderam a importância dos projetos de lei que tratam da criação de cargos efetivos e comissionados e funções gratificadas para as Ifes e solicitaram urgência na aprovação.

Os projetos são os de números 7.215/2006, 3.128/2008 (apensado ao PL 3.127/2008) e 1.746/2007. De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a criação dos cargos e funções é fundamental para dar continuidade ao Reuni, programa de reestruturação e expansão das universidades federais, uma vez que diversas instituições programaram o início de novos cursos e turmas para agosto deste ano.

O pedido de urgência na aprovação dos projetos deve-se a um impedimento previsto na lei eleitoral. No período de três meses antes da votação até a posse dos eleitos, os agentes públicos ficam proibidos de admitir servidores públicos.

Os parlamentares demonstraram apoio à aprovação rápida dos projetos de lei pelo Congresso. Segundo eles, a demora deve-se a um acordo – que deve ser fechado nas próximas semanas – entre a liderança do governo e a oposição para mudar o rito da votação das medidas provisórias, com o objetivo de destrancar a pauta e permitir que projetos considerados importantes possam ser votados antecipadamente.

Nas reuniões, os reitores também expressaram a importância da autonomia universitária. De acordo com a Andifes, este é um debate que precisa ser retomado no Congresso Nacional, juntamente com a questão da Reforma Universitária.

Fonte: Ass. de Comunicação da Andifes, 18/4/08.


17/04/2008
UNE promove Dia Nacional de Lutas nas Universidades Federais

A União Nacional dos Estudantes (UNE) promove hoje (17) em todo o país o Dia Nacional de Lutas nas Universidades Federais. O ato pelo fim das fundações privadas em universidades públicas será realizado em pelo menos 27 instituições.

A pauta de reivindicações inclui ainda democracia nas universidades, tanto na escolha dos dirigentes quanto na composição dos conselhos deliberativos; eleições diretas para a reitoria e paridade nos conselhos deliberativos; implantação imediata de auditoria nas fundações de apoio em todo o país; mais verbas; fim da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação; expansão de vagas nas universidades públicas e assistência para a garantia de permanência do aluno na universidade.

De acordo com a UNE, o ato será realizado em solidariedade aos estudantes da Universidade de Brasília (UnB) e tem o objetivo de pautar o que, para a entidade, é a questão de fundo da ocupação: a falta de transparência das fundações de apoio.

Fonte: Ag. Brasil.


15/04/2008
Nota conjunta ANDES-SN e SINASEFE sobre a Campanha Salarial
 

Em 2003, o governo criou o Sistema Nacional de Negociação Permanente, composto por uma mesa nacional comum a todos os servidores federais e mesas setoriais no âmbito de cada ministério. Dizia, na ocasião, com ampla divulgação na imprensa, que estava inaugurando uma nova fase na sua relação com os servidores públicos, prometendo praticar a negociação coletiva, direito que os servidores ainda não tinham garantido em lei. Como toda peça de publicidade malformulada, essa também durou pouco, logo o governo demonstrou que não estava disposto a tratar de determinadas questões que afetam diretamente os servidores e que estão relacionadas às suas vidas funcionais e aos seus salários.

Foi assim que, logo após a instalação da mesa central, o governo enviou sua proposta de reforma da previdência do servidor público ao Congresso Nacional, sem que a tivesse apresentado para nenhuma entidade sindical. Fechou posição contrária à concessão de reajustes anuais em completo desrespeito à Constituição Federal que, a partir da emenda constitucional nº 19, de 04/06/1998, passou a estabelecer, no inciso X do art. 37 que é “assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices”. Ao selecionar os temas dos quais estava disposto a tratar, o governo ignorava as pautas de reivindicações comuns das campanhas salariais dos servidores e impunha autoritariamente suas políticas.

Para melhor aplicá-las, foi, paulatinamente, esvaziando a mesa central, empurrando as entidades para as negociações nas mesas setoriais. Além dessa divisão mais geral, também começou a promover divisões nas mesas setoriais. E é importante notar que o Ministério do Planejamento foi aos poucos se tornando o centro de todas as negociações e, apesar desta centralidade, estas se davam sempre em mesas separadas, enquanto o ministério, ao qual determinada categoria de servidores pertencia, fazia o papel de mero coadjuvante. A mesa no âmbito do MEC, por exemplo, que devia contar com a FASUBRA, o SINASEFE, o ANDES-SN e a CONDSEF, esta última, representando os servidores do ministério, reuniu-se apenas formalmente em 2003 e 2004. As divisões continuaram, e são exemplos o impedimento do tratamento conjunto das questões relativas às carreiras docentes de 1º e 2º de grau e do ensino superior e a imposição da negociação da carreira dos técnicos-administrativos, em 2007, apenas com a FASUBRA.

Para melhor desenvolver sua ação de divisão dos servidores, o governo tem contado com forças auxiliares em direções sindicais  que o apóiam e que agem sob o comando da direção da Central Única dos Trabalhadores, a CUT. A ação nefasta dessa central sindical já se expressou fortemente em 2003, com o seu apoio à reforma da Previdência. Em diversas situações, o governo promoveu negociações com entidades que não são sindicais à revelia das organizações representativas dos servidores. No âmbito das IFES, estimulou a criação do PROIFES e o guindou à condição de entidade participante de processos de negociações junto ao MEC e ao MPOG. Por não ser uma entidade sindical e sim uma associação civil, esta pode, no máximo, representar seus associados e jamais uma categoria.

Ao longo desses últimos anos, o ANDES-SN e o SINASEFE têm atuado, juntamente com outras entidades, na defesa da unidade dos servidores públicos e contra as divisões que o governo busca impor. No que diz respeito aos docentes, têm trabalhado no sentido de conquistar uma carreira única e têm apresentado pautas salariais baseadas nos princípios da isonomia e da paridade. Assim, na campanha salarial de 2007, que ainda não terminou, essas entidades, a partir da deliberação de suas assembléias de base, reivindicaram a equiparação dos vencimentos, da GED e da GEAD, dos incentivos de titulação e a incorporação das gratificações como passos importantes a serem dados para o estabelecimento de uma negociação efetiva de uma carreira única.

Ao longo das reuniões realizadas no MPOG, no segundo semestre de 2007, essas duas entidades lutaram para que as duas carreiras fossem tratadas conjuntamente. O governo recusou-se a fazê-lo e impôs o tratamento da carreira do magistério do ensino superior em primeiro lugar, e deixando para depois o tratamento da carreira de 1º e de 2º grau. Os representantes do governo afirmaram que, mesmo tratando das duas carreiras em momentos distintos, buscariam a sua aproximação.

Ocorreram evoluções positivas naquelas negociações dada a disposição do governo em incorporar a GAE e em aproximar os valores das remunerações das duas carreiras. É importante registrar que o PROIFES apresentou uma pauta de reivindicações contrária à incorporação das gratificações e com reajustes da ordem de apenas 7,5%. De alguma forma, o governo respondia às reivindicações apresentadas pelo ANDES-SN e pelo SINASEFE. Porém, o que o governo se dispunha a dar com uma mão (incorporação da GAE) retirava com a outra (separação do incentivo de titulação do vencimento básico e eliminação do critério percentual de sua definição e aumentos nas gratificações).

No início de dezembro, o governo decidiu encerrar o processo de negociações relativas ao magistério do ensino superior e o ANDES-SN e o SINASEFE se posicionaram pela continuidade das negociações para que pudessem ser corrigidos os problemas existentes na proposta do governo e para que se contemplassem os docentes da carreira de 1º e de 2º grau.

Tendo em vista que o governo havia fechado questão sobre a decisão de que os efeitos dos possíveis acordos seriam parcelados em 2008, 2009 e 2010, essas duas entidades vislumbravam a possibilidade de que houvesse um processo efetivo de valorização do vencimento básico e de negociação da carreira única.

Como a proposta do governo para o ensino superior estabelecia aumento das gratificações em 2009 e 2010, o que deveria ser repetido em proposta para o ensino de 1º e de 2º grau, e como uma pactuação nos termos pretendidos pelo governo jogaria o debate real sobre carreira apenas para depois de 2010, isto é, para o próximo governo, não era possível firmar aquele Termo de Acordo. No entanto, CUT e PROIFES mostraram, então, qual o papel que lhes cabia nessa história se apressaram em assinar o termo, impedindo que as negociações pudessem continuar.  A participação da CUT nessa assinatura deu-se na busca de dar alguma legitimidade sindical ao acordo, uma vez que ela é uma central sindical. No entanto, ela não tem qualquer legitimidade para fazer isso, uma vez que as entidades sindicais dos docentes das IFE, ANDES-SN e SINASEFE não são mais filiados a ela.

O fato, que veio a se repetir em relação ao 1º e ao 2º grau, expressa uma antecipação prática da reforma sindical que o governo pretende implantar no país. As centrais sindicais passariam a ter o direito de representação em negociações com o esvaziamento do poder deliberativo das assembléias de base. E é exatamente isso que está ocorrendo. Independentemente da vontade expressa das assembléias, a CUT firma os acordos em nome dos docentes. O PROIFES, por ocasião da assinatura do termo relativo ao ensino superior, ainda simulou uma consulta eletrônica, mas, já na repactuação do acordo e em relação ao firmado para o 1º e o 2º grau, nem sequer se deu o trabalho de disfarçar, não simulou qualquer consulta.

A participação do PROIFES e da CUT nesses processos recentes não tem qualquer legitimidade e expressam o autoritarismo de um governo que insistentemente pretende decidir sobre a representação sindical dos trabalhadores. O que ocorreu, de fato, é que os acordos foram firmados entre governo e governo, pois as tais entidades, além de serem sustentáculos do governo, tiveram sua participação definida pelo próprio governo.

A 87ª Plena do SINASEFE deliberou por assinar o Termo de Acordo para a carreira docente de 1º e de 2º grau com o governo, considerando nossa responsabilidade como representantes da categoria dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação, pois não abrimos mão de participar do grupo de trabalho a ser criado para reestruturar a carreira. Houve receio por parte da categoria de que se repetisse o que aconteceu na carreira do magistério superior, em que o acordo previa a constituição de grupo de trabalho do qual participariam apenas as entidades dele signatárias. O SINASEFE continuará lutando para que os docentes que atuam nos Colégios Militares e nos ex-territórios sejam incluídos na mesma carreira reestruturada e levará a reivindicação histórica de construção da carreira única do magistério federal.

Os resultados que se anunciam merecerão uma profunda reflexão de toda a base para que possamos definir nossas ações para o próximo período. Por um lado, é verdade que haverá uma aproximação das remunerações dos docentes das duas carreiras atualmente existentes, mas, por outro, as carreiras em si ficarão mais distanciadas depois da implantação da carreira da educação básica, técnica e tecnológica.

Fonte: ANDES-SN.


Universidade Rural do Rio  amplia em 70% número de vagas

Os candidatos ao vestibular 2009 da Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) agora terão a opção de seis novos cursos: Ciências Sociais, Geografia, Letras, História , Filosofia, Belas Artes. Até 2011,  a universidade pretende abrir  inscrições para  outras 11 novas carreiras que incluem Comunicação, Sistemas de Informação, Hotelaria, Relações Internacionais, Direito, Ciências Contábeis. Além dos novos cursos, a instituição vai aumentar o número de vagas em 70% o número de oportunidades a  partir do vestibular 2009. Outros dois novos campi estão sendo construídos, um na Região Serrana, em Três Rios, e outro em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. As expansões e as reformulações fazem parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) do Governo Federal que liberou uma verba de aproximadamente R$ 43 milhões.

Fonte: Globo Online.


14/04/2008
Portaria muda regras de repasse financeiro de fundações de apoio para universidades

Brasília - Os ministros Fernando Haddad, da Educação, e Sergio Rezende, da Ciência e Tecnologia, assinaram hoje (14) à tarde portaria que modifica as relações entre as universidades e as fundações de apoio. A principal medida torna mais rígido o repasse de recursos para as universidades.

De acordo com a nova portaria, que será publicada amanhã (15) no Diário Oficial da União, as fundações estão proibidas de remunerar a universidade mediante a doação de bens ou serviços. A partir de agora, os repasses deverão ser feitos em espécie e incorporados ao orçamento da universidade. Dessa forma, o uso da verba fica submetido à Lei de Licitações, ou seja, a contratação de serviços ou compra de bens precisará passar por processo licitatório.

“Isso disciplina de uma maneira muito rígida o padrão de relacionamento entre as fundações de apoio e as universidades. É um avanço institucional muito significativo que vai exigir um repensar por parte das fundações, se desejarem manter sua condição”, defendeu Haddad.

Há dois meses, o Ministério Público apura denúncias envolvendo a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), de apoio à Universidade de Brasília (UnB), que gastou R$ 470 mil na decoração do apartamento do reitor Timothy Mulholland. A crise levou à ocupação da reitoria pelos estudantes e à conseqüente renúncia de Mulholland e de seu vice, Edgar Mamiya.

A partir de agora, as fundações que não cumprirem as novas normas poderão ter o pedido de recredenciamento negado, quando este for solicitado. O recredenciamento ocorre a cada dois anos. “É bom que elas se adaptem o mais rápido possível. Essas novas determinações caracterizam as fundações de apoio nos moldes em que elas foram originalmente criadas”, disse o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota.

Além de alterar a regulamentação de transferência de recursos, a portaria determina que no mínimo um terço do órgão deliberativo da fundação seja indicado pelo conselho superior da universidade. Outra nova norma é que qualquer projeto de pesquisa deve ter a participação de no mínimo dois terços de pessoal da universidade (professores, pesquisadores ou técnicos).

“A portaria tem um conjunto de regras e todas têm o mesmo objetivo: dar mais transparência ao exercício dos recursos”, afirmou Mota.

Fonte: Ag. Brasil, Amanda Cieglinski.


12/04/2008

Fonte: Andes-SN.


11/04/2008

07/04/2008
Representantes das seções sindicais acompanharão negociação com MPOG

Representantes de seções sindicais do ANDES-SN estarão em Brasília, esta semana, para acompanhar a reunião da diretoria do Sindicato Nacional com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, Duvanier Paiva Ferreira, marcada para esta quarta-feira (9/4).

A decisão de convocar representantes da base da categoria foi tomada pelos representantes do Setor das Federais, reunidos em Brasília no último final de semana. Logo após a audiência, os representantes do setor voltarão a se reunir para avaliar os resultados e dar novos encaminhamentos.

De acordo com o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, a categoria docente identifica as distorções que a proposta do governo introduzirá nas carreiras docentes, por isso, “vamos insistir na continuidade das negociações para que tenhamos a chance de corrigi-las”, afirma.

Uma das distorções apontadas por Rizzo é a não incorporação da GAE ao vencimento básico ainda este ano, como o próprio governo havia admitido fazer durante as negociações. “Se o reajuste for, de fato, aplicado sobre a GED, que é outra gratificação, o vencimento básico continuará muito baixo”, explica.

Outro grave problema da proposta do governo, segundo Rizzo, é a criação de uma nova carreira para os professores de 1º e 2º grau. “Apesar de o governo aproximar a remuneração dos docentes da educação básica com a dos docentes do ensino superior, distancia ambas as carreiras ao criar um arremedo de carreira em substituição à atual”, ressalta o presidente do Sindicato Nacional.

SINASEFE

O ANDES-SN continuará trabalhando em parceria com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional – SINASEFE para recuperar os princípios da carreira docente, mesmo considerando o fato de que a entidade optou por assinar o termo de acordo proposto pelo governo. “A decisão foi tomada pela base deles e temos que respeitar”, afirma Paulo Rizzo.

Fonte: Andes-SN.


01/04/2008
InformANDES Especial - Campanha Salarial     [arq. pdf (1.4 Mb)]

Fonte: Andes-SN.

 


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