Assembleia da ADUR aprova paralisação e aponta nova assembleia para discutir indicativo de greve

 

Os docentes da UFRRJ reunidos em assembleia deram um passo importante no processo de mobilização da categoria no dia 07/05. Após uma análise de conjuntura que enfatizou a necessidade de impulsionar um movimento de defesa dos direitos da classe trabalhadora contra a terceirização e o ajuste fiscal, os professores avaliaram a necessidade de discutir as propostas de greve geral vindas das centrais sindicais e de outros setores organizados e destacaram a importância de uma unidade do conjunto dxs trabalhadorxs para impedir o avanço das políticas neoliberais. Nesta direção, indicaram o reforço da participação docente no comitê de mobilização da UFRRJ, em sua próxima reunião a ser realizada na próxima terça, dia 12/05, às 18h. O comitê, criado após a greve de 2012, reúne as três categorias da comunidade universitária, sendo aberto à participação de trabalhadores terceirizadxs.

A assembleia também avaliou a proposta de greve nacional dos docentes da IFE, aprovada na última reunião do setor das federais no ANDES-SN. A maioria dos presentes considerou a conjuntura pouco favorável para uma greve por razões salariais, já que neste momento os ataques aos direitos dos trabalhadores demandam ultrapassar as barreiras corporativas para construção de uma pauta comum da classe. No entanto, a educação é o principal setor afetado pelos cortes do ajuste fiscal, o que é vivenciado diariamente pelos docentes na Rural a partir da precarização cada vez mais intensa de seu trabalho e da infraestrutura universitária. Outra frente em que é visível a política neoliberal para a educação é a carreira docente: após dois anos da vigência da lei 12.772/2012, é possível afirmar que ela intensificou a desestruturação da carreira docente e incorporou a lógica produtivista e hipercompetitiva que vem sendo impulsionada pelas agências de fomento à pesquisa desde fins da década de 90.

Diante destes elementos, os presentes deliberaram pela atualização da pauta local de reivindicações, a ser entregue à Reitoria em ato unificado de todas as categorias em defesa da educação e contra retirada de direitos dos trabalhadores que ocorrerá na próxima quinta-feira (14), às 13h no hall do P1. Neste mesmo dia, pela manhã, está prevista nova assembleia para analisar o indicativo de greve nacional dos docentes, que não foi apreciado. O entendimento da assembleia é o de que o avanço da mobilização a partir das ações indicadas permitirá um debate mais qualificado no dia 14.

Por fim, a assembleia elegeu delegados ao congresso da CSP-Conlutas, central sindical e popular a qual o ANDES-SN é filiado.

 

 

Diretoria.

 

 

 

 

 

 

 

 


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