Toffoli: servidor público não
deveria ter direito de greve |
Declaração do ministro reforça descaso do ministro do TSE com a luta
dos servidores públicos
O
presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli,
disse que os servidores públicos não deveriam ter direito à
greve. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Zero
Hora, de Porto Alegre (RS), no último sábado (27) [leia
aqui]. Sobre seu passado no PT, Dias Toffoli afirmou:
"Pessoalmente, gostaria muito que no Brasil não tivesse o
direito de greve para o servidor público, mas está na
Constituição. Acho um absurdo que o meu servidor no TSE faça
uma greve e ainda venha reivindicar a remuneração, mas não
posso ignorar o direito previsto na Constituição".
A
declaração do ministro reforça mais uma vez o descaso com a
luta dos servidores públicos federais. Não à toa, após dois
encontros com representantes dos trabalhadores do Judiciário
Federal, o ministro prometeu apoio e empenho pela reposição
salarial e outras demandas, mas nada fez. Em um terceiro
encontro, após pressão da categoria durante visita de
Toffoli a São Paulo, no início de setembro, o discurso foi
de que os trabalhadores procurassem conversar com os
parlamentares, o que claramente mostrou que dele não poderia
se esperar nada. |
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Em agosto, o
ministro também tentou desarticular a greve dos servidores ao
encaminhar projetos de lei ao Congresso Nacional propondo a criação
de uma gratificação exclusiva para os servidores da Justiça
Eleitoral, a Grael, e de mais de 400 funções comissionadas (FCs) e
cargos em comissão (CJs) no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), de livre nomeação e exoneração. Na ocasião, dirigentes
sindicais da categoria apontaram que o presidente do TSE teme os
efeitos de uma greve na Eleitoral neste ano de eleições, e que a
proposição de gratificações e funções de confiança, de forma
isolada, seria mais um artifício com o propósito de desmobilizar os
servidores na luta pela reposição salarial.
*Edição de
ANDES-SN e imagem de EBC. 1/10/14.
Fonte: Sintrajud
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