Paes e Pezão perseguem grevistas
em estágio probatório |
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De acordo com nota divulgada na página eletrônica do SEPE –
Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Rio de
Janeiro, o prefeito Eduardo Paes e a Secretaria Municipal de
Educação – SME
publicaram uma listagem no Diário Oficial, no dia 13/06,
considerando inaptos 51 profissionais em
estágio probatório. Tal reprovação é uma retaliação ao fato
dessas pessoas terem exercido o direito de greve e
paralisado suas atividades em 2013 e por terem aderido à
mobilização em 2014. O governo, com base em decisão do
Ministro Luiz Fux, afirma que a greve é ilegal e diz que os
profissionais são inaptos porque são faltosos. |
Pedro Sena (foto ao lado) é professor de Matemática e tem
duas matriculas no Município. A primeira já faz cinco anos e
a outra matrícula completou três anos em maio deste ano. Ele
foi um dos grevistas perseguidos por Paes. “A
direção da escola em que atuo disse que desconhece qualquer
avaliação negativa sobre mim, até por que ela só poderia
enviar o relatório com a minha assinatura e o meu
consentimento. Porém, não assinei nada. Portanto, foi uma
atitude de terrorismo da SME, com viés político, contra os
trabalhadores que estão exercendo o direito constitucional
de greve. Não faltamos ao trabalho. Estamos em greve! E isso
é muito diferente. Estou me sentindo cassado, num regime de
ditadura”, desabafou. |
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Para a diretora do SEPE, Eliane Peçanha (foto ao lado),
tal atitude visa desmobilizar a categoria, em luta unificada
do Estado e do Município do RJ, por melhores condições de
ensino e de salário desde o dia 12/5. O Sepe garante que
orientará os funcionários, sindicalizados ou não, e que
disponibilizará auxílio jurídico para que todos os
servidores prejudicados pela Prefeitura do RJ possam
recorrer. O Sindicato estuda entrar com ação coletiva e
garante que a base não vai se intimidar com as ameaças do
governo. |
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Professores do Estado também são perseguidos
Para ela, o governador Pezão também adotou prática semelhante em
relação aos professores do Estado que estavam em greve. Foi aberto
inquérito administrativo contra docentes e técnicos paralisados. “Neste
momento, existem nas coordenadorias da Secretaria de Educação do RJ
listagens com os nomes de centenas de profissionais de Educação que
irão responder a inquérito administrativo por abandono de emprego
pelo simples fato de exercerem o direito constitucional de GREVE.
São profissionais que terão seus salários cortados e que estão
ameaçados de perderem seus empregos na rede Estadual. Já na Rede
Municipal do Rio de Janeiro, 51 profissionais foram reprovados no
estágio probatório, também por escolherem lutar pela Escola pública
e por melhores condições de trabalho. Todos profissionais de
Educação que hoje se encontram na condição de Perseguidos políticos
do governo de Pezão e de Eduardo Paes. A Educação do Rio de Janeiro
pede socorro!”, afirma Eliane.
Foi convocado um ato para hoje, dia 18/6, às 10h, em frente à
Assembleia Legislativa,
para acompanhar audiência pública sobre a greve.
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