OCUPA TELERJ: Resistência na vulnerabilidade extrema
Ocupando o estacionamento da Catedral Metropolitana desde que foram
expulsos dos arredores da Prefeitura, os moradores da Favela da
TELERJ seguem sem qualquer indicativo de resolução de sua situação
pelo Poder Público. Ao contrário, recebem diariamente novas
informações de que serão retirados dali, encaminhados para abrigos
precários ou mesmo de que as crianças serão separadas de suas
famílias.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro, assumindo uma postura
conservadora, em nenhum momento se dispôs a trabalhar ativamente
pela resolução do conflito. Apesar da pressão de parlamentares e
outras entidades da sociedade civil, a Igreja não se colocou, até o
presente, ao lado dos ocupantes, quando poderia mobilizar sua
influência para garantir direito à moradia das famílias.
A diretoria da ADUR-RJ, seguindo deliberação da assembleia 15 de
abril, esteve na ocupação e levou doações aos desabrigados, em sua
maioria crianças e adolescentes, e continuará acompanhando os
desdobramentos do processo. Neste caso, assim como as demais
situações de remoção no Rio de Janeiro, não é possível aceitar
soluções paliativas que não apontem para a conquista efetiva e
duradoura do direito à moradia.