Nobel Alternativo pede aos
presidenciáveis medidas contra mortes no campo |
Pedido foi uma
reação aos sete homicídios que aconteceram nos últimos 20 dias no
Norte e Nordeste do país; O Brasil é o país em que mais morrem
defensores de terra e do meio ambiente
Um documento
enviado aos principais presidenciáveis do Brasil, pela Fundação
Right Livelihood Award (Prêmio Nobel Alternativo de Direitos
Humanos), pede soluções efetivas diante do número de assassinatos de
lideranças e trabalhadores rurais no país.
Somente em 2014,
pelo menos 25 pessoas foram assassinadas devido ao conflito por
terras. O Brasil é o país em que mais morrem defensores de terra e
do meio ambiente. Entre 2002 e 2013, foram 448 mortes.
O documento pede
várias medidas como a proteção de todos aqueles que receberam
ameaças de morte e o assentamento imediato das mais de 120 mil
famílias que vivem em centenas de acampamentos no país.
Além disso, o
documento pede a imediata demarcação de terras indígenas. O pedido
foi uma reação aos sete homicídios que aconteceram nos últimos 20
dias no Norte e Nordeste do país.
No ano passado,
integrantes da Fundação Right Livelihood Award estiveram em Marabá
(PA) para participarem do julgamento de três pessoas identificadas
como responsáveis pelo assassinato dos ativistas José Cláudio
Ribeiro e Maria do Espírito Santo. Na oportunidade, constataram que
os assassinos no campo são muitas vezes pagos pelos grandes
latifundiários, proprietários de terra, produtores de carvão vegetal
e quadrilhas.
Em 1991, o
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Comissão
Pastoral da Terra (CPT) receberam o prêmio da Fundação, concedido
pelo trabalho de ambos os movimentos em favor da justiça e dos
direitos dos pequenos agricultores e campesinos do Brasil.
Fonte: Brasil de
Fato, 1/10/14.