MOÇÃO DE APOIO À LUTA POR CONDIÇÕES DE TRABALHO E ESTUDO NA UFRRJ
 

A luta por melhores condições de trabalho é tema central para os servidores públicos e, em especial, para os trabalhadores da educação. Em nossa greve, de 2012, essa foi uma das duas pautas que mobilizaram a categoria. Apesar das dezenas de dossiês enviados pelas IFES de todo país, que mostravam condições ultra precárias de trabalho, o ministro da Educação chegou a afirmar que esta era “uma pauta em abstrato”. A estrutura deficitária, decorrente de uma expansão quantitativa, que não foi acompanhada pelos investimentos necessários, é a causa da precarização das condições de trabalho, das doenças laborais e do rebaixamento da qualidade do ensino em nossas Universidades.

Na UFRRJ este cenário não é diferente, pelo contrário: o sucateamento da universidade é citado como exemplo emblemático nos congressos sindicais, na mídia e pela comunidade acadêmica de outras instituições. A Reitoria argumenta que a universidade se expandiu rapidamente para atender a estudantes de classes mais pobres, mas por acaso estudantes pobres não merecem uma infraestrutura decente para suas atividades acadêmicas?

Hoje vivemos uma situação limite que se reflete na paralisação das atividades de ensino e pesquisa no Instituto de Tecnologia, no Pavilhão de Química e pelo Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF). Esgotados os canais de diálogo e todas as instâncias formais, os docentes decidiram interromper as atividades até que a pauta seja atendida pela administração central. Os estudantes estão construindo o movimento conjuntamente e rejeitam promessas de resolução a médio e longo prazo – as quais, um ano após a ocupação da reitoria, se repetem de forma evasiva. Em um contexto de greve dos técnicos administrativos, temos hoje as três categorias unificadas em prol de melhores condições de trabalho na Rural.

Nós, docentes reunidos em assembleia da categoria hoje, deliberamos pelo apoio às justas reivindicações da comunidade acadêmica do IT, PQ e DCF(IB. Exigimos o atendimento imediato da pauta apresentada, sem novos adiamentos. A comunidade acadêmica já esperou demais! O que pleiteamos é justo: condições dignas de trabalho e uma estrutura física que garanta a qualidade de ensino que nossos alunos têm direito.

Não serão toleradas posturas autoritárias ou coercitivas sobre os professores e professoras mobilizad@s. A luta é justa e não recuaremos!!

 

Assembleia Geral da ADUR 08/04/2014

 

 


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