Greve Geral paralisa Argentina
pela segunda vez no ano |
A Argentina parou
pela segunda vez no ano na quarta e quinta-feira (27 e 28),
mostrando a força da luta de seus trabalhadores. Diversas centrais
sindicais convocaram a Greve Geral - que teve quase 85% de adesão -
e apresentou como bandeiras o fim do imposto sobre os salários, o
fim das demissões, a ocupação de fábricas falidas, o fim da
criminalização dos movimentos sociais e o não pagamento da dívida
pública.
Em 10 de abril
outra Greve Geral tinha sido realizada no país. A piora na situação
econômica, o aumento do desemprego e a criminalização das pessoas
que lutam contra essa situação, no entanto, fizeram com que os
trabalhadores tivessem que voltar a paralisar suas atividades para
lutar por seus direitos básicos.
Os grevistas
realizaram piquetes em vias de acesso às principais cidades do país,
e foram reprimidos pela polícia. Entre as categorias com maior
adesão à greve estão os aeroviários, os ferroviários, os portuários,
trabalhadores da saúde, professores e caminhoneiros.
Marcelo Ramal,
dirigente do sindicato dos professores da Universidade de Buenos
Aires e do sindicato nacional Conadu Histórica, apontou algumas das
razões pelas quais os trabalhadores argentinos entraram em greve.
“Queremos que se proíbam as suspensões e as demissões e que se
dividam as horas de trabalho sem afetar os salários, porque as
empresas que agora estão despedindo têm tido lucros exorbitantes nos
últimos dez anos. Não é possível que ante um pequeno sinal de crise
eles queiram colocá-la toda nas costas de quem trabalha”, disse o
professor.
Repressão a
professores no Paraguai
O Paraguai também
foi palco de lutas nessa quinta-feira (28). Professores grevistas,
que reivindicam aumento salarial de 10%, foram às ruas protestar e
receberam como resposta do governo uma dura repressão policial, que
feriu um professor e três jornalistas.
10 mil educadores
se reuniram na Praça Itália de Assunção e caminharam até o palácio
presidencial. Na tentativa de ultrapassar um bloqueio imposto pelas
forças de segurança, a manifestação foi reprimida com balas de
borracha e golpes de cassetete. Os educadores, insatisfeitos com a
decisão do governo de aumentar os salários apenas dos profissionais
que recebem o mínimo, promovem a greve desde quarta-feira.
*Com informações
de Agência CTA, Prensa Obrera e G1.
Fonte: ANDES-SN,
29/8/14.