Greve na USP tem invasão da
polícia e corte de ponto |
A greve geral da Universidade de São Paulo, que começou no dia 27 de
maio, continua forte e sem perspectivas de fim por conta da
intransigência da reitoria e do governo estadual. Novos elementos de
repressão e criminalização do movimento paredista tomaram lugar no
final de semana, com a invasão da polícia militar ao campus Butantã
da universidade e a confirmação do corte de ponto de
técnico-administrativos grevistas.
Segundo Ciro Correia, presidente da Associação dos Docentes da Usp,
Seção Sindical do ANDES-SN, (Adusp-SSind), a polícia militar entrou
na universidade no domingo para desobstruir piquetes grevistas. O
professor afirmou que não houve confronto, mas que a atitude
demonstra ainda mais a intolerância com a qual a administração da
USP tem lidado com o movimento grevista.
O presidente da Adusp também apontou que, no dia 4/7, houve a
confirmação do corte de ponto dos técnico-administrativos em
educação grevistas, e que, por isso, o Sindicato dos Trabalhadores
da USP (Sintusp) deliberou em assembleia o bloqueio das entradas do
prédio da reitoria da universidade. A Adusp se reunirá na
quarta-feira (6) para discutir a nova conjuntura da greve e uma
assembleia docente será realizada na quinta-feira (7).
Estaduais paulistas seguem mobilizadas
Na tarde do último dia 31/7, os docentes da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) decidiram por suspender a greve, iniciada em 27
de maio juntamente com a USP e a Universidade Estadual Paulista
(Unesp), ao aceitar o abono de 21%, proposto pelo reitor José Tadeu
Jorge.
Mesmo com a suspensão do movimento paredista, os professores da
Unicamp continuarão realizando assembleias permanentes e darão
sequência às mobilizações e às ações públicas até a retomada da
reunião de negociação da campanha salarial com o Conselho de
Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), marcada
para o início de setembro.
A decisão favorável ao abono foi unânime durante a reunião que
contou com a presença de 120 professores, entre membros da diretoria
da Associação dos Docentes da Unicamp, Seção Sindical do ANDES-SN
(Adunicamp-SSind), e de representantes de diferentes unidades de
ensino da universidade. A concessão do abono de 21% será aplicada
sobre os salários de julho, a serem pagos em uma única vez, no mês
de agosto.
Fonte: ANDES-SN