Falta de segurança no campus Seropédica indigna a
comunidade acadêmica |
A insegurança no campus e na cidade de Seropédica vem se
tornando parte do cenário cotidiano da comunidade acadêmica da
Universidade. Só na última semana, ocorreram: assalto a mão armada
no ponto de ônibus do Instituto de Ciências Humanas e Sociais
(ICHS), assalto a estudante sentada no “banco dos borras” (em frente
ao alojamento masculino) e tentativa de estupro.
Uma onda de terror se instaurou na UFRRJ. A Universidade está vazia,
os estudantes só caminham em grupos e todos comentam sobre o mesmo
assunto: a falta de segurança. Graduando de cursos noturnos estão
com medo de ir às aulas, e alguns professores cancelaram as
atividades dessa semana.
Entre “pequenos” roubos de bicicleta, agressões, assaltos na
ciclovia, foi organizada a ManifestAÇÃO: Estudantes em alerta!
O ato foi marcado para às 15h do dia 22/05, em frente a Praça da
Alegria. O objetivo é pressionar a Administração Central para que o
número de seguranças no campus seja aumentado. A comunidade
também pede que haja melhor iluminação, já que vários lugares da
Rural se encontram com pouca ou nenhuma luz.
Os estudantes organizaram, também, uma petição online
demandando por intervenção na universidade. O documento será
entregue a senadores. São estimadas 13 mil assinaturas.
O link para a petição dos discentes é:
https://secure.avaaz.org/po/petition/Senadores_da_Republica_Intervencao_na_Universidade_Federal_Rural_do_Rio_de_Janeiro/?aQGkBhb
A Administração Central publicou, na noite de 21/05, na página
oficial da Universidade, uma nota esclarecendo as medidas que estão
sendo tomadas. A Reitora, Ana Maria Dantas, estava em Brasília e
disse ter realizado reunião com o Secretário Executivo do MEC, Luiz
Cláudio Costa. Foram pedidos recursos financeiros para a contratação
de uma empresa de segurança privada, que atuaria no controle de
acesso ao campus Seropédica. Tal medida já é praticada nos
campi de Nova Iguaçu e Três Rios. Esclareceu ainda que esses
problemas também são recorrentes em outras instituições federais,
como a UFRJ e a UFF. E pediu que os estudantes denunciassem à DGV
(Divisão de Guarda e Vigilância) qualquer situação de violência,
pois só assim a Administração poderá ter ciência do que ocorre
dentro da Universidade.
A resposta não agradou aos discentes, que, indignados, pedem
soluções urgentes. Eles reivindicam também telefones nos alojamentos
e olho mágico nas portas; entrada de todas as linhas de ônibus no
campus, sem restrição de horário; reposicionamento da guarda nos
trajetos dos Institutos que têm aulas à noite; guarda na guarita dos
alojamentos femininos e masculinos, sobretudo no alojamento misto da
LEC (que se localiza no M1) e entre o F6 e o caminho da biblioteca;
presença da guarda feminina e formação do efetivo tendo em
perspectiva a não culpabilização das vítimas; funcionamento do
ônibus circular (o Fantasminha) sem interrupção de horário e
trajeto, com divulgação de itinerário.