Docentes da Unimontes paralisam
atividades por uma semana |
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Os professores da Universidade Estadual de Montes de Claros
(Unimontes), em Minas Gerais, estão com suas atividades
paralisadas como forma de reivindicação pela realização de
concursos públicos para a categoria. A paralisação iniciou
na quarta-feira (13) e vai até a terça (19), quando será
realizada uma nova assembleia docente. A Unimontes atravessa
uma crise desde que a Lei Complementar 100/2007, que
regulava a contratação de trabalhadores para o serviço
público estadual mineiro, foi revogada em abril desse ano.
O caso é grave porque a maior parte dos contratados por meio
da LC100 eram professores, e, na Unimontes, esse número
chegava a 60% do quadro docente da instituição. No
julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade, o
Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que todos que não
prestaram concurso público, e foram efetivados pela Lei,
devem deixar os cargos. |
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A resposta dos
professores à crise foi mobilização. É o que afirma Elton José de
Lourdes, docente da Unimontes e membro da Comissão de Professores
Atingidos pela LC100. Segundo ele, desde a revogação da lei, a
comunidade acadêmica espera por uma resposta da reitoria, que ainda
não veio. “Queremos que a reitoria acelere a realização de concursos
públicos”, afirmou Elton.
A solução, então,
começou a ser discutida em assembleias docentes. “Em junho
deliberamos o indicativo de greve. Posteriormente, realizamos uma
paralisação de um dia. Agora, estamos fazendo uma paralisação de uma
semana, com o indicativo de greve mantido”, aponta o docente.
Segundo a Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes-SSind),
Seção Sindical do ANDES-SN, a adesão à paralisação é de 95%.
Na próxima
segunda-feira (18), a categoria irá a Belo Horizonte para participar
de uma audiência pública sobre a situação das universidades
estaduais mineiras, e depois se reunirá com diretores do ANDES-SN
para discutir possíveis saídas de mobilização. Na terça (19), os
professores realizam nova assembleia, que pode deliberar a
deflagração da greve.
Fonte: ANDES-SN,
14/8/14.