Na
quinta-feira (16) o indígena Ash-Ashaninka esteve na sede da
Seção Sindical e conversou com os diretores e professores da
ADUR-RJ durante a assembleia da categoria. Ash explicou como
aconteceu a remoção dos indígenas, professores e estudantes
que mantinham a resistência da Aldeia Maracanã em 16 de
dezembro do ano passado. Para ele, o desalojamento foi
arbitrário porque não existia mandado de segurança para
remoção das pessoas.
“Estávamos lá para proteger os espaços preparados para dar
aula e o espaço indígena. A tropa de choque destruiu a
estrutura da Universidade Indígena: o laboratório de
sementes, biblioteca, cozinha orgânica, salas de aula. Não
há qualquer respeito a nossa cultura. Nosso objetivo é que o
terreno de 14 mil m2 indígena seja devolvido. Cansamos
acharem que nossa cultura é só mostrar enfeite e posar para
foto. Não queremos um museu para isso. Lutamos para o local
abrigar uma universidade indígena multi-etnica e o
reconhecimento do genocídio indígena”, disse Ash-Ashaninka,
indígena que participava da resistência.