ANDES-SN repudia demissão de
trabalhadores do IBGE |
A diretoria do ANDES-SN divulgou uma moção na qual repudia a
demissão de trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) que estavam em greve por melhores condições de
trabalhadores. A moção afirma que a direção do IBGE desrespeitou o
direito legítimo de greve e agiu para coibir um princípio
constitucional. Leia a nota clicando em
http://portal.andes.org.br/imprensa/noticias/imp-ult-266891319.pdf
Entenda o caso
Os trabalhadores do IBGE paralisaram as atividades no dia 26 de
maio. Entre as pautas da categoria, está a situação dos temporários,
que chegam a ser 60% do quadro do IBGE hoje e ganham até quatro
vezes menos que os concursados. O Sindicato Nacional dos
Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e
Estatística (ASSIBGE-SN) também denuncia o abuso da lei 8745/93, que
possibilita que o Estado contrate sem concurso, mas apenas para
necessidades excepcionais - epidemias, censos, catástrofes.
O sindicato argumenta que há uma crise em curso no IBGE. Dentre os
pontos chaves estão o esvaziamento do quadro técnico e a
precarização do trabalho, em que funcionários de carreira são
trocados por temporários, que ganham pouco menos de um salário
mínimo.
Outro ponto levantado é que cerca de quatro mil funcionários irão se
aposentar nos próximos anos e que não há a reposição correta por
meio de concursos. O ASSIBGE chama a atenção para os baixos salários
pagos pelo instituto que faz com que trabalhadores busquem melhores
condições de trabalho e remuneração em outros órgãos públicos.
As demissões
Já chega a 169 o número de demissões de funcionários temporários,
mesmo com o Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que o direito a
greve deve ser respeitado. As demissões ocorrem nos estados em que a
adesão à greve foi maior: Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul,
Rio Grande do Sul, Paraíba e Alagoas. Porém, o ASSIBGE tem
informações de que a qualquer momento os desligamentos podem chegar
a outros estados.
O sindicato também afirmou que, mesmo com as articulações com o
Ministério do Trabalho avançadas, a negociação está estagnada, pois
a presidente do instituto, Wasmália Bivar, declarou guerra aos
grevistas - impedindo as negociações e conseguindo uma liminar que
obriga a continuidade de 70% dos trabalhos durante a greve.
* Com informações de Brasil de Fato.