Sindicatos
preparam nova paralisação em 30 de agosto
Equiparação
salarial entre homens e mulheres é agregada à pauta de
reivindicações
Para o
coordenador-geral da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida (Zé Maria),
o momento é de dar continuidade à mobilização organizada dos
trabalhadores, cobrando do governo as reivindicações apresentadas
pelo conjunto das centrais sindicais. Nesse sentido, ele antecipa
que, para o dia 30 de agosto, já está prevista nova paralisação
nacional, representando um passo avançado desse processo de lutas.
“É para cobrar o conjunto das reivindicações que as centrais
sindicais definiram (redução da jornada de trabalho de 44 horas para
40 horas semanais, fim do fator previdenciário, política salarial
para aposentados, investimentos em saúde, educação e transporte,
reforma agrária, fim da terceirização e dos leilõe s do petróleo).
Além disso, foi definido um oitavo ponto: trabalho igual, salário
igual, para acabar com a diferenciação salarial [entre homens e
mulheres]. A orientação é parar todas as empresas do país para
aumentar a pressão nos empresários e no governo”, explica Zé Maria.
Um pouco antes,
no dia 6 de agosto, as centrais sindicais devem realizar
mobilizações em frente às sedes das federações e confederações
patronais. A pauta principal será a contrariedade ao Projeto de Lei
4.330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que trata sobre as
terceirizações nos serviços público e privado. Se aprovado, o
projeto liberaria a terceirização da atividade primordial da empresa
(atividade-fim), que atualmente é proibida, além de acabar com a
responsabilidade solidária da contratante caso uma empresa
terceirizada não cumpra com as suas obrigações ou descumpra normas
de saúde e segurança.Tanto as mobilizações do dia 6 quanto a
paralisação geral do dia 30 foram definidas em reunião das centrais
sindicais na última sexta-feira, 12. CSP-Conlutas, Força Sindical,
CUT, CTB, NCST, UGT, CGTB e CSB organizaram o dia nacional de lutas
do último dia 11 e organizam, novamente, as próximas mobilizações.
Avaliando
brevemente o dia nacional de lutas, ocorrido na semana passada, Zé
Maria acredita que a data cumpriu o objetivo, que era colocar a
classe trabalhadora de forma organizada, com suas bandeiras de luta,
nesse processo de mobilização que tem sacudido o país. “Foi um dia
de protestos muito fortes em todo país, com um índice muito forte de
paralisação da classe operária. A intenção é cobrar do governo as
reivindicações elencadas pelos trabalhadores e garantir a
continuidade dessa luta, que é para mudar o modelo econÿmico que o
governo Dilma aplica no país, beneficiando bancos e o agronegócio,
em detrimento dos trabalhadores”, avalia o dirigente.
Fonte: Sedufsm - SSind. [Andes-SN, 15/7/13]