Professores municipais do Rio de Janeiro decidem manter greve
 

Na tarde desta terça-feira (3), os professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro decidiram em assembleia pela continuidade da greve iniciada em 8 de agosto, e fizeram uma manifestação que seguiu do Centro à Cinelândia, na Câmara dos Vereadores. A Avenida Rio Branco foi interditada por quase uma hora.  

Na segunda-feira (2), a Justiça do RJ determinou a suspensão da greve em 48h. Segundo o G1, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) informou que recebeu a notificação apenas na tarde do dia 3 e que, por isso, tem o prazo legal até dia 5, quinta-feira. O Sepe acrescentou ainda que recorrerá da decisão e que a liminar não vale para os funcionários da rede estadual, que se reúnem nesta quarta (4).  

"O Sepe nunca se pautou por decisões de Justiça. Quem definirá se a greve continua ou não é a categoria, em assembleia", afirmou ao G1 Gesa Correa, uma das coordenadoras do Sepe, antes da assembleia. De acordo com a decisão da Justiça, a multa, caso a categoria não cumpra a decisão, é de R$ 200 mil, por dia.

De acordo com matéria publicada no G1, o Sepe afirma que não houve avanço nas negociações da pauta pedagógica, como a volta do sexto tempo e a redução do número de alunos em sala.  

Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 19% para compensar as perdas salariais, a garantia de um terço da carga horária para atividades extracurriculares, que é garantida por lei, e concurso público para professores e funcionários administrativos.

Greves pelo país

Nesta terça-feira (3), o G1 divulgou matéria sobre a greve dos professores da rede estadual de educação do Mato Grosso. Os docentes estavam acampados em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) à espera de acordo com o governo e estão em greve há mais de 22 dias. De acordo com o G1, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Ensino Público (Sintep), Henrique Lopes do Nascimento, há professores de todas as regiões do estado acampados no local. O sindicato está em fase de deliberação sobre o aumento do orçamento destinado à educação em uma comissão criada para esse fim.

Ainda no dia 3, representantes do Sintep se reuniram com o secretário de Educação, Ságuas Moraes, para elaborar uma proposta de aumento orçamentário destinado à educação, e o percentual destinado à folha de pagamento. A criação da comissão foi um acordo feito em reunião com o governo de Mato Grosso.  

No Rio Grande do Sul, os professores estão vendo a educação ser entregue ao mercado. A criação do Ensino Politécnico nas escolas de Ensino Médio do estado é rejeitada não apenas pelo Cpers/Sindicato, mas por toda a comunidade escolar, segundo a presidente estadual da entidade, Rejane de Oliveira, em entrevista à Sedufsm, Seção Sindical do ANDES-SN.

Em greve desde o último dia 23, os professores estaduais organizados no Cpers-Sindicato reforçaram o ato ocorrido na frente do Palácio Piratini na sexta-feira (30). Os educadores foram uma das categorias mais expressivas na manifestação, que marcou o Dia Nacional de Lutas, convocado pelas centrais sindicais, em um caráter de denúncia e cobrança dos governos estadual e federal. Uma audiência entre governo e sindicatos estava prevista para esta quarta-feira (4).

 

* Com informações do G1 e Sedufsm

 

 

 

Fonte: ANDES-SN, 4/9/13.

 


Coletânea de artigos


Home