Professores da Universidade Estadual de Feira de Santana recebem por pró-labore
 

Após receber a denúncia de que a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) estaria convocando professores selecionados para trabalhar na condição do pagamento por pró-labore, a diretoria a Adufs-SSind se reuniu com os docentes nesta situação para discutir encaminhamentos para combater a precarização do trabalho docente na universidade e solicitou esclarecimentos à Reitoria sobre o procedimento. O encontro foi realizado no dia 16 de julho.

Atualmente, a Uefs tem 12 docentes nesta situação, que tem se repetido nos últimos tempos e tem sido repudiada pela Adufs de forma veemente. Como ficou encaminhado na reunião com os docentes que enfrentam o problema, a Adufs irá marcar uma reunião com a Reitoria da Uefs para tratar do assunto.

Reivindicação antiga

Durante as negociações da campanha salarial deste ano, o assunto foi, por diversas vezes, pautado junto à Coordenação de Desenvolvimento do Ensino Superior (Codes), órgão da Secretaria de Educação do estado da Bahia. Para a Adufs-SSind, a origem do problema está no fato de que concursos e seleções públicas para as universidades estaduais da Bahia precisam ser autorizados pelo governador. “Segundo a Lei 7176/97, que fere frontalmente a autonomia universitária, a definição do quadro docente é da alçada do Executivo. A política de escassez de recursos tem sido, concomitantemente, a desculpa do governo para a não ampliação do quadro docente”, cita informe da Adufs-SSind.

A Adufs acrescenta que este fato tem implicado na falta de docentes para atender à demanda do crescimento das quatro universidades e gerado situações perversas para a categoria docente, como o pagamento por pró-labore que, além dos atrasos, não cria vínculo empregatício. Segundo a Reitoria, o procedimento é um artifício usado para não deixar os estudantes sem aula. O professor aprovado na seleção é consultado sobre a disposição em trabalhar em tal condição e, se aceita, é autorizado a entrar em sala sem ter sido formalizada a convocação e contratação via Secretaria de Administração do estado da Bahia (Saeb). Desta forma, não recebe salário, mas proventos através de processos indenizatórios.

“Muitos dos professores substitutos já entram em sala de aula com o semestre avançado e, às vezes, dão conteúdo de um semestre em um período de trinta dias. É preciso acelerar o processo de contratação desses profissionais. Para isso, cabe pressionar a Saeb e cobrar dos reitores uma postura mais firme frente ao problema”, disse Elson Moura, coordenador da Adufs.

 

* Com edição do ANDES-SN, 24/7/13.

 

Fonte: Adufs-SSind.

 


Coletânea de artigos


Home