MEC suspende vestibulares da Gama Filho e UniverCidade, do Rio de Janeiro
 

Após grupo Galileo, mantenedor das instituições, descumprir acordos trabalhistas e atrasar salários de funcionários, Ministério proíbe universidades de matricularem novos alunos

Em portaria publicada nesta sexta-feira (2) no Diário Oficial da União (DOU), o Ministério da Educação (MEC) suspendeu, por medida cautelar, os processos seletivos para graduação, transferência ou pós-graduação das universidades Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), do Rio de Janeiro. A notificação feita pelo MEC alega que a mantenedora das instituições, o grupo Galileo, descumpriu compromissos trabalhistas assumidos, como pagamento de salários atrasados de docentes e funcionários administrativos.   

O MEC determina, por meio da portaria, a suspensão imediata de processos seletivos para admissão de alunos em vagas iniciais; da admissão de novos alunos em seus cursos de graduação por meio de transferência e/ou qualquer outra forma de ingresso prevista na legislação; e da admissão de novos alunos em cursos de pós-graduação lato sensu. "A presente medida cautelar incide sobre todos os cursos presenciais e a distância das Instituições de Educação e deverá vigorar até que se comprove, por meio de documentos hábeis, a retomada dos ajustes financeiros trabalhistas firmados, bem como a apresentação de garantias idÿneas de disponibilidade financeira da entidade mantenedora, suficiente para cumprimento dos compromissos acordados com o corpo docente e administrativo das entidades mantidas", afirma o documento.  

Os professores estão com salários atrasados, a mantenedora possui dívidas e estudantes fazem greve. Segundo informações publicadas no O Globo, o grupo Galileu acumula mais de R$ 900 milhões em dívidas.

Na Gama Filho, alunos ocupam Reitoria. Docentes manifestam apoio

Cerca de 150 estudantes da Universidade Gama Filho ocupam, há mais de 15 dias, o gabinete da Reitoria da instituição, e reivindicam a intervenção do Ministério da Educação (MEC) por má gestão da mantenedora da universidade. Os estudantes reclamam ainda da falta de infraestrutura e das altas mensalidades, e pedem a regularização do pagamento dos professores.

No dia 17 de julho, o ANDES-SN divulgou o manifesto da Associação dos Docentes da UGF (ADGF) em apoio aos estudantes que ocuparam a Reitoria da universidade. “Entendemos que é legítima e justa a ocupação que realizam, e que a pauta de vocês é, também, nossa pauta”, afirmam os docentes no documento.

 

Leia mais: Sem acordo, alunos de universidade no RJ ocupam reitoria há mais de 15 dias

  

* Com informações do G1 e O Globo

 

 

Fonte: ANDES-SN,2/8/13.

 


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