Luta contra demissões na GM terá Dia de Ação Global
 

Brasil, Estados Unidos, Espanha, Colômbia, Alemanha e Argentina realizarão atividades dia 23

Sindicatos de seis países vão realizar, dia 23, um Dia de Ação Global contra os Ataques da GM. Serão organizadas atividades no Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Colômbia, Argentina e Espanha. As manifestações pretendem denunciar as demissões e o desrespeito aos direitos trabalhistas que vêm acontecendo nas fábricas da montadora ao redor do mundo.

Os ataques são resultado do processo de reestruturação global adotado pela GM, que inclui precarização das condições de trabalho, redução de direitos, rebaixamento de salários, fechamento de fábricas e milhares de demissões em todo o mundo.

No Brasil, a empresa pretende colocar na rua cerca de 1.500 funcionários a partir de 26 de janeiro. Além disso, a montadora tem um alto índice de acidentes e doenças ocupacionais como consequência do ritmo acelerado de produção e condições inadequadas de trabalho.

Exceto pelos Estados Unidos, os países que participarão do Dia de Ação Global contra os Ataques da GM fizeram parte do encontro internacional organizado, em novembro, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Na ocasião, todos os participantes assinaram um manifesto em favor dos trabalhadores da GM.

As atividades do dia 23 de janeiro serão de acordo com as deliberações de cada entidade participante.

Manifestação em Detroit

No último final de semana, a situação dos trabalhadores brasileiros foi denunciada por ativistas americanos, no Salão do Automóvel de Detroit, que acontece até o dia 27, nos Estados Unidos.

Os manifestantes leram, nos dias 13 e 14, uma carta em solidariedade aos funcionários da GM do Brasil (São José dos Campos), Colômbia, Espanha e Alemanha – países em que são bastante graves os ataques da montadora.

Veja abaixo a íntegra da carta:

"Nós, trabalhadores da GM do Brasil, Alemanha, Espanha e Colômbia, queremos enviar uma mensagem de solidariedade pela organização do ato em Detroit, em defesa dos trabalhadores demitidos da GM na Colômbia, membros da ASOTRECOL.

Na Feira do Automóvel em Detroit, pessoas de todo o mundo devem saber como a GM está atacando os trabalhadores e não cumpre princípios básicos, tais como o respeito pelos trabalhadores doentes, como membros da ASOTRECOL, que lutam por justiça.

Sabemos também que a GM fez um extenso processo de reestruturação global. A empresa quer que os trabalhadores paguem por uma crise que não criamos. Estes ataques incluem as mais precárias condições de trabalho, redução e retirada de direitos, salários rebaixados, fechamento total ou parcial de unidades de produção e milhares de demissões em todo o mundo.

No Brasil, a empresa quer demitir cerca de 1.500 trabalhadores; em Bochum, na Alemanha, a GM vai fechar a fábrica, bem como a PSA na França. Em Zaragoza, fábrica na Espanha, Colômbia e Coréia são tentativas de retirada de direitos e demissões constantes. Esta situação é repetida em várias outras plantas em todo o mundo.

Dada essa tentativa de dividir a nossa classe, convocamos os trabalhadores e os sindicatos de todas as fábricas da GM no mundo para se unir para defender os nossos interesses de classe.

Chamamos as organizações para se juntar, no dia 23 de janeiro, à nossa luta contra os ataques na GM. No Dia Internacional de Luta, vamos chamar a atenção para o mundo sobre o que está acontecendo com os trabalhadores da montadora.

1) Não ao fechamento das plantas da GM, OPEL PSA;

2) Não às demissões;

3) Reintegração de trabalhadores acidentados na GM Colômbia e apoio para os companheiros do ASOTRECOL."

 

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

 

 

Fonte: CSP-Conlutas, 17/1/13.

 


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