Entidades e
movimentos sociais confirmam sucesso da marcha do dia 24 de abril
Coordenação
Nacional da CSP-Conlutas realiza reunião nesta quinta-feira (25), em
Brasília, para fazer avaliação da Marcha do dia 24 e organizar ações
de mobilização com foco nos estados
A
Marcha realizada na manhã de quarta-feira (24) na Esplanada dos
Ministérios representa o primeiro grande passo na jornada de lutas
dos trabalhadores de todo o país para 2013. Na avaliação da
coordenação da CSP-Conlutas, a Marcha foi uma vitória dos
trabalhadores, e mostrou a unidade de diferentes setores,
organizações sindicais, de classe, populares e movimentos sociais
contra os ataques do Governo Federal e em defesa dos direitos, com a
participação de mais de 20 mil trabalhadores.
Nesta
quinta-feira (25), a coordenação da CSP-Conlutas realizou uma
reunião em Brasília para avaliação da Marcha e também aprovação de
contas da Central, apresentada pelo conselho fiscal.
Segundo o
coordenador da CSP-Conlutas, José Maria, o objetivo é ouvir a
opinião das entidades e dar continuidade às ações, principalmente
nos estados. "A atividade foi vitoriosa e mostra um polo de
aglutinação alternativo do país para os que querem lutar na defesa
dos seus direitos e interesses, expressado pelo número de mais de 20
mil pessoas. Destaco ainda a representatividade da Marcha, que uniu
vários setores, segmentos e entidades. Estamos trabalhando na
construção de uma plataforma política comum que agregue as
reivindicações do conjunto da classe trabalhadora. Mostramos que é
possível unir várias pautas", complementou. O coordenador da
CSP-Conlutas ressaltou ainda a importância da Central e o esforço do
ANDES-SN na mobilização para ampliar a participação dos estados na
Marcha.
Como
desdobramentos, Zé Maria afirmou a importância de se reproduzir nos
estados a mobilização da Marcha em Brasília e da integração na
continuidade das lutas. No que diz respeito à educação, ele
destacou, entre outras questões, as reivindicações pelo piso
nacional dos professores e a rearticulação para a Campanha pelos 10%
do PIB para a Educação Pública Já!.
Para a presidente
do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, a presença de mais de 20 mil
pessoas na Marcha é resultado do esforço das articulações em cada
estado. "Nossas Seções Sindicais se articularam nos estados com as
entidades dos movimentos sociais e dos movimentos populares da
CSP-Conlutas, que faz parte de uma jornada de lutas em que a Marcha
era um desses pontos", explicou. Marinalva afirma que a manifestação
desta quarta mostrou que os trabalhadores estão organizados para
resistir aos ataques do governo, que tem destruído as políticas
sociais e os direitos dos trabalhadores. “Ontem os trabalhadores
disseram não a essa política econômica, que retira direitos da
classe trabalhadora para dar isenção ao capital, às opressões que
têm ocorrido, à criminalização dos movimentos sociais. O governo vai
precisar sentar e discutir, porque a força do movimento está
grande", disse.
O presidente da
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande
(Adufcg), Seção Sindical do ANDES-SN, Gonzalo Rojas, afirma que a
mobilização foi um verdadeiro sucesso, não só do ponto de vista
quantitativo, mas da pauta constituída pelo Espaço de Unidade E de
ação contra a retirada de direitos por parte do Governo Federal. "De
jeito nenhum esta mobilização pode ser o ponto final. A continuidade
de um conjunto de lutas que está acontecendo no Brasil mostra a
necessidade de ampliação da unidade da classe trabalhadora frente à
crise capitalista mundial", disse. Rojas ressaltou que a mobilização
tem que ter consequência nos estados. "No caso dos professores
universitários e dos docentes filiados ao ANDES-SN, a convocatória
foi muito boa nas diferentes Seções Sindicais. Temos que continuar
lutando contra esse projeto de carreira aprovado pelo Governo
Federal que não tem o apoio da categoria e já está mostrando que
desestrutura ainda mais a carreira, a partir das condições de
trabalho", complementou.
Educação
Marinalva
destacou ainda os atos realizados por entidades do setor da educação
e da saúde na tarde do dia 24, em frente ao MEC, como a plenária de
rearticulação do comitê da Campanha pelos 10% do PIB para Educação
Pública Já!. "Depois da Marcha fizemos um ato para mostrar que este
PNE não atende aos anseios da sociedade brasileira e reivindicamos
que seja 10% do PIB já para a educação. Outro fato em termos de
política social foi a da saúde, sobre a Ebserh. Ontem entregamos o
resultado do Plebiscito que foi realizado nacionalmente, feito em um
tempo curto, mas que foi extremamente vitorioso". A presidente do
ANDES-SN ressaltou ainda o lançamento da Revista Dossiê Nacional 3 -
Precarização das Condições de Trabalho nas Instituições Federais de
Ensino (IFE). Leia mais
aqui.
Para o presidente
da Adufcg é preciso, além de trabalhar a situação das IFE no MEC,
que as Seções Sindicais apresentem a pauta específica frente às
diferentes reitorias do Brasil. "Entendemos que os problemas gerados
pelo Reuni continuarão e se expressarão de diferentes formas nos
próximos meses. Mas a gente tem que organizar a luta frente aos
ataques e a própria implementação destas políticas de caráter
nacional em cada uma das nossas universidades. Também foi importante
rejeitar a Ebserh, assim como repudiar qualquer tipo de medida do
governo federal para legitimar estes tipos de fundações. Temos que
garantir saúde e educação pública verdadeiramente públicas, como diz
a campanha pelos 10% do PIB: tem quer ser para a educação pública e
Já!", finalizou.
Fonte: ANDES-SN, 25/4/13.