Docentes
universitários e Governo da Bahia avançam nas negociações
O governo
apresentou uma nova proposta na última semana, que será discutida em
assembleias nas universidades nesta terça (4). Fórum das ADs avalia
que o processo de negociação tem sido vitorioso para o Movimento
Docente
Após intensa
pressão do Movimento Docente na Bahia, por meio de campanha de
mídia, paralisações, ofícios, audiência pública, panfletagens e
mobilizações constantes, o Governo do Estado finalmente apresentou
nova proposta e solicitou ao Fórum de Reitores que mediasse a
negociação na tentativa de superar o impasse, na noite da última
terça-feira, dia 28.
A proposta contém
a incorporação total do restante da Gratificação por Condições
Especiais de Trabalho (CET) para este ano, sendo 9% em maio, 9% em
novembro e 5,20% em dezembro e garante ainda o reajuste salarial,
para todas as classes e níveis, de 7% para 2014, dividido em 4% para
junho e 3% para dezembro. O documento também menciona que o aumento
do salário-base é independente e não traz nenhum prejuízo ao
reajuste geral anual dos servidores públicos.
Os representantes
dos docentes se comprometeram em levar a proposta para suas
assembleias, que acontecerão nesta terça (4), a fim de que a base
decida pela assinatura ou não do acordo, agendada para dia 6 de
junho.
Em reunião
realizada na quarta-feira, dia 29 de maio, na sede da Aduneb, em
Salvador, representantes do Movimento Docente da nas quatro
Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) e do Andes–SN aprofundaram
as discussões relacionadas à nova proposta do governo apresentada na
noite do dia 28. O Fórum entendeu que esse processo de negociação
tem sido uma vitória para o Movimento Docente, que em todo esse
tempo não tem medido esforços para defender os direitos da
categoria, mesmo diante da intransigência do governo.
Para um dos
diretores da Adufs, Elson Moura, esse governo entrou nas negociações
insistindo haver um limite orçamentário. “Somos vitoriosos por
conseguirmos algo a mais após tanta intransigência por parte do
governo. Agora, vamos levar essa proposta para a base avaliar nas
nossas assembleias”, afirmou o professor.
Após as
discussões, o Fórum tirou como encaminhamento a unificação da pauta
a ser discutida nas assembleias, onde todas as quatro ADs pautarão a
avaliação da deflagração da greve, a partir da nova proposta
apresentada pelo governo. Além disso, o Fórum das ADs também indica
que seja aprovado nas assembleias que a Codes se comprometa em:
marcar uma reunião para discutir o PL da autonomia sobre a revogação
da Lei 7176/97 e o orçamento para 2014; e criar o GT Carreira nos
moldes da proposta do Movimento Docente. A próxima reunião do Fórum
acontecerá no dia 17 de junho na sede da Adusc, em Ilhéus.
Estaduais da
Bahia realizam audiência e aula pública em dia de mobilização
Na manhã do dia
28 de maio (terça-feira), professores, discentes e técnicos
administrativos das quatro Universidades Estaduais da Bahia (UEBA)
realizaram duas atividades de mobilização para denunciar a
precarização do trabalho docente e o sucateamento das instituições
de ensino superior do estado.
A primeira
atividade foi na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), onde os
professores, alunos e técnicos administrativos das UEBA fizeram a
entrega de uma Carta à Comunidade, aos funcionários e deputados que
se encontravam na Alba.
Na sequência, os
presentes assistiram a uma aula pública com o tema “Uma esquerda
para o capital: o transformismo dos grupos dirigentes do PT (1978 –
1998)”, ministrada pelo professor doutor Eurelino Coelho, do
Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH), da Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS). O professor palestrante
utilizou o conceito de transformismo de Antônio Gramsci para fazer
uma análise da trajetória do Partido dos Trabalhadores (PT). Em
síntese, ele abordou sobre como se deu a construção do Partido e
como isso tem se configurado hoje na política brasileira.
Após a aula, a
comunidade acadêmica presente no evento participou de uma audiência
pública sobre Autonomia e Financiamento nas UEBA. A atividade
aconteceu na sala da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e
Tecnologia e Serviços Públicos e levou professores, estudantes,
técnicos administrativos e deputados a um debate sobre a situação
das UEBA e a urgência de que os vários problemas orçamentários sejam
resolvidos. O espaço também serviu para denunciar ao legislativo a
condição de um dos piores salários pagos aos docentes das
Universidades Estaduais da Bahia e levantou questões como o
orçamento de 2013 e os cortes feitos pelo governo do estado.
Com edição do
ANDES-SN, 3/6/13.
Fonte: Fórum das AD's