Congressistas
defendem fim da impunidade a torturadores
Participantes de
Congresso do ANDES-SN querem rever Lei da Anistia
Para a grande
maioria dos presentes ao 32º Congresso do ANDES-SN, é preciso
implementar um movimento nacional pelo fim da impunidade de que
gozam, atualmente, os agentes civis e militares que usaram a
autoridade e o poder estatais para torturar, assassinar, desaparecer
com os militantes, os democratas e todo cidadão suspeito de se
articular politicamente em oposição ao regime ditatorial. Conforme o
texto que constava do TR-17, aprovado na tarde de sexta, 8, é
preciso dar fim, também, à impunidade de que gozam os mandantes dos
crimes, bem como os superiores que toleraram ou acobertaram tais
atividades.
E para que seja
dado fim à impunidade daqueles que cometeram crimes durante a
ditadura civil-militar vigente no Brasil entre 1964 e 1984, o 32º
Congresso, através do texto de resolução, sugere não apenas a
revisão da Lei da Anistia, mas também, a partir de proposta
apresentada em plenário, a criação de “tribunais populares”, que
seriam responsáveis pelo julgamento dos crimes cometidos durante o
período ditatorial mais recente. A criação desses tribunais gerou
polêmica durante o debate da TR-17, mas acabou sendo aprovada 84
votos contra 79 e mais 42 abstenções.
Na avaliação de
Humberto Gabbi Zanatta, diretor da Sedufsm e professor do
departamento de Ciências Sociais da UFSM, a aprovação desse texto
pelo Congresso é positiva. Segundo ele, a academia não deve ter medo
de discutir os acontecimentos e realidade histórica. E acrescenta
que a universidade é a instituição que melhor tem condições de
aprofundar-se na pesquisa dos fatos e também relatar de que forma
eles aconteceram.
Em tempo: Neste
sábado, 9, durante a plenária do tema 4 (Questões organizativas e
financeiras), foi aprovada a criação da Comissão da Verdade no
âmbito do ANDES-SN. Voltaremos ao tema em breve.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm, 9/3/13.