Brasil cobra
esclarecimentos dos EUA sobre espionagem
Itamaraty já
entrou em contato com embaixador estadunidense em Brasília (DF)
O governo
brasileiro pediu, nesse domingo (07), explicações dos EUA sobre a
espionagem de cidadãos e empresas do país revelada no sábado (06)
pelo jornal O Globo, com base em documentos vazados pelo
ex-consultor da CIA Edward Snowden, responsável por ceder
informações sigilosas de programas de espionagem dos Estados Unidos
à imprensa.
O Ministério das
Relações Exteriores já entrou em contato com o embaixador
estadunidense no Brasil, Thomas Shannon, para cobrar esclarecimentos
sobre o assunto e também pediu à embaixada brasileira em Washington
para que fizesse o mesmo com o governo de Barack Obama.
O governo federal
também vai enviar uma moção à ONU pedindo por mais segurança
cibernética, para evitar esse tipo de comportamento por parte de
outros países.
A presidente
Dilma Rousseff tomou a decisão de como reagir na manhã desse
domingo, depois de reunião no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF),
com Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, Gleisi Hoffmann,
ministra da Casa Civil, Ideli Salvatti, de Relações Institucionais,
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, Aloizio Mercadante, da
Educação, e Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência.
O presidente
nacional do PSOL (Partido Socialista), Ivan Valente, anunciou que
pretende apresentar um requerimento até terça-feira (09) convidando
o embaixador Shannon a participar da Comissão de Relações Exteriores
da Câmara dos Deputados, para prestar esclarecimentos. Ele afirmou
que a conduta dos EUA é “inaceitável e invasora” e que “as ruas
devem execrar e repudiar a atitude de ‘polícia do mundo’” dos
estadunidenses.
De acordo com a
agência de notícias AP, o porta-voz da embaixada estadunidense no
Brasil, Dean Chaves, disse apenas que só o governo em Washington
comentaria o caso. Já o porta-voz do Ministério das Relações
Exteriores brasileiro, Tovar Nunes, disse que, se a espionagem for
comprovada, seria uma situação muito grave, à qual o Brasil
“responderia de acordo com a gravidade”.
Fonte: Brasil de Fato, 8/7/13. [Opera Mundi]