ANDES-SN, Anel e
entidades da educação reforçam chamado à Marcha do dia 24
Convocatória
Unificada: “todas e todos à Brasília lutar pelo investimento de 10%
do PIB já para construir nosso projeto de educação pública!"
No dia 24 de
abril será realizada uma grande Marcha à Brasília impulsionada por
diversas entidades e movimentos sociais como CSP-Conlutas, ANDES-SN,
Sinasefe, Condsef, “CUT pode mais”, Intersindical, Cobap, Luta
Popular, Fenasps e Anel. A Marcha visa a defender os trabalhadores e
se opor à política econômica do governo federal que privilegia o
capital. As entidades são contrárias ao Acordo Coletivo Especial
(ACE) que flexibiliza os direitos trabalhistas, e à Reforma da
Previdência que ataca a aposentadoria, aumentando o tempo de
contribuição dos trabalhadores. Será exigida a anulação da Reforma
da Previdência de 2003, comprovadamente comprada com o repasse de
verbas do mensalão.
A Marcha se
configura como uma estratégia de unificação da classe trabalhadora e
da juventude brasileira contra os ataques do governo federal aos
interesses dos trabalhadores. Será também uma excelente oportunidade
para fortalecer nossa unidade e independência e reerguer as pautas e
lutas acumuladas com a Greve da Educação de 2012, a maior da última
década. Foram mais de três meses com assembleias massivas e grandes
manifestações, que entraram para história do movimento de docentes,
técnico-administrativos, estudantes, e do conjunto do funcionalismo
federal. Durante este período, o funcionamento democrático dos
Comandos Nacionais de Greve de cada categoria aglutinou uma Pauta
Nacional de reivindicações que foi apresentada ao ministério da
educação e ao governo federal.
Essa pauta está
ancorada no projeto de educação das entidades e contrária às
reformas neoliberais. Desde a época da ditadura, com o acordo
MEC/Usaid, vem se tentando implementar um modelo de Universidade que
sirva ao mercado, que tem a educação como mero insumo do capital.
Nessa esteira o governo Lula implantou o Reuni utilizando o discurso
da expansão do sistema federal em bases orçamentárias insuficientes
e sem autonomia. Isso resultou na expansão das vagas para alunos
ancorados na precarização das condições de trabalho e na falta de
docentes e técnico-administrativos e de infraestrutura adequada para
o tripé ensino, pesquisa e extensão.
As entidades
defendem um projeto de educação pública, gratuita, democrática,
laica, de qualidade e socialmente referenciada que expressa o
compromisso dos Movimentos dos docentes, técnicos e de estudantes,
com a qualidade e a responsabilidade social do trabalho acadêmico e
com a construção de uma sociedade justa e igualitária. Na defesa
desse projeto, docentes, técnicos-administrativo e estudantes
construíram uma série de atividades unitárias em oposição à política
educacional em curso lastreada nos interesses do Banco Mundial, em
defesa da qualidade do ensino público e dos nossos direitos.
Por isso as
entidades marcharão à Brasília em 24 de abril e cobrarão do governo
Dilma e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o atendimento
das pautas acumuladas com a greve. A Marcha será um momento
aglutinador da Jornada de Lutas que ocorre em cada universidade e
escola do país em defesa das melhorias nas condições de ensino e de
trabalho, contra a implementação da Ebserh que ataca a autonomia e
privatiza os hospitais universitários (HU), e em defesa do
investimento imediato de 10% do PIB para a educação pública. Será
defendido, nas lutas, o projeto para a educação brasileira.
As entidades
vinculadas ao movimento da Educação estão convidadas a se somar à
Marcha e a participar de um Ato da Educação, que será realizado às
14h em frente ao MEC, com o lançamento do Dossiê sobre a
precarização do trabalho nas Instituições de Ensino e a reafirmação
das lutas pela educação pública brasileira. Todas e todos à Brasília
dia 24 de abril!
*Com edição do
ANDES-SN, 16/4/13.
Fonte: CSP-Conlutas.