ANDES-SN chama
docentes a integrar paralisação geral no dia 11 de julho
O dia 11 de julho
será marcado pelo Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações,
com atividades conjuntas previstas em todo o país, organizadas pelas
oito centrais sindicais brasileiras CSP-Conlutas, CUT, UGT, Força
Sindical, CGTB, CTB, CSB e NCST, além de participação do MST, o
Dieese e outros setores articulados no âmbito do Espaço de Unidade
de Ação. A data foi definida em reunião realizada na última
terça-feira (25), que discutiu o processo de lutas que toma conta do
país.
O Fórum das
Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF) atendeu
ao chamado das centrais e também integra a mobilização. O ANDES-SN
orienta as seções sindicais a discutir em suas instâncias e
deliberar a paralisação na data apontada pelas centrais.
“Como parte deste
processo de valorização da luta coletiva como instrumento de
conquista e transformação social, o ANDES-SN, através das suas
Seções Sindicais e em unidade com os demais setores, orienta a
participação nas manifestações que estão ocorrendo, bem como a
realização de paralisações no dia 11 de julho que foi definido como
Dia Nacional de Lutas. Essa estratégia é importante para fortalecer
a presença da classe trabalhadora organizada nas ruas”, afirma a
presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira.
Além da
paralisação do dia 11 de julho, as centrais também indicaram os
eixos que compõem o pleito unificado das mais diversas categorias da
classe trabalhadora: a redução das tarifas e melhoria da qualidade
dos transportes públicos; o aumento nos investimentos da saúde
pública; posição contrária ao Projeto de Lei 4330/2004, que trata
sobre terceirização de mão de obra; pelo fim dos leilões de
petróleo; pelo fim do fator previdenciário e valorização das
aposentadorias; pela redução da jornada de trabalho; e a Reforma
Agrária.
Para o
coordenador da CSP-Conlutas, Zé Maria, o contexto permite a
construção da paralisação proposta pelas centrais e reflete o
processo de mobilização que acontece no país. “Foi uma decisão
importante, que fortalece a presença da classe trabalhadora
organizada nesses atos”, avaliou.
Antes mesmo da
definição de 11 de julho como Dia Nacional de Lutas, o ANDES-SN já
havia enviado uma recomendação às Seções Sindicais para intensificar
a luta por direitos sociais, que marca toda a trajetória do
Sindicato Nacional, e convocar assembleias para avaliar a
possibilidade de paralisação conjunta de todos os setores da
educação e dos servidores públicos nos dias convocados para os atos,
além da integração às manifestações e a articulações com as
entidades locais.
“A conjuntura do
Brasil atual traz à tona uma sequência de manifestações populares
por todo o país. Essa explosão social vinha sendo gestada há tempos,
culminando recentemente nos movimentos organizados pelo ‘Passe
Livre’, denotando profunda repulsa às ações políticas corruptas, ao
cinismo da classe política, ao desrespeito dos governos em relação
aos serviços públicos e à arrogância da exploração dos setores
dominantes e do capital”, diz o documento (confira).
A circular
ressaltou ainda que todos sabem o que esse movimento representa e é
possível antever a extensão do seu alcance. “Nesse sentido, devemos
fortalecer esse processo e, para tanto, encaminhamos à consideração
das seções sindicais do ANDES-SN a discussão sobre a necessidade de
estabelecer interfaces bem como formas de intervenção com esse
movimento social dinâmico, de acordo com orientações de nossas
instâncias de base”.
Reunião do Fórum
dos SPF
O 2º secretário
do ANDES-SN, Paulo Rizzo, participou da reunião do Fórum dos SPF
realizada também na última terça-feira (25), ocasião em que o Fórum
decidiu integrar as atividades do dia 11 de julho. “Depois de muito
tempo com reuniões pequenas conseguimos ter uma reunião bem
representativa do Fórum dos SPF. Isso sem dúvida tem a ver com as
mobilizações que estão ocorrendo em todo o país, até porque as
entidades que compõe este espaço estão participando das
manifestações através de seus representantes locais”, avaliou.
As entidades
nacionais dos SPF orientarão também os servidores públicos federais
a continuarem participando de todas as manifestações, defendendo os
eixos unificados do Fórum, com destaque para a luta contra o PL 92,
contra a Ebserh e a Funpresp. “As entidades defendem recursos
públicos para a saúde pública e educação pública, o que vai ao
encontro das reinvindicações da população nas ruas e contra as
propostas do governo, que pretende reforçar a destinação de verba
pública para o setor privado, por meio de austeridade fiscal”,
completou o 2º secretário do ANDES-SN.
Para Paulo Rizzo
se faz urgente cessar a entrega do patrimônio do país, para
aplicação efetiva de recursos em políticas públicas. “É preciso
acabar com os leilões das reservas de petróleo, com a desculpa de
que parte dos recursos será usada para saúde e educação, e também
reverter todo tipo privatização”, ressaltou.
Fonte: ANDES-SN, 28/6/13.