Após Marcha, entidades são recebidas no Palácio do Planalto
Depois da realização da Marcha a Brasília, que reuniu mais
de 20 mil trabalhadores na Esplanada dos Ministérios nesta
quarta-feira (24), representantes das entidades
organizadoras do ato, que compõem o Espaço de Unidade e de
Ação, foram recebidos pelo Secretário Executivo da
Secretaria Geral da Presidência da República, Diogo de
Sant'ana, para tratar da pauta de reivindicações da
manifestação, que já foi protocolada mais de um mês junto
ao Executivo.
José Maria de Almeida, da CSP-Conlutas, pontuou os
principais temas para os quais os movimentos esperam uma
resposta do Governo Federal, como a flexibilização das leis
trabalhistas, retirada de direitos dos aposentados, fator
previdenciário, reforma agrária, concessão de benefícios
fiscais ao empresariado, criminalização dos movimentos e
assédio moral no serviço público, entre outros. |
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Zé Maria cobrou de Sant’ana uma agenda com o Ministro Gilberto
Carvalho, ausente por viagem ao exterior, para que houvesse um
aprofundamento no debate e abertura de negociações com o Espaço de
Unidade e de Ação, que representa uma parcela expressiva da classe
trabalhadora brasileira. O coordenador da CSP Conlutas ressaltou o
significado político da presença de milhares de trabalhadores nesta
manhã, na Esplanada dos Ministérios.
Falando em nome das entidades do setor da Educação, Luiz Henrique
Schuch, 1º vice-presidente do ANDES-SN, ressaltou que quatro pontos
essenciais deveriam voltar à pauta de discussão com a Secretaria da
Presidência: a discussão sobre uma política efetiva de financiamento
permanente para a educação pública tomando como referência aplicação
imediata de 10% do PIB para o setor, a precarização das Instituições
Federais de Ensino – que vem resultando numa mudança de paradigma
das relações de trabalho e também curricular nas IFE –, a
desestruturação da Carreira dos docentes das Federais – imposta pelo
governo através da Lei 12.772/2012 - e a tentativa do governo de
privatizar os órgãos públicos que tratam dos serviços sociais, seja
pela via de transferir a administração para empresas como de
Serviços Hospitalares (Ebserh) ou pela retomada à pauta do Congresso
do Projeto de Lei Complementar 92/2007, que visa instituir fundações
estatais, de direito privado, para administração do serviço público.
Os dirigentes da Condsef, Feraesp, CNTA, Cobap e do MST também
apontaram questões urgentes que precisam ser abordadas na reunião
com a Secretaria Geral da Presidência da República. Diogo de
Sant’anna se comprometeu em agendar o encontro para a próxima
semana, acenando a disponibilidade e interesse do órgão em fazer o
debate com as entidades.
Fonte: ANDES-SN
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