"2014 deve ser o
ano da Educação", afirmam docentes no VII Intersetorial
O ano de 2014
deve ser da Educação, concluíram os docentes participantes da sétima
edição do Encontro Intersetorial do ANDES-SN, que estiveram reunidos
em Brasília entre os dias 25 e 27 de outubro e mostraram mais uma
vez disposição para a luta pela Educação pública, gratuita e de
qualidade, uma das principais bandeiras do Sindicato Nacional,
frente aos ataques constantes do governo que precarizam o setor. Com
uma participação histórica, o Encontro reuniu 144 docentes, entre
diretores e representantes da base, com a presença de 62 Seções
Sindicais dos três setores do ANDES-SN representadas – federais,
estaduais/municipais e particulares.
“A grande
participação que tivemos no VII Intersetorial é muito importante
para nós e reafirma que o ANDES-SN está no caminho certo para a
construção da unidade necessária para barrar os ataques do governo
que têm sido constantes contra os docentes e toda a classe
trabalhadora”, afirmou a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira,
no encerramento do Encontro.
“Os desafios do
Sindicato Nacional foram debatidos e agora é importante retornar às
bases, discutir tudo que foi dito aqui e organizar propostas para
deliberarmos no nosso 33º Congresso, tanto sobre nossa forma
organizativa quanto em relação à centralidade da luta do ANDES-SN”,
acrescentou Marinalva, ao falar sobre a importância de os
participantes compartilharem as discussões do Intersetorial a fim de
enriquecer os debates na base, que auxiliarão na elaboração de
propostas a serem levadas ao próximo Congresso do Sindicato
Nacional, em fevereiro de 2014, em São Luís (MA).
Entre os
desafios, Marinalva destacou a organização dos docentes em locais
onde há atuação do Proifes e nas instituições multicampi, e a
construção do Encontro Nacional de Educação de 2014, organizado em
conjunto com outras entidades. “É importante que as Seções Sindicais
se organizem junto aos demais trabalhadores da Educação em cada
estado, fortalecendo a CSP-Conlutas, que é a nossa central e tem
mostrado estar do lado dos trabalhadores, na realização dos
encontros estaduais de Educação, para construirmos a unidade no
setor, envolvendo os professores, técnicos, estudantes e toda a
sociedade”.
Para Marinalva, a
unidade entre os docentes e demais entidades é o que dará força ao
movimento. “Diante de todos os ataques que se acirram dia e noite em
todos os setores, e também no conjunto dos trabalhadores da
sociedade brasileira, o grande desafio é construir a unidade de
acordo com os princípios que norteiam o Sindicato com todos aqueles
que estão dispostos a lutar. Assim teremos mais força para enfrentar
tudo que está por vir frente ao avanço do capital”.
Ao final, a
presidente do ANDES-SN agradeceu a participação dos docentes e
reafirmou: “a Direção do Sindicato Nacional sempre prezou pelo
fortalecimento pela base e pelo princípio da independência em
relação ao patrão, governo e partidos políticos. Estamos juntos na
mesma luta, não podemos nos separar. A fragmentação só traz
prejuízos. Nosso papel é fortalecer a unidade para resistir aos
ataques que estão sendo postos e que virão”.
Durante o
encerramento, três moções foram encaminhadas pelos docentes: de
apoio às lutas dos petroleiros; de repúdio à repressão contra os
professores da rede estadual de Educação do Pará, ocorrida no último
dia 24, que ocuparam o prédio da Secretaria de Educação; e para que
o governo do Paraná atenda à reivindicação dos docentes das
universidades estaduais, que exige o pagamento dos 7,14%, segunda
parcela referente à equiparação salarial.
Plenárias
Os desafios e
dificuldades da organização das Seções Sindicais nas instituições
multicampi foram destacados na plenária Organização do ANDES-SN,
realizada na manhã deste domingo (27). Os participantes
compartilharam as experiências vividas nas Seções Sindicais de
vários estados brasileiros e reforçaram a importância de uma atuação
que favoreça o sentimento de pertencimento, por parte dos docentes,
nas lutas do Sindicato. Entre os encaminhamentos, a mesa informou
que será prorrogado o prazo para que as Seções Sindicais respondam a
Circular nº 184/2013, de modo que as informações sobre as Seções
sejam sistematizadas e compartilhadas entre as demais, juntamente
com o relatório do VII Encontro Intersetorial, a fim de dar mais
subsídios para as discussões do 33º Congresso. Os 14 pontos leva
ntados pelos grupos de trabalho serão mencionados no relatório, com
destaque para os temas amplamente discutidos na plenária.
Dos 23 pontos
levantados pelos grupos de trabalho discutidos na Plenária Relações
Sindicais, seis foram retirados da pauta por não estarem de acordo
com o tema da plena, e outros seis foram incluídos. Além de
reforçarem a importância da organização do Sindicato Nacional
juntamente com as outras entidades da Educação na construção do
Encontro Nacional de Educação em 2014, os encaminhamentos apontam
para a retomada da greve dos docentes suspensa em 2012, a partir de
discussões junto à base e com mobilizações que envolvam outras
entidades da educação e o Espaço de Unidade de Ação.
Pré-lançamentos
No início da
manhã, o 1º vice-presidente do ANDES-Sp e encarregado de Imprensa,
Luiz Henrique Schuch, apresentou aos docentes dois materiais
produzidos recentemente pelo Sindicato Nacional: a cartilha de
sindicalização e a segunda edição da Revista Dossiê Nacional 3:
Precarização das Condições de Trabalho 2. A cartilha, distribuída
aos participantes do Intersetorial, já foi encaminhada às Seções
Sindicais. Já a Revista encontra-se em revisão final com previsão de
ir para a gráfica nos próximos dias. “Estamos entrando em outro
momento da campanha. Esta cartilha é um instrumento de frente para o
diálogo com a categoria”, afirmou Schuch.
Além de contar os
desafios na produção da segunda Revista, o diretor do ANDES-SN
destacou sua importância: “este é um material de combate que
certamente irá irritar o governo”, disse, antes de anunciar algumas
temáticas da edição, como a expansão da precarização nas
universidades a partir do Reuni; os ataques à carreira que preparam
o terreno para a privatização; a falta de democracia e transparência
na gestão do orçamento; gestões marcadas pela repressão e por
perseguições; assédio moral, entre outros.
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Fonte: ANDES-SN, 28/10/13.