Servidores da Biblioteca Nacional protestam contra degradação do
imóvel
Um grupo de quase cem pessoas, a maioria de servidores públicos, se
reuniu na manhã de 22/8 para protestar contra problemas estruturais no
prédio da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Entre os problemas
apontados pelo grupo estão rachaduras, pragas e infiltrações.
Durante o ato, manifestantes distribuíram capacetes de bombeiro para
os presentes a fim de simbolizar que o local está "caindo aos
pedaços".
O grupo também fez um mural com fotos dos problemas relatados, como um
"rato abatido no dia 6 de agosto" e um "pedaço de reboco despencado da
fachada" do prédio.
Em tom irônico, os manifestantes ainda cantaram "Parabéns" para o
"aniversário" de pragas que infestam o prédio da Biblioteca Nacional,
de "promessas não cumpridas" e da "falta de transparência e de
informações sobre os problemas e soluções tomadas (ou não) pela
gestão".
Em maio passado, a Biblioteca Nacional informou que seu prédio-sede
teve o terceiro vazamento de água por conta de um defeito em um
aparelho de ar condicionado, todos ocorridos neste ano.
Segundo o órgão, em um dos incidentes foram atingidos 2.042 jornais e
revistas foram atingidos. O material precisou passar por um processo
de secagem e higienização.
OUTRO LADO
Em nota sobre a manifestação organizada nesta quarta pelos servidores,
a Fundação Biblioteca Nacional afirmou que "nestes últimos 18 meses,
período que compreende a atual gestão, muito tem sido feito para
modernização, revitalização e conservação dos prédios que estão sob
coordenação da fundação".
O documento enumera algumas ações tomadas para sanar os problemas
estruturais do imóvel, como a realização de um pregão para contratar
uma empresa para criar um projeto de modernização das instalações
elétricas do prédio, restauro do sistema de ar condicionado e
instalação de um sistema de detecção de incêndio.
Há ainda um projeto de restauro da fachada do imóvel que está em
análise no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional).
Ainda segundo a nota, a Fundação Biblioteca Nacional afirma que é
regida por uma legislação que busca assegurar transparência e
eficiência e que, muitas vezes, acaba dificultando a agilidade dos
processos.
Fonte: Folha de S. Paulo.