Ifes da região norte também sofrem com expansão precarizada
 

Enquanto no âmbito governamental e mesmo entre os reitores, a pauta é só positiva em relação à expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), quando se começa a conversar com professores de outros rincões do país, é possível ter uma melhor dimensão dos problemas enfrentados. Um exemplo disso vem da Universidade Federal do Pará (Ufpa), com os problemas gerados a partir do programa de expansão e reestruturação (Reuni) no campus de Santarém e também no de Marabá.

Conforme a professora da Ufpa em Belém, Sandra Moreira, atualmente ocupando a 1ª Vice Presidência da Regional Norte II do ANDES-SN, a universidade era multicampi, dividida em 13 extensões. Contudo, a partir de 2009, houve o desmembramento de Santarém, com criação da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). E a partir daí, com o processo de expansão, os problemas se avolumaram. Faltam salas de aula e também laboratórios, que foram prometidos pela reitoria e pelo governo, mas não foram cumpridos dentro do prazo.

A precariedade também atinge o campus de Marabá, que poderá se transformar brevemente em Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Naquela extensão da Ufpa, foi criado o curso de Engenharia, mas, conforme Sandra, sem a estrutura devida: faltam professores e também salas de aula. Ela enumera ainda a criação do curso de Ciências Sociais, mas, sem a presença de professores graduados na área.

Sandra Moreira cita o grande número de professores substitutos que foram contratados, muitos deles fora de sua área, o que acaba prejudicando a qualidade da expansão colocada em prática.  Ausência de contratações ou contratações precárias, falta de salas de aula, de laboratórios, somando-se ao grande número de alunos ingressantes, formam o caldo de dificuldades, que não atinge somente Marabá e Santarém.

Conforme a diretora do ANDES-SN, na própria capital, Belém, os novos cursos do Reuni também enfrentam obstáculos. Conforme Sandra Moreira, faltam salas de aula para os docentes e os laboratórios funcionam de forma precarizada.

 

Texto: Fritz R. Nunes

Edição: ANDES-SN

 

 

Fonte: Sedufsm - Seção Sindical, 26/1/12.

 


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