Professores debatem alternativas para o financiamento em Ciência e
Tecnologia
Durante a tarde
desta terça-feira (17), os participantes do 31º Congresso votaram
quase todos os textos propostos para o tema 3, que tratou das
políticas sociais (educacional, gerais, direitos e organizações dos
trabalhadores). No texto sobre Ciência e Tecnologia foi aprovado,
entre outras questões, a luta pela ampliação dos recursos para o setor
e contra os cortes no orçamento do ministério da Ciência e da
Tecnologia, proposta no texto inicial elaborado pela diretoria do
ANDES-SN.
A plenária também
deliberou por manter a estratégia de luta pelos direitos de
aposentadoria, como uma responsabilidade de toda a categoria. Aprovou
ainda a luta em defesa pelo direito a cidade, reagindo à segregação
sócio-espacial, agravada pelos megaeventos e grande empreendimentos.
Infelizmente, os moradores dos locais a serem ocupados pelos novos
equipamentos públicos estão sendo expulsos de suas moradias.
Duas propostas,
uma tratando de questões ambientais, agrárias e urbanas, elaborada
pela diretoria do ANDES-SN; e outra, sobre saúde docente, escrito
pelos professores Luis Allan Künzle e Astrid Baecker Ávila, da
Universidade Federal do Paraná, foram remetidas para debate na
plenária do Tema 5, por tratarem, na avaliação dos delegados, de
assuntos referentes ao plano de luta geral da entidade.
Para o presidente
da plenária e 1º vice-presidente Regional São Paulo do ANDES-SN,
Francisco Miraglia, o resultado da plenária desta terça-feira (17) foi
positivo. “A discussão foi muito boa. Foram importantes, por exemplo,
as deliberações sobre os mega eventos, que têm prejudicado milhares de
famílias”, afirmou.
Um dos temas mais
polêmicos foi a proposta de professores sindicalizados das seções
sindicais Adufepe e Apufpr, de criação de um Fórum Nacional dos
Professores Aposentados. Para os defensores da proposta, ele iria
fortalecer a luta em torno dos direitos de quem não está na ativa. O
1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, defensor da
manutenção da atual estratégia de atuação do Sindicato, argumentou que
a criação do Fórum iria dividir o conjunto da categoria, apesar da
intenção ser oposta.
“Se aprovarmos
essa proposta, daqui a pouco teremos sub-seções para professores
assistentes e seniores. Não há essa divisão, ativos e aposentados são
um só. A luta pela universidade pública e gratuita é de todos ”,
argumentou o secretário-geral do ANDES-SN, Márcio Oliveira.
Para Miraglia, as
polêmicas são saudáveis. “Elas são parte importante das nossas
discussões. Num evento com mais de 350 professores, eles vão
contribuir e defender que sua posição seja levada em consideração”,
afirmou.
“Todo o acúmulo
dos debates sobre conjuntura feitos nos grupos e depois na plenária
foram exatamente no sentido de ajustar esse foco a partir da proposta
que a diretoria já havia apresentado, reafirmando a continuidade na
luta pelos direitos dos docentes, pela defesa da educação, pela defesa
do Andes-SN como instrumento de articulação do movimento social,
sindical, classista e autônomo”, disse.
Fonte: ANDES-SN,
18/1/12.