Professores chilenos denunciam expulsões em massa de estudantes após
protestos
Associação exige
explicação do Ministério da Educação
O Colégio de
Professores do Chile, principal associação de docentes do país
sul-americano, denunciou nesta quinta-feira (05/01) uma série de
expulsões e cancelamentos de matrículas de estudantes secundaristas.
Todos eles teriam
participado dos grandes protestos que paralisaram as ruas e o ano
letivo chileno desde maio do ano passado. Na ocasião, o movimento
estudantil exigia do governo uma educação pública gratuita e de
qualidade. As informações são da multiestatal Telesur, da Prensa
Latina e da Rádio del Sur. Segundo a associação, aproximadamente três
mil estudantes foram afetados pelas medidas em todo o país.
O grupo enviou
uma carta ao Ministro de Educação, Harald Beyer, exigindo uma
explicação pública sobre a represália aos estudantes.
Os educadores
afirmaram que os prejudicados pela medida são, em sua maioria, jovens
de escolas particulares e subvencionadas localizadas na zona
metropolitana da capital Santiago, que foram ocupadas pelo movimento
estudantil durante meses.
"Não é concebível
que o Ministério fique em silêncio e não se pronuncie ante a gravidade
da situação que observamos”, disse o presidente do Colégio de
Professores, Jaime Gajardo.
O professor
assegurou que este tipo de ação obedece a ordens diretas das
prefeituras e são executadas pelos diretores escolares. “Trata-se de
uma ação de cunho político que precisa ser esclarecida”, afirma.
O governo
conservador do presidente Sebastián Píñera não atendeu a nenhuma
demanda do movimento estudantil, que ganhou apoio dos professores e de
diversas classes laborais do país. Muitas das manifestações foram
violentamente reprimidas pelas forças de segurança.
Fonte: Opera
Mundi, 6/1/12.