ANDES-SN e demais entidades divulgam documento em apoio ao povo
palestino
Representantes de
diversas entidades de movimentos sociais e de classe se uniram para
apoiar a luta do povo palestino e divulgaram nesta sexta-feira (27),
um documento fruto de vários encontros realizados desde o ano passado.
As organizações
constituíram um Comitê Preparatório para realizar, em 2012 no Brasil,
o 1º Fórum Social Palestina Livre e também o 2º Encontro de
Solidariedade ao Povo Palestino. A primeira edição do encontro
aconteceu entre os dias 25 e 27 de novembro de 2011, na Escola
Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP).
Na ocasião, o
ANDES-SN, representado por diretores da Regional São Paulo, coordenou
uma das mesas do evento e ainda teve participação ativa na articulação
das entidades que compõem o comitê.
“O ANDES-SN,
junto com outras entidades, está construindo o Comitê Brasileiro em
Defesa do Povo Palestino. Apoiamos também a vinda de dois convidados
palestinos ao encontro realizado em Guararema. Precisamos promover o
debate em torno da causa do povo palestino – inclusive daqueles que
vivem aqui no Brasil – e aglutinar as diversas entidades para
fortalecer a luta”, contou Francisco Miraglia, 1º vice-presidente da
Regional São Paulo.
Segundo Soraya
Smaili, tesoureira da Regional SP, o objetivo é unificar as diferentes
frentes e lutas que já existem no Brasil para criar um movimento mais
amplo de conscientização do que acontece com o povo palestino e também
ajudá-los.
“Queremos chamar
a atenção da população brasileira para a situação do povo palestino,
que hoje vive num território dividido, numa situação de apartheid, e
conseguir maior adesão à esta causa internacional”, explicou Soraya,
que também é diretora da Associação dos Docentes da Universidade
Federal de SP (Adunifesp) – Seção Sindical do ANDES-SN.
O documento traz
quatorze pontos centrais de luta, entre eles, “a luta pela libertação
d@s pres@s polític@s que vivem hoje nos cárceres por participarem da
legítima luta de libertação nacional palestina, em particular de
idosos, doentes, crianças, mulheres, dos 22 (vinte e dois) deputados
palestinos imprisionados pelo governo de Israel e de prisoneiros
políticos tais como Ahmad Saadat e Marwan Barghouti entre outros” e
“intensificar a pressão sobre o governo brasileiro para que dê um
tratamento digno e possa amparar de maneira mais intensa e efetiva os
refugiados palestinos que se encontram no Brasil, principalmente os
117 palestinos que saíram do Iraque, ficaram em um Campo de Refugiados
na Jordânia e hoje se encontram nos estados de São Paulo, Rio Grande
do Sul, Paraná e Brasília, em risco iminente de corte de toda
assistência e ajuda”.
Uma série de
encontros irá anteceder o Fórum Social Palestina Livre, que está
marcado para o mês de novembro, na cidade de Porto Alegre (RS). Todos
os eventos devem acontecer em datas significativas para os palestinos.
“O principal
encontro acontece em novembro, por que é um período muito importante
para o povo palestino. No dia 29 deste mês é celebrado o Dia
Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. No Brasil, diversas
assembléias legislativas estaduais já têm por protocolo a realização
de cerimônias para marcar a data”, disse a professora da Unifesp.
Ela menciona
outras duas datas significativas para o povo palestino, que
provavelmente devam coincidir com eventos organizados pelo Comitê. O
dia 31 de março, quando é celebrado na Palestina, o Dia da Terra, e
marca a forte relação daquele povo com a terra, a agricultura,
principalmente com o cultivo das oliveiras, e também 15 de maio, data
da Catástrofe (Al-Nakba) – dia seguinte à criação do Estado de Israel.
As atividades
realizadas nestas datas servirão como preparatórias para o Fórum
Social Palestina Livre, que pretende reunir cerca de 30 mil pessoas na
capital gaúcha. “O evento que será realizado em Porto Alegre é uma
deliberação do Fórum Social Mundial e conta com o apoio dos governos
locais, que reivindicaram a realização do encontro naquela cidade à
organização do FSM”, explicou Soraya.
Fonte: ANDES-SN,
28/1/12.