Policiais e bombeiros do Ceará conquistam 56% de reajuste e encerram greve
 

Após seis dias de greve, com 80% do efetivo parado e intensas mobilizações, policiais e bombeiros militares do Ceará conquistaram 56% de reajuste em seu salário e encerram a paralisação.

A categoria decidiu em assembleia realizada na madrugada desta quarta-feira (4) voltar ao trabalho até a 0 hora de amanhã.

Segundo o secretário geral da Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará (ACSMCE), Rogério Rodrigues, a proposta foi colocada pelo governo sob a condição de encerrar a paralisação e retomar as atividades até meia-noite desta quarta-feira (4).

De acordo com Rodrigues, além do reajuste de 56%, com a incorporação da gratificação de R$ 920 ao salário-base da PM, a mobilização desses trabalhadores também conquistou redução na jornada de trabalho de 46 para 40 horas semanais e implantação de auxílio-alimentação de R$ 10 por dia.

Outras reivindicações atendidas foram a criação de um novo código de ética que substituirá o código disciplinar, o qual contém artigos inconstitucionais, e a anistia geral aos policiais e bombeiros que participaram das paralisações.

A greve teve início no dia 29 de dezembro, após meses de tentativas de negociações com o governo de Cidi Gomes (PSB).  A categoria chegou a acampar na 6ª Companhia do 5º Batalhão.

O exército foi acionado pelo governo para reforçar o policiamento, o que foi encarado como provocação pelos grevistas, já que a postura do governador se mantinha inflexível em não negociar "apelando" para outras instancias ao invés de buscar o diálogo. Apesar disso, a categoria se manteve firme em sua luta.

Os policiais e bombeiros militares contaram com a solidariedade de outras categorias, como dos trabalhadores dos Correios que paralisaram suas atividades em apoio à greve. A CSP-Conlutas desde o início também apoiou movimento e parabenizou os trabalhadores pela importante vitória.

Polícia Civil anuncia greve

Os policiais civis do Ceará decidiram na noite desta terça-feira (3) entrar em greve. A categoria também está em luta há cinco meses por melhores salários.

Esta será a terceira greve realizada pela categoria no ultimo período.

Segundo o sindicato da categoria Sinpoci (Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará), a categoria quer a redução da carga horária de oito para seis horas diárias, e o pagamento de um subsídio equivalente a cerca de 60% do valor pago aos delegados de polícia do Estado.

 

Com informações da CSP-Conlutas e site www.G1.com

Fonte: ANDES-SN