Polícia Militar invade Centro Acadêmico da UFF
 

No dia 1° de Março, a Polícia Militar invadiu o Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, sem mandato de busca ou autorização da direção do instituto para realizar a ação. Sob alegação de que havia uma denúncia anônima de existência de drogas e coquetéis molotov que seriam utilizados no ato contra o aumento das barcas,  a polícia ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

A legislação proíbe a ação da Polícia Militar em espaços sob autoridade do governo federal e, com isso, a presença da PM no espaço da UFF é inconstitucional. Vários centros e diretórios acadêmicos da universidade prepararam nota de repúdio à ação policial que, entre outros elementos, posiciona o fato no momento de intensa criminalização dos movimentos sociais no Brasil: “(...) Entendemos que este processo de repressão ao movimento das Barcas faz parte de uma conjuntura de criminalização dos movimentos sociais e também da pobreza no país, vide a brutal desocupação de Pinheirinho e de diversas ocupações no centro do Rio, as fortes repressões às passeatas contra os aumentos das tarifas de ônibus, e a dura repressão que professores e os próprios PM’s e bombeiros sofreram em diversos estados quando reivindicaram aumentos salariais. A recente experiência da militarização da USP demonstra que em vez de mais ‘segurança’, só aumentou a repressão aos movimentos, com cenas de violência por parte dos militares. (...)”

Os estudantes também já encaminharam à reitoria da UFF um pedido de posicionamento oficial sobre o caso e ao comandante do 12° Batalhão da Polícia Militar um pedido de esclarecimentos sobre a atuação arbitrária no campus da universidade.

 

Fonte: Aduff - Seção Sindical, 5/3/12.

 


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