Após aprovação na Câmara, PNE segue agora para o Senado
A Câmara concluiu
nesta terça-feira (16) a tramitação do Plano Nacional de Educação
(PNE), com a aprovação da redação final do projeto pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). A proposta segue para a votação dos
senadores.
O texto aprovado
prevê a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação,
como reivindicavam alguns setores da sociedade civil. No entanto, a
meta deve ser alcançada só em 2023 e o percentual poderá ser aplicado
também no setor privado. Atualmente, União, estados e municípios
aplicam, juntos, cerca de 5% do PIB no setor por ano.
“O ANDES-SN e
outras entidades do setor da educação defendem a aplicação imediata
dos 10%, no setor público, como forma de começar a reverter o quadro
caótico em que se encontra a educação pública no país”, diz João
Negrão, 3º Tesoureiro do ANDES-SN e membro do Grupo de Trabalho em
Políticas Educacionais (GTPE) do Sindicato.
Para o diretor do
ANDES-SN, outro problema no texto do PNE aprovado é o fato de algumas
metas apontarem uma clara tentativa de desobrigação do Estado com a
educação pública. “Um exemplo é o repasse de verba pública para o
Sistema S para desenvolver o ensino técnico e tecnológico”, aponta.
Para Negrão, o
Senado irá manter os mesmos percentuais e prazos previstos no texto
aprovado pela CCJ, uma vez que já houve acordo entre a oposição e a
base aliada ao Governo em relação aos 10%.
O coordenador do
GTPE destaca que apesar de não ter garantido a aplicação imediata do
percentual, o fato de se ter o compromisso de aplicação de 10% do PIB
na Educação pode ser considerado uma vitória das entidades.
“O nosso papel
agora em relação ao PNE será o de fiscalizar o governo para garantir
que a meta seja cumprida e que não aconteça agora o que aconteceu
anteriormente, ou seja, o não cumprimento do percentual do PIB
estipulado pelo PNE”, ressalta Negrão. O diretor do ANDES-SN lembra
que o PNE anterior previa a aplicação de 7% do PIB na Educação em
2010, e atualmente o percentual do PIB destinado à educação pública
não chega a 5%.
Fonte: ANDES-SN,
17/10/12.