Governo estadual deixa de divulgar PL sobre a autonomia das
universidades baianas
Ainda que
anunciado em setembro do ano passado e já discutido pelas secretarias
envolvidas (Educação, Administração e Casa Civil), até o momento o
governo ainda não entregou aos reitores das quatro universidades
estaduais baianas (Ueba), o projeto de lei que regulamentará a
autonomia dessas instituições. Também não foi realizada a audiência
pública na Assembleia Legislativa que discutiria a questão.
Essa situação tem
provocado na comunidade acadêmica um clima de apreensão, pois sabe-se,
através de várias falas oficiais, que o PL subvinculará apenas 5% da
Receita Líquida de Impostos (RLI) para as quatro universidades, o que
aumentará a precarização das condições de trabalho e poderá
comprometer ainda mais a qualidade das atividades acadêmicas. Cálculos
indicam que para 2012 este índice já é insuficiente para atender as
necessidades mínimas das Ueba.
A Associação dos
Docentes Universitários de Feira de Santana (Adufs), através do Fórum
das ADs, juntamente com as outras entidades representativas de
estudantes e técnicos, tem buscado mobilizar a categoria no sentido de
cobrar do governo a discussão deste projeto de lei antes do mesmo ser
enviado à Assembleia Legislativa. Este mistério em torno dele só tem
aumentado a preocupação. “Não será surpresa para ninguém se o governo
criar um fato consumado: enviar o PL e pedir à sua ampla base de
deputados a urgência na votação. Uma vez aprovado, a dificuldade em
reverter seu teor será maior e a comunidade precisará enfrentar este
novo ataque com muita firmeza e combatividade”, adverte Gean Santana,
que faz parte da coordenação geral da Adufs.
Para a diretoria
da Adufs, é mais consequente e efetivo que a mobilização se dê agora,
antes do envio. Assim, garantindo a discussão, será possível mostrar
os prejuízos incalculáveis que tal kei pode trazer às UEBA. Para Gean
Santana “não somente a questão orçamentária pode vir a ser definida no
PL, mas, também, a democracia, pois ele pode trazer uma nova
estruturação administrativo-acadêmica tão ou mais autoritária e
centralizadora do que a atual, imposta pela Lei 7.176/97”.
Fonte: Adufs, com
edição do ANDES-SN
Fonte: Adufs,
2/4/12.